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Vista geral de Jerusalém. Foto: Wikimedia Commons/Pixabay
© Wikimedia Commons/Pixabay

As autoridades israelenses anunciaram nesta terça-feira (12) que vão permitir a entrada com restrições de palestinos da Cisjordânia em Jerusalém e na Esplanada das Mesquitas, conhecida pelos judeus como Monte do Templo, durante o mês do Ramadã.

O Coordenador de Atividades Governamentais nos Territórios (Cogat), autoridade militar israelita responsável pelos territórios palestinos, informou em comunicado divulgado hoje que homens com mais de 55 anos, mulheres com mais de 50 e crianças até 10 anos poderão entrar na área às sextas-feiras para rezar na mesquita de al-Aqsa.

Estes palestinos deverão ter uma licença da Cogat válida, mas que poderá ser revista pelas forças de segurança.

Além disso, as autoridades reservam-se a possibilidade de modificar essas regras, à medida que o mês avança, segundo publicou o jornal The Times of Israel.

Embora as autoridades não tenham informado detalhes sobre a viabilidade de os palestinos da Cisjordânia poderem visitar Jerusalém de domingo a quinta-feira durante o Ramadã, elas confirmaram que os habitantes de Gaza não poderão entrar na região, por causa da guerra.

Na semana passada, o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, anunciou que não haveria restrições ao número de muçulmanos que poderiam entrar na área para rezar durante o Ramadã.

Além disso, o Governo garantiu que não aplicaria restrições especiais aos árabes israelenses no contexto de um aumento da violência no quadro do conflito israel-palestino.

Alguns países da região protestaram contra a imposição de restrições deste tipo na área, incluindo a Jordânia, cujo ministro dos Negócios Estrangeiros, Ayman Safadi, exigiu que todas as medidas impostas fossem retiradas para facilitar a oração.

Na noite de domingo (10), as forças de segurança israelenses impediram que centenas de fiéis muçulmanos entrassem na mesquita de al-Aqsa para as suas primeiras orações após o início do Ramadã.

Israel também instalou arame farpado ao redor do complexo, perto do Portão dos Leões, segundo a administração palestina de Jerusalém.

O Ramadã é o mês sagrado de jejum e oração na tradição muçulmana, marcado pelo jejum desde o nascer ao pôr-do-sol e cumprido por cerca de 2 bilhões de pessoas em todo o mundo.

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Agência Brasil

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