A Polícia Civil enviou à Justiça, nesta sexta-feira (24), o indiciamento de João Batista Carvalho Neto, funcionário do Tribunal de Justiça do RN, acusado de matar a psicóloga Fabiana Maia Veras na cidade de Assu. O indiciamento ocorreu um mês após a prisão de João Batista, capturado na zona Sul de Natal.
A Polícia Civil ainda aguarda o fim da análise do celular de João Batista, como os laudos do Instituto Técnico-Científico de Perícia. Contudo, a Polícia reforçou que o inquérito está concluído. Ele foi indiciado por homicídio triplamente qualificado, tendo o motivo fútil, meio cruel e impossibilidade de defesa da vítima como qualificadoras.
O crime ocorreu no dia 23 de abril, dentro da própria residência da vítima. Segundo as investigações da PC, o homem chegou ao imóvel e estabelecimento da vítima na tarde do dia 23, por volta das 17h, encapuzado, com máscara e luvas cirúrgicas. O corpo da psicóloga foi encontrado amarrado. Ela foi ferida com golpes de faca. A equipe de plantão da Polícia Civil foi acionada e realizou as diligências iniciais no local do fato.
“Uma mulher, identificada como Fabiana Maia Veras, foi encontrada morta dentro de uma residência em Assu, na região Oeste Potiguar, durante o fim da tarde dessa terça-feira”, disse a Polícia. De acordo com a Polícia Militar, o corpo da vítima estava amarrado e com sinais de violência, apontando uma possível luta corporal.
Câmeras do Circuito Fechado de Televisão (CFTV) da residência da psicóloga, cedidas pela Polícia Militar, mostram que por volta das 16h40 um homem de estatura baixa, forte, vestido com uma camisa social, calça jeans, luvas e rosto coberto com pano árabe aguardava na frente do local. Ela demora a reconhecê-lo, mas mesmo assim abre a porta. De acordo com a Polícia Militar, o comportamento da mulher deve demonstrar que ela conhecia o suspeito.
Ao homem entrar, ela mostrou a clínica, que funcionava no mesmo local, e ao mesmo tempo demonstrava estar surpresa com as roupas dele. Eles entraram em um quarto da residência e após 20min o homem sai com um pano coberto de sangue e fica aguardando um veículo do tipo Peugeot Sedan na cor preta e sem calotas. Além do motorista, a informação da PM é que também havia uma outra pessoa no banco da frente.
A tese da Polícia Civil desde o início das investigações, em abril, é de que João Batista queria ter acesso ao celular da psicóloga para ter acesso à conversa da profissional com a ex-namorada dele. As duas eram amigas.
Horas antes do crime, a psicóloga publicou um vídeo nas redes sociais falando com os seguidores sobre a importância da positividade e a importância de evitar falar palavras negativas sobre si. Fabiana era bastante ativa no Instagram, com dicas de saúde mental e mostrando a rotina intensa de treinos.