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Prédio de apartamentos atingido por destroços de míssil ucraniano, em Kursk, segundo autoridades locais
11/08/2024
Prefeito de Kursk via Telegram/Divulgação via REUTERS
© Reuters/Mayor of Kursk Igor Kutsak/Proibida reprodução

A Rússia começou a retirar milhares de pessoas das suas regiões fronteiriças nesta quinta-feira (15), depois de a Ucrânia ter afirmado que avança mais profundamente no país, numa incursão relâmpago destinada a forçar Moscou a abrandar o avanço ao longo do resto da frente.

 O maior ataque estrangeiro a territórios soberanos russos desde a Segunda Guerra Mundial ocorreu em 6 de agosto, quando milhares de tropas ucranianas atravessaram a fronteira ocidental da Rússia, criando dificuldades para as altas patentes militares russas.

Apoiadas por drones, artilharia pesada e tanques, as unidades ucranianas têm, desde então, talhado uma parte da maior potência nuclear do mundo. As batalhas ocorrem ao longo de uma frente de cerca de 18 quilómetros dentro do território russo nesta quinta-feira.

O governador interino de Kursk, Alexei Smirnov, disse que o distrito de Glushkov, que tem população de 20 mil pessoas, está sendo evacuado. Até agora, pelo menos 200 mil pessoas foram retiradas das regiões fronteiriças, de acordo com dados russos.

O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky afirmou, nessa quarta-feira que suas forças tinham avançado alguns quilômetros e que o objetivo de reabastecer um “fundo de troca” de prisioneiros de guerra está sendo alcançado. Um funcionário ucraniano afirmou à Reuters que Kiev está criando uma área tampão para proteger a sua população de contra-ataques.

O Ministério da Defesa da Rússia informou hoje que suas forças abateram drones ucranianos sobre a região vizinha de Belgorod, na Rússia, e que bombardeiros Sukhoi-34 tinham atacado posições ucranianas em Kursk.

O ministério também relatou intensas batalhas ao longo da frente ucraniana, lembrando que as tropas russas ocuparam melhores posições em vários pontos.

Embora o ataque ucraniano tenha envergonhado Moscou, revelando a fraqueza de suas defesas fronteiriças e mudando a narrativa pública da guerra, as autoridades russas disseram que o que classificaram como “invasão” ucraniana não mudaria o curso da guerra.

A Rússia, que invadiu a Ucrânia em 2022, tem avançado na maior parte do ano ao longo da frente de 1000 quilómetros na Ucrânia e tem vasta superioridade numérica, controlando 18% do território ucraniano.

A incursão ucraniana na Rússia ao país obter os maiores ganhos no campo de batalha desde 2022.

A Força Aérea ucraniana informou hoje que abateu todos os 29 drones lançados pela Rússia nas regiões ucranianas durante um ataque noturno que, segundo oficiais, causou apenas pequenos danos.

A Rússia também lançou três mísseis guiados Kh-59 durante o ataque, acrescentou a força aérea em comunicado.

O governador da região central de Cherkasy disse que os destroços danificaram as janelas de uma empresa privada, enquanto os governadores das regiões de Kiev, Poltava e Kirovohrad não relataram nenhum impacto nas infraestruturas ou vítimas.

O governador da região meridional de Mykolaiv disse que a Força Aérea abateu cinco drones na região, sem fornecer detalhes sobre os danos.

Mais oito drones foram abatidos sobre a região sul de Kherson. Vários ataques russos nessa região mataram uma pessoa e feriram 13 no último dia.

*É proibida a reprodução deste conteúdo.

Agência Brasil

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