Marcos Dantas noticia em seu Blog que antes da discussão com os alunos da UFRN de Caicó, nesta tarde de segunda-feira (02), professores do Ceres já haviam se reunido na semana passada, para aprofundar uma discussão sobre o Programa Future-se, que vem sendo divulgado pelo Ministério da Educação, com a promessa de ser buscar o fortalecimento da autonomia administrativa, financeira e da gestão das universidades e institutos federais.
Porém, não é o que pensa a maioria dos professores do Ceres da UFRN. Em entrevista ao Panorama 95 desta terça-feira (02), o professor do Curso de Direito, Oswaldo Pereira de Lima Júnior deixou claro o que percebeu do Future-se, após ter conhecido, tanto os aspectos jurídicos, quanto os aspectos administrativos que estão por trás dele.
“Nós, toda comunidade acadêmica do Ceres, percebemos que o projeto é de transferência gradual da capacidade de administração, de ensino, de pesquisa da autarquia pública que é a Universidade, para uma organização social, que é uma entidade de direito privado. Paulatinamente a autarquia perde a sua autonomia, a tendência, até com a legislação que a gente percebe, é que ela deixa de existir, porque se ela não tem autonomia, razão de existência, futuramente a gente prevê o fim da autarquia e a manutenção da parceria entre a União e a Organização Social, através de ações de fomento, e isso pode impactar na forma como pesquisa vai ser feita, tipo de incentivo que pode ser feito, pode impactar inclusive na possibilidade de cobrança de mensalidade, não só na pós graduação como vem sendo colocado, e inclusive futuramente na extinção da autarquia”, explicou.