Categoria: Mundo

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Protesto na cidade venezuelana de Puerto La Cruz
  29/7/2024    REUTERS/Samir Aponte
© REUTERS/Samir Aponte/Proibida reprodução
Protesto na cidade venezuelana de Puerto La Cruz
  29/7/2024    REUTERS/Samir Aponte
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O Ministério Público (MP) da Venezuela iniciou uma investigação penal por, entre outros possíveis delitos, “instigação à insurreição” e “conspiração” contra o principal ex-candidato à presidência do país na última eleição, Edmundo González, e contra a liderança da oposição – María Corina Machado.

Segundo comunicado do órgão, a apuração é consequência de um comunicado emitido pelos dois na última segunda-feira (5). O MP venezuelano afirma que a nota dos opositores incita abertamente os policiais e militares a que desobedeçam as leis.

Segundo o chefe do MP, Tarek William Saab, o comunicado pode incidir em crimes como “usurpação de funções, difusão de informação falsa para causar agitação; instigação à desobediência das leis, instigação à insurreição e associação para delinquir e conspiração”.

A nota do Ministério Público venezuelano diz ainda que, “à margem da Constituição e da lei, falsamente anunciam um ganhador das eleições presidenciais distinto ao proclamado pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE), único órgão qualificado para tal”.

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Santiago (Chile) 05.08.2024 - Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva e o ao lado do Presidente do Chile, Gabriel Boric, posam para fotografia oficial, no Salão Azul do Palácio de La Moneda. Foto: Ricardo Stuckert/PR
© Ricardo Stuckert/PR
Santiago (Chile) 05.08.2024 - Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva e o ao lado do Presidente do Chile, Gabriel Boric, posam para fotografia oficial, no Salão Azul do Palácio de La Moneda. Foto: Ricardo Stuckert/PR
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Um acordo de cooperação espacial para fins pacíficos que prevê, entre outros, o intercâmbio de informação em ciência, tecnologia e inovação para o desenvolvimento de iniciativas conjuntas no setor, foi assinado por Brasil e Chile, nesta terça-feira (6), durante a cerimônia de lançamento da pedra fundamental do Centro Espacial Nacional, em Santiago, com as presenças dos presidentes do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, e do Chile, Gabriel Boric.

Lula destacou que o setor espacial é estratégico para o desenvolvimento dos países e lembrou a desigualdade que existe nesta área. Para ele, a prática no “mundo desenvolvido” costuma ser de “correr ao topo” e “chutar a escada” para que os outros não a alcancem, afirmou o presidente brasileiro, em seu discurso.

“A cooperação entre os países do [Hemisfério] Sul tem potencial para reverter essa desvantagem. Juntos poderemos multiplicar a capacidade de erguer a nossa própria escada. Mas, para que os benefícios do desenvolvimento espacial sejam compartilhados por todos, é imprescindível que sejam fomentados em um marco sólido de políticas públicas. Os devaneios de milionários que preferem colonizar Marte a cuidar da Terra não substitui a ação e a orientação do Estado”, disse.

“Não há atividade, hoje, que não demande e infraestrutura espacial. As comunicações, a geração de energia, a navegação e mesmo o enfrentamento à mudança do clima dependem muito do espaço. Apesar de sua importância, o setor específico espacial é uma das áreas em que a desigualdade entre os países é mais gritante. O controle de exportação de componentes e insumos tecnológicos, restrições de acesso e limitações financeiras impactam desmesuradamente o Sul Global [países em desenvolvimento do hemisfério Sul]”, acrescentou Lula.

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Grand Palais em Paris
 26/12/2019   REUTERS/Gonzalo Fuentes
© Reuters/GONZALO FUENTES/proibida a reprodução
Grand Palais em Paris
 26/12/2019   REUTERS/Gonzalo Fuentes
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A polícia francesa de crimes cibernéticos está investigando um ataque de ransomware contra o salão de exposições Grand Palais, em Paris, onde estão sendo realizados eventos olímpicos, incluindo esgrima e taekwondo, informaram os promotores de Paris nesta terça-feira.

Eles disseram que os criminosos cibernéticos atacaram o sistema de computador central da instituição, mas o incidente não causou interrupção nos eventos olímpicos que estão ocorrendo no icônico salão de exposições com teto de vidro no centro da capital francesa.

O sistema de computador do local também processa dados de 40 museus aos quais é afiliado, disseram os promotores em um email.

A rádio Franceinfo informou que os invasores exigiram o pagamento de um resgate em 48 horas, ameaçando publicar online os dados financeiros que haviam obtido se não recebessem a quantia não especificada.

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A woman is checked with a fingerprint identity registration device at a polling station in the Liceo Andres Bello during Venezuela's presidential election, in Caracas, Venezuela, July 28, 2024. REUTERS/Fausto Torrealba
© REUTERS/Fausto Torrealba/Proibida reprodução
A woman is checked with a fingerprint identity registration device at a polling station in the Liceo Andres Bello during Venezuela's presidential election, in Caracas, Venezuela, July 28, 2024. REUTERS/Fausto Torrealba
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O Conselho Nacional Eleitoral (CNE) da Venezuela entregou ao Tribunal Supremo de Justiça (TSJ), na noite desta segunda-feira (5), as atas eleitorais das mais de 30 mil mesas de votação da eleição presidencial do dia 28 de julho. O Judiciário informou que analisará os documentos no prazo de 15 dias, podendo prorrogá-lo.

