A série exibida pela Netfflix, “O Mecanismo”, de José Padilha (Tropa de Elite), que reproduz os bastidores da Operação Lava Jato, provocou forte reação, por parte da Polícia Rodoviária Federal (PRF), na estreia de sua segunda temporada, na última sexta-feira (10/05/2019). Segundo a corporação, “as cenas exibidas caluniam e difamam, maculando a imagem institucional e de cada policial rodoviário federal”.
Em nota de repúdio divulgada nesta segunda-feira (13/05/2019), a PRF, órgão vinculado ao Ministério da Justiça e Segurança Pública, ataca a série.
“O sentimento de indignação, diante de tamanha irresponsabilidade, desrespeito e ignorância protagonizada por parte dos promotores do seriado em questão, é sentimento comum de cada policial rodoviário federal”, diz a nota.
A PRF ressalta, no texto, que é responsável pelo policiamento de mais de 70 mil quilômetros de rodovias em todo país e é composta por cerca de dez mil policiais rodoviários federais.
“Cada policial rodoviário federal atua, diariamente, na promoção da segurança viária e no combate ao crime, contribuindo, em cada um dos 27 estados da federação, para a construção de um país mais seguro e justo, com especial destaque para o fato de que a PRF é referência no combate aos crimes transfronteiriços de contrabando e descaminho, sendo a instituição que apreendeu em 2017 mais de 93 milhões de maços de cigarro e mais de 107 milhões em 2018”, ressalta.
Segundo o órgão, “O Mecanismo” imputa à PRF condutas antagônicas aos seus valores institucionais. “Os responsáveis pelo programa não solicitaram e não possuem autorização para o uso dos símbolos institucionais da Polícia Rodoviária Federal, que são símbolos de uso exclusivo, sendo vedada a sua fabricação, reprodução ou uso sem a autorização formal do Diretor-Geral da PRF”, destaca a nota.
A instituição informa que as tratativas necessárias para a provocação judicial dos responsáveis já foram iniciadas. “A PRF não ficará inerte perante tamanho desacato, travestido de uma suposta licença poética que desrespeita a todos os seus integrantes e à sociedade”.
Do site Metrópole