O homem suspeito de realizar explosões na Praça dos Três Poderes nesta quarta-feira 13, fez uma sequência de publicações nas redes sociais antes do acontecimento.
Nas redes sociais, em um perfil com o nome de Tiü França, ele publicou por volta de 30 mensagens que anteciparam o ocorrido. Entre as postagens, ele escreveu: “Entrego minha vida para que as crianças cresçam com liberdade. Que o coração de pedra dos homens maus e injustos derreta igual açúcar”.
“Polícia Federal, vocês têm 72 horas para desarmar a bomba que está na casa dos comunistas”, escreveu ele em outra publicação.
“Após este grande acontecimento, vocês poderão comemorar a verdadeira proclamação da República. ‘Em espírito estarei na linha de frente com minha espada erguida. Deus nos abençoe”, disse em outra mensagem.
Confira outras mensagens enviadas pelo suspeito:
Identificado como Francisco Wanderley Luiz, o suspeito foi candidato a vereador pelo PL no município de Rio do Sul, em Santa Catarina, em 2020, mas não foi eleito.
Homem morreu após explosão perto do STF
Uma sequência de explosões na Praça dos Três Poderes fez o local ser isolado pela Polícia Militar na noite desta quarta-feira 13. O corpo de um homem foi encontrado no local após os estrondos.
Segundo o Corpo de Bombeiros do Distrito Federal, esse homem morreu em área próxima ao prédio do Supremo Tribunal Federal (STF). A Polícia Federal foi acionada e enviou agentes para a Praça. Ministros da Corte foram retirados às pressas da sede do tribunal.
O homem encontrado morto próximo ao STF seria Francisco Wanderley Luiz. Cerca de uma hora antes da explosão, ele publicou em suas redes sociais críticas ao STF, ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva e aos presidentes da Câmara e do Senado.
Luiz frequentemente compartilhava em suas redes teorias conspiratórias anticomunistas. Em 2020, foi candidato a vereador em Rio do Sul (SC) pelo PL, que atualmente é o partido do ex-presidente Jair Bolsonaro.
Luiz também era proprietário do carro encontrado pela Polícia Militar na Praça dos Três Poderes, carregado de artefatos explosivos. O sargento Santos, da PM do Distrito Federal, informou que o veículo foi parcialmente destruído por um incêndio, que foi contido pelos seguranças próximos ao local.
Segundo o relato do sargento, os policiais avistaram um homem saindo correndo do carro, mas presumiram que ele estava fugindo do fogo.
O mesmo sargento disse acreditar que o homem que saiu correndo do carro seria o mesmo que morreu próximo ao STF.
“O carro tem uma espécie de bomba. Tem vários explosivos fracionados e amarrados com tijolo em volta, só que não teve ignição total dos explosivos”, disse o policial.
*Com informações da CNN Brasil
AgoraRN