O CNE também entregou a ata da totalização dos votos que deu a vitória a Maduro e os documentos que comprovariam o ataque cibernético contra as telecomunicações do país. De acordo com o CNE, um ataque hacker teria impedido o trabalho do Conselho.

O TSJ ainda convocou os candidatos e representantes dos partidos que participaram da eleição para comparecer ao Tribunal nesta quarta-feira (7), quinta-feira (8) e sexta-feira (9). Os candidatos e partidos devem prestar esclarecimentos e apresentar os documentos eleitorais em posse de cada grupo.

“Esta sala eleitoral ordena a convocação dos referidos cidadãos e alerta que o não comparecimento perante esta sala acarretará as consequências previstas no nosso atual ordenamento jurídico”, afirmou a presidente do TSJ, Caryslia Beatriz Rodríguez.

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Autoridades israelenses observam impacto de projétil em Nahariya
 6/8/2024   REUTERS/Rami Shlush
© Reuters/Rami Shlush/direitos reservados
Autoridades israelenses observam impacto de projétil em Nahariya
 6/8/2024   REUTERS/Rami Shlush
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O grupo armado libanês Hezbollah lançou uma série de ataques com drones e foguetes contra o Norte de Israel na terça-feira (6), e alertou que sua retaliação pela morte de um importante comandante por Israel na semana passada ainda está por vir.

O Hezbollah disse que lançou uma série de drones de ataque em duas instalações militares perto de Acre, no Norte de Israel, e também atacou um veículo militar israelense em outro local.

As Forças Armadas israelenses disseram que vários drones hostis foram identificados atravessando o Líbano e um deles foi interceptado. O governo israelense afirmou que vários civis ficaram feridos ao sul da cidade costeira de Nahariya.

Imagens da Reuters TV mostraram um local de impacto próximo a um ponto de ônibus em uma estrada nos arredores da cidade (imagem de destaque).

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Funeral de palestinos mortos em Aqaba
 6/8/2024    REUTERS/Raneen Sawafta
© Reuters/Raneen Sawafta/Proibida reprodução
Funeral de palestinos mortos em Aqaba
 6/8/2024    REUTERS/Raneen Sawafta
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As forças israelenses mataram 45 combatentes palestinos em Gaza nas últimas 24 horas, informaram os militares nesta terça-feira (6), depois de combates pesados em que o grupo militante Hamas disse ter destruído dois veículos blindados de transporte de pessoal durante uma emboscada perto da cidade de Rafah.

Os militares israelenses disseram que o oficial do Hamas encarregado das operações de contrabando estava entre os mortos e que sua morte afeta significativamente a capacidade de levar armas e equipamentos militares para o enclave sitiado.

Nesta terça-feira, ataques aéreos mataram cinco palestinos no campo de Al-Bureij, no centro da Faixa de Gaza, segundo médicos, enquanto outros dois foram mortos em um ataque aéreo separado em Rafah, perto da fronteira sul de Gaza com o Egito.

O Hamas não fornece números de vítimas de seus combatentes.

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Santiago (Chile) 05.08.2024 - Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva e o ao lado do Presidente do Chile, Gabriel Boric, posam para fotografia oficial, no Salão Azul do Palácio de La Moneda. Foto: Ricardo Stuckert/PR
© Ricardo Stuckert/PR
Santiago (Chile) 05.08.2024 - Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva e o ao lado do Presidente do Chile, Gabriel Boric, posam para fotografia oficial, no Salão Azul do Palácio de La Moneda. Foto: Ricardo Stuckert/PR
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O Brasil e o Chile assinaram, nesta segunda-feira (5), 19 acordos e outros atos bilaterais em áreas que vão do turismo, ciência e tecnologia, defesa, agropecuária e direitos humanos até as relações comerciais e de investimentos. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva está em visita oficial ao Chile e foi recebido pelo presidente do país, Gabriel Boric, no Palácio de La Moneda, em Santiago.

Os dois países têm mais de 90 acordos bilaterais em vigor e um comércio equilibrado, mas ainda pouco diversificado. Os acordos assinados hoje vão em busca dessa diversificação.

Em discurso, Lula destacou as colaborações pactuadas para a integração real entre os países, especialmente nas áreas de mudanças climáticas e turismo. “A integração sul-americana é uma realidade que faz a diferença na vida das pessoas, como demonstra o acordo de isenção de cobrança de roaming que firmamos no ano passado e o acordo de reconhecimento recíproco de carteiras de habilitação que assinamos hoje”, disse Lula.

