O caicoense, Fransualdo Azevedo, professor da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, que está em Londres na Inglaterra, contou por telefone ao Blog Sidney Silva, sobre o atentado registrado na noite do último sábado (03), e que deixou 10 mortos, entre eles 7 vítimas e 3 terroristas.
Por volta das 21h (horário local, 18h em Brasília), os terroristas atropelaram com uma van os pedestres que passavam pela London Bridge, (Ponte Londres), um dos cartões-postais da cidade. Relatos de testemunhas apontam que a van deixou a área reservada aos veículos na ponte e avançou contra os pedestres na calçada a mais de 80 Km por horas. Depois os homens sacaram facas e passaram a atacar pessoas que estavam em bares e restaurantes nas proximidades do Borough Market.
“Eles começaram a fazer a tragédia na ponte Londres e terminaram no Mercado Público, que tem uma grande movimentação de pessoas. Eu tinha acabado de chegar do curso. Eu cheguei e sai pra dar uma caminhada e quando eu voltei, já escutei os ruídos das sirenes de ambulâncias, polícia. Quando isso acontece aqui, a cidade fica em estado de pânico. Para tudo, vira um tumulto. Até mesmo neste domingo, essa movimentação não parou. Quando eu entrei em casa na noite de sábado, que liguei a TV, já estava acontecendo tudo o que estava acontecendo lá“, relatou.
De acordo com o Frasualdo Azevedo, a ponte London Bridge onde os terroristas começaram o ataque, liga duas zonas da cidade que são muito importantes onde estão os centros econômico/financeiro locais, o “London City” e a Zona Sul chamada de “SouthWark”.
“Ainda no percurso da ponte, eles atiraram a van por cima das pessoas e depois a abandonam e já entram no mercado esfaqueando as pessoas. Foram cenas horríveis! Já foram causando atrocidades. Tinham muitos turistas. As pessoas estavam ali pra se divertir. Quando os policiais chegaram começou o confronto com os terroristas e eles mandaram as pessoas se abaixarem. As imagens são horríveis. As pessoas em estado de pânico, tentavam levantar e não podiam“, contou.
Nós perguntamos a Fransualdo Azevedo como ele percebe que está o povo inglês principalmente depois dos ataques registrados nos últimos meses. “Eles estão em um nível de sensibilidade extrema quando se referem ao terrorismo. Quando se conversa com um inglês ou com um londrino sobre o tema, terrorismo, eles fazem um gesto que aí no Seridó quando não se gosta de uma coisa, dizemos que nos repugnamos, pois é assim que eles se expressam“, relata.