A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), vinculada ao Ministério da Saúde, vai receber R$ 23 milhões do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para aplicar as ações estratégicas de enfrentamento à Zika, dengue e chikungunya. Os recursos do BNDES serão destinados ao desenvolvimento de kits de diagnóstico e ações de combate aos vetores de transmissão dos vírus, no âmbito da Emergência em Saúde Pública de Importância Nacional (Espin) do Ministério da Saúde. A participação do BNDES viabiliza a imediata realização de diversos projetos, antecipando resultados para a saúde pública e evitando maiores prejuízos à população, principalmente àquela em situação de maior vulnerabilidade social.
Entre esses projetos, estão ações que visam o desenvolvimento de novos testes rápidos de diagnósticos, com características diferentes daqueles já disponíveis no mercado. Um destes produtos é um moderno teste de diagnóstico molecular que utiliza a tecnologia point of care (P.O.C) e destaca-se por sua capacidade de identificar simultaneamente os vírus da Zika, dengue e chikungunya com maior segurança. O modelo dispensa análise laboratorial para realização de ensaios, podendo ser utilizado em unidades de saúde e em ações de campo. O teste deverá ser desenvolvido, validado e produzido em larga escala.
Outra categoria que receberá recursos é a de testes sorológicos, que se baseiam na reação do organismo à presença dos vírus e podem ser utilizados muito tempo após a transmissão dos vírus pelos mosquitos. Essa categoria de testes é importante para pacientes assintomáticos, possibilitando aferir se já foram infectados anteriormente.