“Além disso, os desafios representados pelas catástrofes naturais e pelo crime organizado atravessam países. Os incêndios de 2023 no Chile e as enchentes deste ano no Sul do Brasil põem em xeque o negacionismo climático e reforçam a necessidade de cooperação. A proposta chilena de estabelecer um mecanismo regional de resposta a desastres conta com nosso respaldo e nosso apoio”, acrescentou o presidente brasileiro.

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Brasília (DF) 28/03/2024 - O presidente da França, Emmanuel Macron, é recebido pelo presidnete Luiz Inácio lula da Silva, em cerimônia oficial no Palácio do Planalto. 
Foto: Fabio Rodrigues- Pozzebom/Agência Brasil
© Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agênc
Brasília (DF) 28/03/2024 - O presidente da França, Emmanuel Macron, é recebido pelo presidnete Luiz Inácio lula da Silva, em cerimônia oficial no Palácio do Planalto. 
Foto: Fabio Rodrigues- Pozzebom/Agência Brasil
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O presidente da França, Emmanuel Macron, telefonou nesta segunda-feira (5) ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Durante a ligação, Macron elogiou a posição do governo brasileiro de estímulo ao diálogo entre o presidente Nicolás Maduro e a oposição venezuelana, após as eleições do país sul-americano ocorridas no último dia 28 de julho.

De acordo com o Palácio do Planalto, o presidente francês elogiou a posição adotada por Brasil, Colômbia e México. Os três países emitiram uma nota conjunta na última quinta-feira (1º) pedindo que o impasse em torno das eleições da Venezuela seja resolvido pela via institucional. “O presidente Lula reiterou seu compromisso com a busca de uma solução pacífica entre as partes e que respeite a soberania do povo venezuelano”, informou o Planalto, por meio de nota.

Ainda segundo o comunicado, o presidente Lula agradeceu a recepção de Macron à delegação brasileira e à primeira-dama do país, Janja da Silva, no país europeu, onde ocorrem os Jogos Olímpicos de 2024. Lula se encontra em Santiago, no Chile, onde cumpre visita de Estado e participa da assinatura de diversos acordos bilaterais.

O Tribunal Supremo de Justiça (TSJ) da Venezuela determinou que o Conselho Nacional Eleitoral da Venezuela (CNE) apresente, ainda esta semana, as atas eleitorais por mesa de votação do pleito presidencial.

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Os governos do Brasil e da Venezuela firmaram um acordo para que os diplomatas brasileiros fiquem responsáveis por operar as embaixadas do Peru e da Argentina em Caracas. A decisão ocorre após a diplomacia desses países terem sido expulsas da Venezuela por desconhecerem a vitória do presidente Nicolás Maduro na eleição de 28 de julho.

Em notas publicadas pelo Itamaraty e pelo Ministério das Relações Exteriores da Venezuela nesta segunda-feira (5), foi informado que “a custódia dos locais das Missões Diplomáticas da República Argentina e da República do Peru, incluindo seus bens e arquivos, bem como a representação de seus interesses e de seus nacionais em território venezuelano, sejam representadas, a partir de 5 de agosto de 2024, pela Embaixada da República Federativa do Brasil em Caracas”.

Na última semana, foi informado que o Brasil ficaria com a administração da embaixada da Argentina, o que levou o presidente Javier Milei a agradecer publicamente o apoio do Brasil. Agora, a novidade é que o Brasil vai ficar também com a Embaixada do Peru.

Em nota, o governo peruano também agradeceu nesta segunda-feira (5) ao governo brasileiro “por este apoio inestimável, que reflete o excelente estado de nossas relações bilaterais, que se baseiam em laços históricos e sólidos de amizade, cooperação e integração”.

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A woman is checked with a fingerprint identity registration device at a polling station in the Liceo Andres Bello during Venezuela's presidential election, in Caracas, Venezuela, July 28, 2024. REUTERS/Fausto Torrealba
© REUTERS/Fausto Torrealba/Proibida reprodução
A woman is checked with a fingerprint identity registration device at a polling station in the Liceo Andres Bello during Venezuela's presidential election, in Caracas, Venezuela, July 28, 2024. REUTERS/Fausto Torrealba
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O Conselho Nacional Eleitoral da Venezuela (CNE) deve entregar esta semana ao Judiciário as atas eleitorais por mesa de votação do pleito presidencial do dia 28 de junho. O Tribunal Supremo de Justiça (TSJ) também pediu os documentos que comprovam o ataque cibernético que teria atrasado os trabalhos do CNE.

A decisão do Tribunal Supremo de Justiça publicada na sexta-feira (2) determinou que o Poder Eleitoral apresente, em 3 dias úteis a partir da sua notificação, as atas de escrutínio das mesas eleitorais à nível nacional; a ata de totalização definitiva do processo eleitoral; a ata de adjudicação e a ata de proclamação do processo.

“Além disso, como constitui um feito público, notório e comunicado, o ataque cibernético denunciado contra o sistema informático do CNE, como impedimento a oportuna transmissão dos resultados eleitorais, igualmente se solicita ao Máximo Órgão Eleitoral todos os elementos de prova associados com tal evento”, diz a sentença expedida pelo TSJ.

