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Bibi Perigosa foi presa no Rio de Janeiro

Apontada como uma das líderes dos ataques de uma facção criminosa no Rio Grande do Norte, Andreza Cristina Lima Leitão já tinha condenações na Justiça e estava foragida. A história da traficante se confunde com a da personagem Bibi Perigosa, da trama “A Força do Querer”, da TV Globo. Assim como no caso da novela, que foi inspirada na história real de Fabiana Escobar, a “Dama do Pó”, Andreza Cristina também ascendeu dentro da facção criminosa devido à sua relação amorosa com um dos líderes da facção. A traficante potiguar foi presa na noite do domingo (2), no Rio de Janeiro.

Conhecida inicialmente como “Andreza Patroa” e, posteriormente, chamada de “Bibi Perigosa” devido a novela, Andreza era casada com Elinaldo César da Silva, conhecido como Sardinha, que era um dos líderes da facção criminosa no Rio Grande do Norte. Em uma ação em setembro de 2016, Sardinha estava em troca de tiros e Andreza chegou a se colocar entre ele e os autores dos disparos, em uma boate de Natal, mas não evitou a morte do companheiro. Ela chegou a ser atingida na perna e hospitalizada, mas fugiu do hospital.

Desde então, ela e o irmão José Alexandre Leitão, conhecido como ‘Espiga’, tomaram frente da organização criminosa e seguiram com a comercialização de drogas, de acordo com investigações. Em janeiro de 2018, porém, ela foi presa após denúncia anônima, no bairro de Ponta Negra.

Interceptações telefônicas realizadas pela Polícia apontaram a parceria que ela mantinha com outros criminosos para a venda de drogas na região de Candelária. Em uma operação policial anterior, já havia sido encontrado na residência locada pela quadrilha grande quantidade e variedade de entorpecentes, balanças de precisão, registros de contabilidade do tráfico, “considerável quantia em dinheiro”, caixa de papel seda da marca Smoking, além de diversos armamentos de fogo e munições.

Condenada, ela chegou a ficar detida, mas conseguiu a progressão de regime e foi para o semiaberto. Desde então, nunca mais retornou à prisão ou se apresentou à Justiça.

Desde 2020, a já chamada “Bibi Perigosa” estava vivendo no Rio de Janeiro, na Vila Kennedy, em Bangu. A Delegacia de Repressão a Entorpecentes fluminense estava na investigação e observou que ela utilizava o nome falso de Rafaela de Freitas Carvalho. Apesar de negar as acusações, ela é apontada como mais uma das lideranças que ordenaram ataques no Rio Grande do Norte.

Segundo as investigações da Polícia Civil do Rio de Janeiro e do Rio Grande do Norte, Bibi Perigosa criou a ‘Companhia dos Artilheiros’, que foi responsável por promover os ataques no Rio Grande do Norte e até outros crimes que ainda estão sob investigação.

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