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Foto: Marcelo Camargo/ Agência Brasil
Foto: Marcelo Camargo/ Agência Brasil

Os gastos do governo federal com presídios voltaram a crescer em 2023 e atingiram o maior valor dos últimos quatro anos, de R$ 605,6 milhões.

Esse valor representa uma alta de 59,21% em relação ao registrado em 2022, quando o Fundo Penitenciário Nacional (Funpen) recebeu R$ 380,4 milhões do governo, de acordo com dados do Portal da Transparência.

Em 2021, a cifra ficou em R$ 544,2 milhões e, em 2020, R$ 412,7 milhões.

As penitenciárias federais começaram a ser construídas em 2006 durante a gestão de Marcio Thomaz Bastos no Ministério da Justiça, para viabilizar a estratégia de isolar os principais chefes de facções criminosas do país.

O custo para construir uma prisão federal de segurança máxima no Brasil é de cerca de R$ 40 milhões.

Atualmente o Brasil possui 5 unidades como essa, que reúnem chefes dos maiores grupos criminosos do país, como, por exemplo, o Primeiro Comando da Capital (PCC) e o Comando Vermelho. Nomes como Fernandinho Beira-Mar, Nem da Rocinha e Marcinho VP são mantidos nesses presídios que ficam em quatro diferentes regiões do país.

Uma unidade fica no Sul, em Catanduvas (PR); duas no Centro-Oeste, em Campo Grande (MS) e em Brasília (DF); uma no Nordeste, em Mossoró (RN); e uma na região Norte, em Porto Velho (RO).

O Sudeste é a única região do país onde ainda não há penitenciária administrada pela União.

O custo médio para manter um preso nessas unidades é de cerca de R$ 50 mil por ano, ou seja, uma média de R$ 4.166,00 por mês, quase 3 salários mínimos.

Nesses presídios são adotados períodos prolongados de isolamento.

Em entrevista à CNN, o ex-ministro da Defesa e Segurança Pública Raul Jungmann explicou que não há nessas unidades contato entre os presos, não há contato com visitas, por isso também não há visita íntima, como nos presídios estaduais.

Para falar com o advogado, é preciso que o preso fale através de um vidro, usando um microfone. Além disso, durante os banhos de sol, os presos permanecem algemados e as celas possuem câmeras.

CNN entrou em contato com o Ministério da Justiça para saber como o dinheiro empenhado no Funpen tem sido direcionado, mas não obteve resposta.

AgoraRN

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