A decisão é consequência do recurso apresentado pelo presidente Nicolás Maduro para que o Judiciário do país pericie todos os eventos relacionados à eleição presidencial do país. Na sexta-feira, uma audiência foi convocada pelo TSJ, e o principal candidato opositor, Edmundo González, não compareceu à reunião

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Rio de Janeiro (RJ) 23/07/2024 - Símbolo do evento G20 Brasil 2024, no Galpão Ação da Cidadania, onde acontecem os encontros da Reunião Ministerial de Desenvolvimento. Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil
© Fernando Frazão/Agência Brasil
Rio de Janeiro (RJ) 23/07/2024 - Símbolo do evento G20 Brasil 2024, no Galpão Ação da Cidadania, onde acontecem os encontros da Reunião Ministerial de Desenvolvimento. Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil
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Representantes do setor cultural de cerca de 30 governos e instituições internacionais começam nesta segunda-feira (5) a discutir a minuta da declaração que será apresentada pelos ministros da Cultura do G20, em novembro. O encontro, para definir um rascunho do texto, ocorre até esta terça-feira (6), na Casa Firjan, na cidade do Rio de Janeiro.

É a terceira vez que o grupo de trabalho de Cultura do G20 se reúne. Ainda está prevista uma quarta reunião dias antes do encontro de ministros, marcado para 8 de novembro, em Salvador.

O GT é uma plataforma de diálogo e cooperação entre as nações integrantes do G20, com o objetivo de estabelecer prioridades e ações para o setor cultural. O grupo trabalha em torno de quatro eixos: diversidade cultural e inclusão social; direitos autorais e ambiente digital; economia criativa e desenvolvimento sustentável; e preservação, salvaguarda e promoção do patrimônio cultural e da memória.

“Um dos grandes desafios nossos é a reafirmação da cultura como um espaço de afirmação da diversidade cultural no mundo e também um espaço de inclusão e cidadania. É muito importante ter os países do G20 consensuado uma declaração nesse sentido”, disse o assessor de Assuntos Internacionais do Ministério da Cultura do Brasil, Breno Melo.

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O Irã não pretende aumentar as tensões regionais, mas acredita que precisa punir Israel para evitar mais instabilidade, disse o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Nasser Kanaani, nesta segunda-feira (5), após o assassinato do líder do Hamas, Ismail Haniyeh, em Teerã, na semana passada.

“O Irã busca estabelecer a estabilidade na região, mas isso só virá com a punição do agressor e a criação de dissuasão contra o aventureirismo do regime sionista (Israel)”, afirmou Nasser Kanaani, acrescentando que a ação de Teerã era inevitável.

Kanaani pediu aos Estados Unidos que parem de apoiar Israel, dizendo que a comunidade internacional fracassou em seu dever de salvaguardar a estabilidade na região e deveria apoiar a “punição do agressor”.

O Ministério das Relações Exteriores do Irã convocou embaixadores e chefes de missões residentes em Teerã para uma reunião com o ministro interino das Relações Exteriores, Ali Bagheri Kani, na segunda-feira, para reiterar a vontade do Irã de responder a Israel.

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Luta de boxe durante a Olimpíada Paris 2024
02/08/2024 Richard Pelham/Pool via REUTERS
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Luta de boxe durante a Olimpíada Paris 2024
02/08/2024 Richard Pelham/Pool via REUTERS
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O boxe ainda tem a chance de conseguir uma vaga nos Jogos Olímpicos de Los Angeles em 2028, mas primeiro precisará resolver um amargo conflito a respeito da sua própria governança, disse à Reuters o presidente-executivo do Comitê Organizador dos Jogos, o LA28, Casey Wasserman, neste domingo (4).

A “nobre arte” tem sido um elemento quase sempre presente nos Jogos Olímpicos, mas não está no programa de Los Angeles depois que o Comitê Olímpico Internacional (COI) retirou o reconhecimento da Associação Internacional de Boxe (AIB) em junho passado.

“A história do boxe nos Estados Unidos e nas Olimpíadas é realmente poderosa e importante”, disse Wasserman em Paris, onde está sendo realizada edição deste ano da Olimpíada.

“A popularidade do boxe nos Estados Unidos é importante e sua capacidade de fazer com que crianças de todas as classes socioeconômicas possam participar é impactante e importante.”

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Pessoas celebram renúncia da premiê Hasina em Daca
 5/8/2024   REUTERS/Mohammad Ponir Hossain
© Reuters/Mohammad Ponir Hossain/Proibida reprodução
Pessoas celebram renúncia da premiê Hasina em Daca
 5/8/2024   REUTERS/Mohammad Ponir Hossain
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A primeira-ministra de Bangladesh, Sheikh Hasina, renunciou ao cargo nesta segunda-feira (5) e fugiu do país, segundo fontes, depois que mais pessoas foram mortas em um dos piores episódios de violência desde o nascimento da nação sul-asiática há mais de cinco décadas.

O chefe do Exército, general Waker-Us-Zaman, disse – em um discurso televisionado – que Hasina, de 76 anos, deixou o país e que um governo interino será formado.

