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Dados indicam um aumento nos casos diagnosticados da doença em comparação com 2021 - Foto: José Aldenir/Agora RN

A depressão apresentou um aumento considerável em Natal, segundo dados da pesquisa Vigitel 2023 do Ministério da Saúde. A cidade registrou um percentual de 13,2% de adultos diagnosticados com depressão em 2023, representando cerca de 117 mil pessoas. Esse número coloca Natal com o maior índice entre todas as capitais nordestinas, empatada com Fortaleza, no Ceará.

Os dados indicam um aumento nos casos diagnosticados da doença em comparação com 2021, onde a capital potiguar apresentava um percentual de 11,8% de adultos com depressão. Esse crescimento de 1,4% em dois anos destaca a crescente prevalência desse transtorno na população.

Segundo a pesquisa, as mulheres representaram a maior porcentagem, atingindo 17,3%, enquanto os homens responderam por 8,5% dos casos diagnosticados de depressão em 2023. A preceptora psicóloga do Instituto Santos Dumont (ISD), Sarah Oliveira, destaca que alguns fatores têm facilitado o diagnóstico, incluindo uma maior procura por atendimentos terapêuticos, especialmente durante a pandemia, quando a conscientização sobre saúde mental ganhou destaque.

Para Oliveira, fatores contextuais, histórias de vida, contextos sociais, aspectos socioeconômicos e o conhecimento sobre a busca de ajuda desempenham um papel crucial no aumento desses números. Ela ressalta que, embora os dados possam ser impactantes, indicam também uma maior conscientização e procura por ajuda, o que é positivo.

A preceptora psicóloga aborda que a falta de uma rede de apoio, aspectos relacionados à qualidade de vida individual e o adoecimento crônico são características que aumentam a probabilidade do desenvolvimento de doenças mentais. Apesar do aumento na procura por diagnósticos, ela destaca que ainda existem barreiras, como a dificuldade de acesso à rede de atenção psicossocial. O elevado número de pacientes em relação à capacidade de atendimento representa um cenário de subnotificação de diagnósticos e é um dos principais desafios para o cuidado das pessoas com depressão, segundo a profissional.

AgoraRN

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