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Danilo Balas (PL) acionou o Ministério Público contra publicação do MTST. Foto: Alesp e Redes sociais

O deputado estadual paulista Danilo Balas (PL) acionou o Ministério Público de São Paulo contra o Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto (MTST) por intolerância religiosa.

Na Sexta-feira Santa 29, o MTST publicou no X (antigo Twitter) uma foto de Jesus Cristo crucificado e observado por três soldados romanos com a frase atribuída a um deles: “Bandido bom é bandido morto”.

No sábado 30, Danilo Balas protocolou no MP-SP a denúncia contra o MTST solicitando apurações de supostos crimes de incitação ao preconceito religiosos. O deputado também pediu a abertura de inquérito para a identificação do responsável pela publicação. Veja abaixo o post do MTST:

O parlamentar afirmou que comparar os cristãos aos executores de Cristo ofende de forma significativa e desrespeita milhões de cristãos no Brasil e no mundo. Disse ainda que a publicação representa uma afronta a um dos símbolos mais sagrados do cristianismo, que simboliza sacrifício, amor e redenção.

“Não nos calaremos diante de ataques à nossa fé e à liberdade religiosa. Não devemos admitir a intolerância religiosa e o preconceito contra cristãos. Isso é totalmente inadmissível,” declarou Balas.

O integrante do PL na Assembleia Legislativa de São Paulo solicitou investigação e possível interdição da publicação. O parlamentar ressaltou que a publicação da imagem, em plena Sexta-feira Santa, buscava chocar o público cristão e escarnecer sua fé, bem como tachar os cristãos de defensores da tortura e da execução sumária.

O Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto, diante da polêmica, voltou a publicar horas depois no X um segundo post que diz: “A falta de interpretação da imagem e da mensagem é de se impressionar”.

Em seguida reproduziu trechos da leitura de Lucas, capítulo, 23, da Bíblia, em que o governador romano Pôncio Pilatos, responsável por julgar Jesus Cristo, diz ao povo que não há provas para levá-lo à morte, mas, diante do clamor público, Jesus foi condenado e crucificado. No lugar dele, Barrabás foi liberto, após ser preso por assassinato e incitação de motim.

A expressão “bandido bom é bandido morto”, usada no post, é comumente usada por espectros da direita favoráveis à pena de morte, punição que não existe na legislação brasileira.

Embate Boulos e Nunes

O post do MTST motivou críticas entre os dois pré-candidatos que lideram a corrida à Prefeitura de São Paulo.

O prefeito Ricardo Nunes postou que a imagem do MTST “é de cortar o coração, um sacrilégio”. Já o deputado Guilherme Boulos (PSOL), que militou por 20 anos no MTST e chegou a ser coordenador do movimento, classificou as críticas de Nunes como “terrorismo moral”.

“Ricardo Nunes tirou a Sexta-feira Santa para distorcer o post de um movimento social e criar terrorismo moral”. “Isso mostra que sua aliança com o bolsonarismo não é apenas eleitoral. É de princípio e de método”, afirmou Boulos.

AgoraRN

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