Segundo a mídia, ela voou em um helicóptero militar com sua irmã e estava indo para a Índia. O canal de televisão CNN News 18 informou que o aparelho  aterrissou em Agartala, a capital do Estado de Tripura, no nordeste da Índia.

A agência de notícias Reuters não pôde verificar imediatamente os relatos.

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Pelo menos 91 pessoas foram mortas e centenas ficaram feridas em confrontos em Bangladesh nesse domingo (4), quando a polícia disparou gás lacrimogêneo e balas de borracha para dispersar dezenas de milhares de manifestantes que pediam a renúncia da primeira-ministra, Sheikh Hasina.

O governo declarou um toque de recolher por tempo indeterminado em todo o país a partir das 18h locais de ontem, a primeira vez que tomou essa medida durante os protestos atuais que começaram no mês passado. O governo também anunciou um feriado geral de três dias a partir desta segunda-feira (5).

A agitação, que fez com que o governo fechasse os serviços de Internet, é o maior teste para Hasina desde janeiro, quando protestos mortais eclodiram depois que ela conquistou seu quarto mandato consecutivo em eleições boicotadas pelo Partido Nacionalista de Bangladesh, principal partido de oposição.

Os críticos de Hasina, juntamente com grupos de direitos humanos, acusaram seu governo de usar força excessiva para reprimir o movimento, uma acusação que ela e seus ministros negam.

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Venezuela's President Nicolas Maduro speaks next to Elvis Amoroso, head of the National Electoral Council (CNE), as he holds the credential as winner of the country's presidential election, in Caracas, Venezuela July 29, 2024. REUTERS/Leonardo Fernandez Viloria
© Reuters/Leonardo Fernandez Viloria/Proibida reprodução
Venezuela's President Nicolas Maduro speaks next to Elvis Amoroso, head of the National Electoral Council (CNE), as he holds the credential as winner of the country's presidential election, in Caracas, Venezuela July 29, 2024. REUTERS/Leonardo Fernandez Viloria
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Sete países da União Europeia, entre eles Itália, França, Alemanha e Espanha, pediram de maneira conjunta às autoridades venezuelanas que publiquem prontamente as atas eleitorais para garantir total transparência em relação à eleição do último fim de semana, informou o gabinete da primeira-ministra italiana no sábado (3).

O Conselho Nacional Eleitoral da Venezuela (CNE) declarou o presidente Nicolás Maduro, no poder desde 2013, como vencedor da eleição do dia 28 de julho com 51% dos votos, provocando acusações imediatas de fraude por parte da oposição.

A oposição diz que sua própria contagem detalhada mostra que seu candidato, Edmundo González, pode ter recebido 67% dos votos.

A declaração conjunta dos sete países da União Europeia se somou a uma onda de críticas vindas do exterior sobre a maneira como o governo venezuelano lidou com a eleição.

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Palestinians inspect the site of an Israeli strike on a house, amid the Israel-Hamas conflict, in Deir Al-Balah in the central Gaza Strip, August 4, 2024. Reuters/Ramadan Abed/Proibida reprodução
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Palestinians inspect the site of an Israeli strike on a house, amid the Israel-Hamas conflict, in Deir Al-Balah in the central Gaza Strip, August 4, 2024. Reuters/Ramadan Abed/Proibida reprodução
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Um ataque aéreo israelense atingiu duas escolas na cidade de Gaza neste domingo (4), matando pelo menos 25 pessoas, informou a agência de notícias oficial palestina, enquanto os militares israelenses disseram ter atingido um complexo militar do Hamas disfarçado dentro das escolas.

Outro ataque aéreo israelense havia atingido um acampamento dentro de um hospital no centro de Gaza no início do dia. Autoridades de saúde de Gaza disseram que pelo menos 44 palestinos foram mortos neste domingo, apenas um dia depois de uma rodada de negociações no Cairo visando um cessar-fogo terminar sem resultado.

Imagens que circularam na mídia palestina mostraram corpos espalhados dentro do pátio de uma das duas escolas destruídas pela explosão, enquanto os moradores corriam para carregar os feridos, incluindo crianças, e os colocavam em ambulâncias para pelo menos dois hospitais próximos.

A agência de notícias oficial palestina Wafa e a mídia do Hamas disseram que dezenas de pessoas ficaram feridas, além das 25 vítimas nas escolas de Hassan Salama e Al-Nasser, que abrigavam famílias palestinas desalojadas. Eles disseram que o ataque destruiu várias estruturas dentro das instalações.

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A Venezuelan woman living in Colombia gestures during a protest in support for opposition amid the disputed Venezuelan presidential election, at the Plaza de Bolivar, in Bogota, Colombia August 3, 2024. Reuters/Nathalia Angarita/Proibida reprodução
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A Venezuelan woman living in Colombia gestures during a protest in support for opposition amid the disputed Venezuelan presidential election, at the Plaza de Bolivar, in Bogota, Colombia August 3, 2024. Reuters/Nathalia Angarita/Proibida reprodução
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Depois de um sábado (3) de protestos na Venezuela, tanto o presidente Nicolás Maduro como os principais nome da oposição María Corina Machado e Edmundo González foram às redes sociais comemorar os atos de seus apoiadores pelas ruas.

