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A Câmara Técnica de Vacinação do Rio Grande do Norte decidiu pela diminuição no intervalo entre as aplicações da primeira e segunda doses da vacina da Pfizer de 3 meses para 21 dias. Na decisão, foi considerada a proteção da vacina para as novas variantes da covid-19. A aplicação no intervalo menor será possível desde que o Ministério da Saúde envie as doses antecipadamente.

A discussão prevê a redução de três meses para 21 dias na aplicação da vacina. O tempo é previsto na bula da farmacêutica Pfizer, mas o Ministério da Saúde decidiu, ainda no início do ano, ampliar o prazo com o objetivo de conseguir acelerar a aplicação da primeira dose em todo o país.

A redução no intervalo também será tomada para reforçar o combate da variante Delta do coronavírus. Identificada originalmente na Índia, a nova cepa é a mais transmissível que as demais variantes. Em todo o Brasil, segundo o Ministério da Saúde, 122 contágios desta cepa foram registrados até a última sexta-feira (23).

O Ministério da Saúde também avalia uniformizar a redução dos prazos da vacina para todo o país. A pasta deve convocar reunião até o fim da semana com o Conselho Nacional de Secretários de Saúde (CONASS) e do Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (CONASEMS).

Ainda de acordo com o Ministério, o contrato com a Pfizer prevê a entrega de 100 milhões de doses do imunizante até dezembro. Até esta semana, o Brasil já recebeu quase 18 milhões de doses.

Nesta segunda-feira (26), o secretário executivo do Ministério da Saúde, Rodrigo Cruz, havia confirmada a redução do intervalo para 21 dias. Hoje, após ser imunizado com a primeira dose, é preciso esperar três meses para tomar a segunda aplicação do medicamento contra a covid-19. O anúncio foi feito pelo secretário a jornalistas, mas não foi informado quando a mudança vai ser posta em prática. “Precisa ver qual é o melhor timing disso, mas que vai diminuir, vai”, disse.

A decisão de reduzir o intervalo entre as doses da vacina tem como objetivo conter o avanço da variante indiana do coronavírus a Delta. Pesquisa do laboratório francês Pasteur indica que a primeira dose da Pfizer tem uma proteção de apenas 10% contra a variante. Por outro lado, com as duas doses tomadas, a taxa sobe para 95%.

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