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Delegado da Deicor, Luciano Andrade – (Foto: Magnus Nascimento/Tribuna do Norte)

Ícaro Carvalho (Tribuna do Norte) – A capilaridade do SDC-RN pôde ser vista nos ataques que assustaram o RN em toda a semana: pelo menos 38 municípios em todas as regiões do Estado foram alvos dos criminosos, que deixaram prejuízos para comerciantes e trabalhadores. Segundo apurações do Ministério Público do RN, os ataques teriam oferta de R$ 100 a R$ 300 para os criminosos, mas sem confirmação de pagamento.

“Eles atuam como uma empresa que se instala na cidade e os criminosos vão aderindo aos poucos,  ganhando por comissão e trabalhando para substituir o Estado. Quando provocados, atuam como grupos terroristas, utilizando o terror como linguagem”, avalia o professor Francisco Augusto Cruz, especialista em segurança pública. Para o pesquisador, que acompanha o fenômeno das facções desde 2017, há presença do SDC-RN em praticamente todos os municípios potiguares.

“Eles lutam por interesses ilegais, seja de drogas, negócio de armas, roubos. Eventualmente podem ter alguma “ética” nas comunidades onde ocupam, mas conforme a conveniência deles. Na primeira oportunidade, eles vão quebrar até esta “ética” que é minúscula. O Sindicato é uma organização criminosa”, apontam fontes do MPRN acerca dos ataques a patrimônio de trabalhadores, queima de ônibus.

Para o delegado Luciano Augusto, diretor-adjunto da Deicor-RN, é difícil estimar um percentual de cidades nas quais o SDC possui células e atuações contundentes, mas as investigações apontam que em Natal e Grande Natal, o domínio de atividades criminosas e territorial ultrapassa os 90%.

O tamanho da facção tem uma média de 14, 15 mil filiados, simpatizantes. Nem todo mundo é batizado dentro daquele juramento. Declaradamente faccionados são cerca de quatro mil, temos esse dado, pois já passaram pelo sistema penal e optaram por ficar no Sindicato, não querendo ficar no neutro nem no PCC. Nos interiores pequenos quem comanda é o PCC, mas aqui na Grande Natal e Natal é 98% do Sindicato, porque Macaíba tem uma célula do PCC. Em Mossoró divide-se um pouco com Caveiras, GDE e PCC, em outras cidades. Em interiores pequenos, para o tráfico não é interessante comandar atividades de cidades com poucos habitantes. Onde há a venda da droga, essas pessoas são obrigadas a contribuir para o caixa da facção”, analisa.

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