A manifestação dos que defendem a reeleição de Maduro ocorreu em frente ao Palacio Miraflores, em Caracas, capital do país. Foi chamada por eles de Grande Marcha Nacional pela Defesa da Paz (Gran Marcha Nacional por la defensa de la Paz). O nome do ato é uma referência à ideia defendida pelo atual presidente de que a oposição escolheu o caminho da violência e planeja um ataque nas ruas.

“Hoje, brilhou a bandeira nacional com suas oito estrelas por todo o país, o estandarte que levou a liberdade pela América do Sul. Viva o Tricolor Nacional!”, escreveu o presidente nas redes sociais.

Maduro ainda não fez nenhuma menção direta às manifestações de opositores, que o acusam de ter sido reeleito de maneira fraudulenta. Nas redes sociais, o candidato Edmundo González reiterou que se considera o vencedor das eleições e disse que os protestos contra Maduro são uma forma do povo exigir o reconhecimento desse resultado.

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Demonstrators shout slogans after they have occupied a street during a protest demanding the stepping down of Bangladeshi Prime Minister Sheikh Hasina, following quota reform protests by students, in Dhaka, Bangladesh, August 4, 2024. Reuters/Mohammad Ponir Hossain/Proibida reprodução
© Reuters/Mohammad Ponir Hossain/Proibida reprodução
Demonstrators shout slogans after they have occupied a street during a protest demanding the stepping down of Bangladeshi Prime Minister Sheikh Hasina, following quota reform protests by students, in Dhaka, Bangladesh, August 4, 2024. Reuters/Mohammad Ponir Hossain/Proibida reprodução
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Pelo menos 43 pessoas foram mortas e centenas ficaram feridas em confrontos em Bangladesh neste domingo (4), quando a polícia disparou gás lacrimogêneo e balas de borracha para dispersar dezenas de milhares de manifestantes que pediam a renúncia da primeira-ministra, Sheikh Hasina.

O governo declarou um toque de recolher por tempo indeterminado em todo o país a partir das 18h locais deste domingo, a primeira vez que tomou essa medida durante os protestos atuais que começaram no mês passado. O governo também anunciou um feriado geral de 3 dias a partir desta segunda-feira (5).

A agitação, que fez com que o governo fechasse os serviços de internet, é o maior teste para Hasina desde janeiro, quando protestos mortais eclodiram depois que ela conquistou seu quarto mandato consecutivo em eleições boicotadas pelo Partido Nacionalista de Bangladesh, principal partido de oposição.

Os críticos de Hasina, juntamente com grupos de direitos humanos, acusaram seu governo de usar força excessiva para reprimir o movimento, uma acusação que ela e seus ministros negam.

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Em meio à escalada de tensão no Oriente Médio, a Embaixada do Brasil em Beirute orienta brasileiros que vivem no Líbano ou estão de passagem que considerem deixar o país “por meios próprios, até o retorno da normalidade”. 

Em nota, a embaixada pede ainda que brasileiros que não estejam no Líbano não viagem ao país neste momento. “Aos nacionais que julguem essencial a estadia no Líbano, evitar permanecer no sul do país, em zonas de fronteira ou em outras áreas de reconhecido risco”. 

No comunicado, a embaixada também recomenda que brasileiros adotem todas as indicações de segurança sugeridas por autoridades libanesas, com atenção às áreas consideradas de risco, e que reforcem medidas de precaução. 

Outras orientações listadas pela embaixada incluem não fazer parte de aglomerações e protestos; procurar estar informado sobre a situação atual do país e acompanhar os canais de comunicação; verificar se o passaporte possui ao menos seis meses de validade; e certificar-se de que possui documento de nacionalidade brasileiro (como certidão de nascimento) e/ou carteira de identidade válida brasileira ou libanesa.

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A Venezuelan woman living in Colombia gestures during a protest in support for opposition amid the disputed Venezuelan presidential election, at the Plaza de Bolivar, in Bogota, Colombia August 3, 2024. Reuters/Nathalia Angarita/Proibida reprodução
© Reuters/Nathalia Angarita/Proibida reprodução
A Venezuelan woman living in Colombia gestures during a protest in support for opposition amid the disputed Venezuelan presidential election, at the Plaza de Bolivar, in Bogota, Colombia August 3, 2024. Reuters/Nathalia Angarita/Proibida reprodução
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Milhares de venezuelanos saíram às ruas neste sábado (3) em protesto contra o que consideram ser a reeleição fraudulenta do presidente Nicolás Maduro. A líder da oposição, María Corina Machado, que estava escondida por temer pela sua vida, juntou-se aos protestos em Caracas. Maduro também convocou uma manifestação de apoiadores e acusou a oposição de planejar um ataque nas ruas.

María Corina Machado foi recebida na manifestação de rejeição dos resultados oficiais das eleições presidenciais com gritos de “liberdade” pelos milhares de participantes.

