Políticos da oposição na Coreia do Sul apresentaram, nesta quarta-feira 4, uma moção de impeachment contra o presidente Yoon Suk Yeol, após ele tentar implementar uma lei marcial que colocaria o país sob controle militar. A medida provocou uma reação imediata e negativa da população e da classe política, resultando em uma rápida reversão da decisão por parte do presidente.
Em poucas horas, os parlamentares votaram contra a proposta da lei marcial, o que levou Yoon a recuar da medida. Agora, a moção de impeachment será submetida à votação no Legislativo neste fim de semana. Para ser aprovada, a moção precisa obter 200 votos favoráveis dos 300 deputados.
Caso a moção seja aceita, o presidente enfrentará um julgamento no Tribunal Constitucional da Coreia do Sul. O tribunal, composto por nove juízes, precisa de pelo menos seis votos para remover Yoon do cargo. Além disso, o ministro da Defesa, Kim Yong-hyun, que também estava sendo alvo de pedidos de impeachment, pediu sua demissão nesta quarta-feira. Outros membros do governo, como o chefe de gabinete, o conselheiro de segurança nacional e o diretor de política nacional, seguiram o mesmo caminho, mas a aceitação dessas demissões depende de Yoon.
A decisão abrupta de Yoon de declarar a lei marcial e sua posterior reversão geraram preocupação e perplexidade entre os cidadãos sul-coreanos, mergulhando o país em um cenário de caos político. Na terça-feira, ao justificar a medida, o presidente afirmou que seria necessário o controle militar para proteger a nação das ameaças comunistas da Coreia do Norte e combater elementos considerados anti-estatais. No entanto, a proposta foi prontamente rejeitada pelos parlamentares do país.
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