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Em locais mais críticos para a doença no País, é necessário enfatizar as estratégias de controle do mosquito. Foto: Júlia Prado / MS

A ministra da Saúde, Nísia Trindade, disse nesta quarta-feira 7 que “não faz sentido” o governo decretar uma emergência de saúde nacional por conta do aumento dos casos e mortes de dengue no país.

Embora a ministra tenha reconhecido a importância da vacina para o controle da doença, ela disse que o imunizante não deve ser encarado como um “instrumento mágico”.

Também disse que o governo “não pode vender uma ilusão” em relação à resposta contra a dengue, já que o ciclo de imunização é feito com a aplicação de duas doses com 3 meses de intervalo entre cada uma.

“Nesse momento, a nossa mensagem principal é ‘prevenir e cuidar’”, afirmou Nísia em fala a jornalistas depois do evento de lançamento do programa “Brasil Saudável – Unir para Cuidar”, em Brasília.

A ministra avaliou que a estratégia adequada atualmente é coordenar operações de emergência nos Estados e no Distrito Federal. “Neste momento, não faz sentido uma emergência nacional”, disse.

De acordo com a ministra da Saúde, o calendário de vacinação da dengue será divulgado “em breve”, mas parcialmente –já que parte das doses ainda não foram recebidas.

De acordo com a última atualização de casos de dengue no Brasil, realizada pelo Ministério da Saúde na tarde de terça-feira 6, o país já registrava 40 mortes em 2024 e quase 365 mil casos prováveis. O painel, porém, não contabiliza mortes recentes pela doença em São Paulo e no Rio de Janeiro.

De acordo com a ministra, a cautela em decretar emergência não significa que o governo não esteja em estado de alerta com a alta de casos. “Já me reuni com prefeitos e governadores para que nós coloquemos em prática essa ideia de um trabalho que tem que ser conjunto”, disse.

Para Nísia, em locais mais críticos para a doença no país, é necessário enfatizar as estratégias de controle do mosquito transmissor e reforçar estratégias de cuidado.

“Já vínhamos, em uma sala de situação, pactuando as ações com o Conselho Nacional de Secretários Estaduais e Municipais de Saúde, com repasse de recursos para a vigilância”, afirmou. “É um momento de organização”.

AgoraRN

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