A Armênia decidiu reconhecer o Estado da Palestina, anunciou nesta sexta-feira (21) o Ministério dos Negócios Estrangeiros, “com o objetivo de alcançar a paz” no Oriente Médio e destacar a situação crítica em Gaza.
“Reafirmando fidelidade ao direito internacional e aos princípios da igualdade, da soberania e da coexistência pacífica dos povos, a República da Arménia reconhece o Estado da Palestina”, declarou o ministério em comunicado.
“Erevan deseja sinceramente o advento de uma paz duradoura” na região, acrescenta a nota, que reitera o desejo da Armênia de “estabelecimento imediato de uma trégua” na guerra em Gaza.
Hussein al-Sheikh, secretário-geral do Comitê Executivo da Organização para a Libertação da Palestina (OLP), saudou a decisão.
“Esta é uma vitória do direito, da justiça, da legitimidade e da luta do povo palestino pela libertação e independência”, afirmou em declaração divulgada nas redes sociais.
A Armênia torna-se assim o 147º Estado-membro das Nações Unidas a reconhecer a Palestina, seguindo a decisão, desde abril, da Jamaica, de Trinidad e Tobago, Barbados, das Bahamas, da Espanha, Irlanda, Noruega e Eslovênia, o que provocou duras críticas das autoridades israelenses.
O governo israelense convocou hoje o embaixador da Armênia em Tel Aviv para protestar contra a decisão das autoridades de Erevan.
“Na sequência do reconhecimento pela Armênia de um Estado palestino, o Ministério dos Negócios Estrangeiros convocou o embaixador em Israel para severa repreensão”, afirmou um porta-voz diplomático israelense, sem dar maiores detalhes sobre a reunião.
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Agência Brasil