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Senador Rogério Marinho (PL), líder da Oposição no Senado - Foto: Edilson Rodrigues / Senado

O senador Rogério Marinho (PL), ex-ministro de Jair Bolsonaro e secretário-geral do PL, afirmou em entrevista ao jornal O Globo que, a despeito das evidências listadas pela Polícia Federal (PF), vincular o ex-presidente à ofensiva golpista é “forçar a barra”.

O parlamentar criticou a atuação do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), como relator das investigações e defendeu o avanço do projeto que anistia os envolvidos no 8 de Janeiro. O senador comentou também sobre apontar um nome para representar a direita em 2026, já que Bolsonaro está inelegível. “Acreditamos que vai se reverter”, afirmou.

Ao ser questionado se tinha conhecimento da tentativa de golpe, Rogério Marinho negou. “Nem eu nem você. Estamos há mais de dois anos com esse inquérito que não termina nunca, ao lado dos outros, como o das fake news, que vai fazer seis anos. São investigações intermináveis em que as pessoas são presas para se aguardar que elas façam uma confissão. Sobre o indiciamento, era esperado e é a sequência do processo de perseguição política” disse na entrevista.

Leia também: Anotação revela ressentimento de militares com Rogério Marinho por posição contrária ao golpe

“Acharam um plano em um celular que foi aprendido há dois anos, me desculpe. Eu tenho que aguardar o que está acontecendo. Aloprado tem em todos os lugares. Já ouvi essa frase, inclusive, de um cara chamado Luiz Inácio Lula da Silva (referência a um escândalo na campanha presidencial de 2006). Querer atribuir essa situação a Bolsonaro é forçar a barra” continuou o parlamentar.

A respeito da investigação de uma reunião na casa do general Braga Netto, o parlamentar argumentou que tudo que acontece precisa ser apurado. “O que não dá é conviver com métodos poucos ortodoxos. O Direito tem um rito processual. Por exemplo: acontece um problema com a pessoa que claramente está desequilibrada e, no dia seguinte, o ministro Alexandre de Moraes afirma que aquilo faz parte do gabinete do ódio e recebe o inquérito para presidi-lo. Fica difícil acreditar na imparcialidade” concluiu.

Sobre o projeto de anistia para os envolvidos no ato de 8 de Janeiro, o senador afirmou que defende o Supremo Tribunal Federal, mas cada um exercendo seu papel. “A anistia é um instrumento previsto na Constituição e é um ato político, não jurisdicional. Nós defendemos o Supremo Tribunal Federal, mas cada um exercendo seu papel. Foi criada uma comissão para tratar do tema. Caso não aconteça agora, espero que funcione no próximo ano. É necessário ter equilíbrio e que se puna quem depredou, invadiu, mas dentro do que a lei prevê. O que vai dar apoio da maioria do Parlamento é a mobilização popular e a exposição do processo” destacou.

AgoraRN

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