No dia 30 de julho de 1910, em Natal, RN, nascia Miguel Seabra Fagundes. Em março de 1932, bacharelou-se pela Faculdade de Direito do Recife, PE, tendo sido designado, neste mesmo ano, por ato do presidente Getúlio Vargas, para o cargo de procurador do Tribunal Regional Eleitoral do Rio Grande do Norte. E em 1935, com apenas 25 anos de idade, pelo quinto constitucional, na classe dos advogados, foi nomeado desembargador da Corte de Apelação do Estado. Desembargador, vocábulo derivado de embargar, do latim imbarricare, pôr barra, estorvar, embaraçar. Designa o cargo de juiz de tribunal de apelação cujo ofício consiste em desembaraçar processos, levando-os a uma solução. São chamados de desembargadores os membros dos Tribunais Regionais Federais, dos Tribunais Regionais do Trabalho, dos Tribunais de Justiça dos Estados e do Distrito Federal. Considerada posição superior na carreira do Direito, é desempenhada por agentes políticos graduados, com poderes para desobstruir a tramitação de processos judiciais e dar-lhes celeridade, logicamente em obediência as leis em vigor. A partir de 1945, Miguel Seabra Fagundes representou o Rio Grande do Norte como interventor federal e presidente do Tribunal de Justiça. Foi eleito presidente do Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) no dia 11 de agosto de 1954, porém licenciou-se do cargo no dia 24 do mesmo mês para assumir a pasta do Ministério da Justiça, atendendo convite do presidente Café Filho, único potiguar até hoje a assumir o cargo de presidente da República.
Em fevereiro de 1955, após divergências com o governo e para manter coerência e lealdade aos seus princípios, pediu exoneração do cargo de ministro e reassumiu a presidência da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), permanecendo no cargo até agosto de 1956. Em abril de 1970, foi eleito presidente do Instituto dos Advogados Brasileiros (IAB), e, desafiando a ditadura militar da época, fez um contundente discurso defendendo com obstinação a legalidade democrática. Sempre foi ativista pela restruturação do habeas corpus e pela convocação da Assembleia Nacional Constituinte. Recebeu muitas homenagens em vida e após o seu falecimento que se deu aos 29 de abril de 1993, na cidade do Rio de Janeiro, RJ. Destaco aqui uma que recebeu em vida e que já transcorreram 40 anos, quando, nós os concluintes do Curso de Direito da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, com colação de grau aos 23 de dezembro de 1983, dentre eles, eu, José Maria Jácome Bezerra, Janúbia Rodrigues Almeida de Castro e outros denominamos o nome da Turma Miguel Seabra Fagundes, e que teve como patrono o professor Aluísio Rodrigues e paraninfo o professor Jalles Costa.
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