Uma reunião entre as forças de segurança do RN, Ministério Público, Federação de Futebol e clubes, nesta segunda-feira (27), definiu que a Divisão Especializada em Investigação e Combate ao Crime Organizado (Deicor), da Polícia Civil, vai investigar os recentes casos de ataque a prédios pertencentes ao ABC e ao América, ocorridos antes do clássico entre as equipes.
O que chama a atenção é que a Deicor é responsável por investigar as organizações criminosas que atuam no estado. O delegado Joacir Rocha, diretor da divisão, falou sobre a entrada da Deicor nas investigações.
“Há anos, a população norte-rio-grandense vem sofrendo com a atuação de grupos criminosos infiltrados nas torcidas organizadas. Fomos acionados para a Deicor realmente realizar uma investigação qualificada em relação a esses grupos”, destacou.
De acordo com ele, o objetivo é identificar quem está por trás. “Não só descobrir os autores dessas últimas ocorrências. Mas também chegar a quem está infiltrado nessas torcidas para termos paz nos estádios e nos arredores”, acrescentou.
O delegado pontuou ainda que as equipes já estão apurando as informações sobre os últimos casos e indicou os crimes que poderão recair sobre eles. “Estamos coletando dados. Eles poderão ser responsabilizados por dano qualificado, associações criminosa”, completou.
O promotor Luiz Eduardo Marinho, do Ministério Público do RN, também esteve na reunião e falou sobre a possibilidade de o Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco) atuar nas ações. “O MPRN se colocou à disposição para, se necessário, atuar em conjunto. Nesse primeiro momento, o que foi acordado é que a Polícia Civil vai iniciar a investigação. Logicamente, com o desenrolar, se necessário, o Gaeco será acionado”, afirmou.
Já o presidente da Federação Norte-rio-grandense de Futebol (FNF), José Vanildo, reforçou a necessidade de punição dos responsáveis. “O que a sociedade quer é a punição a esses infratores”, declarou em entrevista à TV Tropical. Além da FNF, as diretorias do ABC e do América se comprometeram a colaborar ativamente com o trabalho das instituições de segurança, oferecendo apoio nas investigações.