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Interdição na Ponte de Igapó seria iniciada na segunda-feira 11, mas foi adiada para terça 12
Interdição na Ponte de Igapó seria iniciada na segunda-feira 11, mas foi adiada para terça 12 / Foto: José Aldenir

Interdição na Ponte de Igapó seria iniciada na segunda-feira 11, mas foi adiada para terça 12
Interdição na Ponte de Igapó seria iniciada na segunda-feira 11, mas foi adiada para terça 12 / Foto: José Aldenir

O Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) iniciou a interdição parcial da Ponte de Igapó na tarde desta terça-feira 12. O bloqueio estava previsto para segunda-feira 11, mas foi adiado devido à instalação de equipamentos de segurança na via.

A interdição é no sentido Zona Norte/Centro, no Km 85,4 da BR-101. De acordo com o DNIT, a medida é necessária para os serviços de restauração da ponte.
Segundo o DNIT, a obra na ponte deverá ser realizada em 12 meses, ao custo de R$ 20,8 milhões. Durante o período, a ponte será interditada no sentido Zona Norte/Centro de Natal. O sentido contrário se transformou em mão dupla. A empresa que executa o serviço é a Jatobeton Engenharia Ltda., sediada em Recife (PE).

Críticas. Ontem, o secretário municipal de Infraestrutura de Natal (Seinfra), Carlson Gomes, questionou a forma de comunicação do DNIT em relação ao bloqueio parcial da Ponte de Igapó. O anúncio do DNIT saiu na sexta-feira 8. “Não recebemos nada oficialmente. Tomamos conhecimento pela imprensa com uma nota de dois parágrafos informando da interdição”, criticou o secretário em entrevista à 94 FM.

Segundo o secretário, a Prefeitura havia mantido uma comunicação regular com o órgão para que a revitalização da ponte acontecesse durante o período da obra na Avenida Felizardo Moura, mas isso acabou não acontecendo. Para o titular da pasta, o planejamento em conjunto causaria menos prejuízo à população.

O ex-vereador de Natal Luiz Almir, colunista do AGORA RN, também criticou a ação do DNIT. “Depois de mais de um ano de sofrimento de toda a nossa querida Zona Norte, com a obra de requalificação da Avenida Felizardo Moura, sai a notícia do DNIT de que, por 12 meses, um dos lados da Ponte de Igapó será interditado para manutenção. Lamentável o desrespeito com mais de 400 mil pessoas da Zona Norte. Por que o DNIT não fez as obras debaixo da ponte no período em que a Felizardo Moura passava pela reforma?”, questionou Luiz Almir na coluna em que assina no jornal.

Obra não começou antes porque empresa estava elaborando projeto, diz superintendente do DNIT

Iniciada nesta terça-feira 12, a obra de restauração da Ponte de Igapó, em Natal, não poderia ter sido realizada junto com a requalificação da Avenida Felizardo Moura por causa de questões burocráticas envolvendo a licitação dos serviços.
A informação foi dada pelo superintendente no Rio Grande do Norte do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), Getúlio Batista, em entrevista à 98 FM.

A licitação para escolher a Jatobeton ocorreu em 2021, ainda durante a gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e quase dois anos antes da explosão de uma bomba de pólvora prensada na ponte, durante os ataques violentos de março deste ano.

A homologação do resultado da licitação foi assinada pelo então superintendente do DNIT, Daniel de Almeida Dantas, em 1º de setembro de 2021. O contrato foi assinado 30 dias depois e foi renovado em dezembro de 2022.

A contratação aconteceu no modelo de Regime Diferenciado de Contratação Integrada (RDC-I). Nesse modelo, uma empresa vence a licitação tanto para elaborar o projeto quanto para executar a obra propriamente dita.

Getúlio Batista conta que, quando assumiu o DNIT, em maio deste ano, procurou agilizar a execução da obra. Ele disse, porém, que o serviço só teve como começar agora porque a empresa ainda estava vencendo trâmites burocráticos dentro do órgão e, em seguida, partiu para a elaboração do projeto. Só agora o projeto ficou pronto e, portanto, a obra pode começar.

O bloqueio da Ponte de Igapó estava previsto inicialmente para esta segunda-feira 11, mas foi adiado por causa da demora na instalação de sinalização.
O serviço do DNIT não tem relação com a obra de requalificação da Avenida Felizardo Moura, que é executada pela Prefeitura do Natal e está com cronograma adiantado.

Em 22 de março, a Ponte de Igapó foi alvo de um ataque criminoso. Na ocasião, uma bomba de pólvora prensada foi detonada em uma das estruturas da ponte. Segundo o DNIT e o Instituto Técnico-Científico de Perícia do RN (Itep), o bombardeio afetou, mas não comprometeu a estrutura da ponte.

De acordo com os órgãos, uma manutenção já era necessária no local antes da explosão.

Contudo, agentes do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Rio Grande do Norte (Crea-RN) chegaram a outra conclusão. De acordo com os técnicos, a detonação da bomba caseira causou danos à ponte e poderia ter provocado o desabamento de parte da estrutura, caso o trecho atingido não estivesse interditado em função das obras de requalificação da Avenida Felizardo Moura.

AgoraRN

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