A autoridade eleitoral venezuelana, vista por críticos como parcial ao partido socialista da situação, proclamou Nicolás Maduro como vencedor da eleição do último domingo (28 de julho), ao contabilizar que ele teve 51% dos votos contra 46% do candidato da oposição, Edmundo González. A entidade reafirmou uma margem similar na sexta-feira (2).

O resultado eleitoral motivou alegações generalizadas de fraude e diversos protestos, que foram combatidos pelas forças de segurança do governo Maduro, que os classificou como parte de uma tentativa de golpe de Estado patrocinada pelos Estados Unidos.

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Palestinians inspect the site of Israeli strikes on a school sheltering displaced people, amid Israel-Hamas conflict, in Gaza City, August 3, 2024. Reuters/Mahmoud Issa/Proibida reprodução
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Um ataque aéreo israelense contra uma escola que abrigava pessoas deslocadas na Cidade de Gaza matou pelo menos dez palestinos neste sábado (3), horas depois de dois ataques na Cisjordânia ocupada terem matado nove militantes, incluindo um comandante local do Hamas, disse o grupo militante palestino.

O Exército israelense disse que o primeiro ataque aéreo atingiu um veículo em uma cidade próxima a Tulkarm, com foco em uma célula de militantes que, segundo eles, estava a caminho de realizar um outro ataque. Um órgão de imprensa do Hamas disse que um veículo levando combatentes foi atingido e um dos mortos era um comandante da brigada de Tulkarm.

Grupos da Jihad islâmica palestina reivindicaram os outros quatro homens como seus militantes.

Horas depois, um segundo ataque atingiu outro grupo de militantes armados que atiraram contra tropas israelenses, afirmou o Exército de Israel, durante o que descreveu como uma operação de contraterrorismo em Tulkarm.

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Ao menos 32 civis foram mortos e 63 acabaram feridos em uma explosão em uma praia famosa da capital somali, Mogadíscio, no fim da noite de sexta-feira (2), disse a polícia. Segundo o governo do país, o ataque é de responsabilidade do grupo militante islâmico Al Shabaab.

Foi o ataque com mais vítimas na região do Chifre da África desde que bombas em carros explodiram em um mercado em outubro de 2022, matando ao menos 100 pessoas e ferindo 300.

Além dos civis mortos no restaurante na praia, o porta-voz da polícia Abdifatah Aden disse que um soldado foi morto no ataque.

Um dos militantes se explodiu enquanto outros três foram mortos pelas forças de segurança. Outro militante foi capturado com vida, disse Aden.

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Rio de Janeiro (RJ) 02/08/2024 – Retrato de Carla Cecília Campos Ferreira, professora da Universidade Federal do Rio de Janeiro, doutora em História e pesquisadora da situação política na Venezuela. Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil
© Fernando Frazão/Agência Brasil
Rio de Janeiro (RJ) 02/08/2024 – Retrato de Carla Cecília Campos Ferreira, professora da Universidade Federal do Rio de Janeiro, doutora em História e pesquisadora da situação política na Venezuela. Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil
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A violência política presente na Venezuela desde o início do chamado processo bolivariano – quando o ex-presidente Hugo Chávez chega ao poder em 1999 – é resultado do confronto de dois projetos que contrapõem grupos políticos opostos.

Essa é a avaliação da professora Carla Ferreira, do departamento de Serviço Social da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), que fez sua tese de doutorado sobre a classe trabalhadora no processo bolivariano da Venezuela, tendo visitado o país seis vezes entre 2002 e 2013, quando pode conversar com lideranças chavistas, do governo e de movimentos populares.

Para ela, a Venezuela não é uma ditadura, mas um sistema político diferente das democracias liberais representativas que servem de modelo para o Ocidente.

Além disso, afirma que a extrema-direita do país é mais violenta que a brasileira e que a dinâmica de polarização interna e de interferência de potências estrangeiras – principalmente dos Estados Unidos – promoveu uma centralização de poder e burocratização do governo.

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Rio de Janeiro (RJ) 02/08/2024 – Retrato de Carla Cecília Campos Ferreira, professora da Universidade Federal do Rio de Janeiro, doutora em História e pesquisadora da situação política na Venezuela. Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil
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Rio de Janeiro (RJ) 02/08/2024 – Retrato de Carla Cecília Campos Ferreira, professora da Universidade Federal do Rio de Janeiro, doutora em História e pesquisadora da situação política na Venezuela. Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil
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A Venezuela não é uma ditadura, mas um sistema político diferente das democracias liberais representativas que servem de modelo para o Ocidente. Essa é a avaliação da professora Carla Ferreira, do departamento de Serviço Social da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), que fez sua tese de doutorado sobre a classe trabalhadora no processo bolivariano da Venezuela, tendo visitado o país seis vezes entre 2002 e 2013, quando pode conversar com lideranças chavistas, do governo e de movimentos populares.

Além disso, afirma que a extrema-direita do país é mais violenta que a brasileira e que a dinâmica de polarização interna e de interferência de potências estrangeiras – principalmente dos Estados Unidos – promoveu uma centralização de poder e burocratização do governo.

Carla Ferreira fala ainda sobre o papel dos militares e vê com extrema preocupação o reconhecimento pelos EUA de uma suposta vitória do candidato opositor Edmundo Gonzalez, o que mostraria “uma predisposição por intervir na Venezuela” com risco de desestabilização em toda a América Latina.

Agência Brasil: Quais as raízes da polarização política na Venezuela?

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As Forças Armadas dos Estados Unidos enviarão mais caças e navios de guerra da Marinha para o Oriente Médio, informou o Pentágono nessa sexta-feira (2), enquanto Washington busca reforçar suas defesas após ameaças do Irã e de seus aliados Hamas e Hezbollah.

Os EUA preparam-se para o caso de o Irã cumprir sua promessa de responder ao assassinato do líder do Hamas, Ismail Haniyeh, há dois dias em Teerã — um de uma série de assassinatos de figuras importantes do grupo militante palestino, enquanto a guerra entre Israel e o Hamas em Gaza se intensifica.

O secretário de Defesa dos EUA, Lloyd Austin, aprovou o envio de mais cruzadores e destróieres da Marinha capazes abater mísseis balísticos para o Oriente Médio e a Europa.

Também aprovou o envio de um esquadrão adicional de jatos de combate para o Oriente Médio.

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U.S. Vice President Kamala Harris speaks during a news conference with Polish President Andrzej Duda, amid Russia's invasion of Ukraine, at Belvedere Palace in Warsaw, Poland March 10, 2022. REUTERS/Kacper Pempel
© Reuters/Kacper Pempel/Proibida reprodução
U.S. Vice President Kamala Harris speaks during a news conference with Polish President Andrzej Duda, amid Russia's invasion of Ukraine, at Belvedere Palace in Warsaw, Poland March 10, 2022. REUTERS/Kacper Pempel
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A vice-presidente dos Estados Unidos, Kamala Harris, assegurou nesta sexta-feira o número necessário de delegados para obter a indicação como candidata democrata na eleição presidencial, tornando-se assim a primeira mulher negra a ser escolhida pela legenda como cabeça de chapa.

Kamala se tornou a favorita a obter a nomeação democrata após o presidente dos EUA, Joe Biden, desistir da corrida no mês passado, pressionado dentro do próprio partido.

A vice rapidamente obteve o apoio de pesos-pesados do partido e foi a única candidata a se qualificar para a indicação, assegurando que a votação dos delegados não deixaria dúvidas.

Delegados da legenda votaram de forma virtual nesta semana. Kamala, que participou do evento online que formalizou o anúncio, afirmou que só vai aceitar oficialmente a indicação na próxima semana, depois que o período de votação se encerrar.

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Venezuelan opposition presidential candidate Edmundo Gonzalez shows his ballot as he votes in the country's presidential election, in Caracas, Venezuela July 28, 2024. REUTERS/Leonardo Fernandez Viloria
© Reuters/Leonardo Fernandez Viloria/Proibida reprodução
Venezuelan opposition presidential candidate Edmundo Gonzalez shows his ballot as he votes in the country's presidential election, in Caracas, Venezuela July 28, 2024. REUTERS/Leonardo Fernandez Viloria
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O candidato de oposição a Nicolás Maduro à presidência da Venezuela Edmundo González não compareceu à audiência do Tribunal Supremo de Justiça (TSJ) realizada na tarde desta sexta-feira (2). Os dez candidatos à eleição presidencial do país foram convocados para comparecer ao tribunal para iniciar a checagem da apuração sobre o resultado da votação de domingo (28).

Após a audiência, o presidente reeleito Nicolás Maduro questionou a ausência de González, a quem chamou de candidato do fascismo. “Não deu as caras, o que planeja, mais violência? Por que se esconde? Se você não respeitou o CNE [Conselho Nacional Eleitoral] para firmar um acordo para reconhecer o resultado, se você não respeita o tribunal máximo da República, quais são os próximos passos?”, questionou Maduro. 

Os candidatos à presidência assinaram e se comprometeram a acatar a decisão da Câmara Eleitoral do TSJ da Venezuela, que investigará as atas e analisará quem foi o vencedor das eleições. O único presente que não assinou foi Enrique Márquez, que alegou que não conhecia a razão da convocação. 

Segundo Maduro, nada nem ninguém vai perturbar a paz na Venezuela. “Estamos preparados para entregar todas as exigências legais, 100% das atas e tudo o que for requerido para ser revisado pelo máximo Tribunal de Justiça, como contempla a Constituição”, disse o presidente, mostrando um exemplar da Constituição do país. 

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Venezuela's President Nicolas Maduro speaks at the National Electoral Council (CNE) after its announcement that he won the country's presidential election, in Caracas, Venezuela July 29, 2024. REUTERS/Leonardo Fernandez Viloria     TPX IMAGES OF THE DAY
© Reuters/Leonardo Fernandez Viloria/Proibida reprodução
Venezuela's President Nicolas Maduro speaks at the National Electoral Council (CNE) after its announcement that he won the country's presidential election, in Caracas, Venezuela July 29, 2024. REUTERS/Leonardo Fernandez Viloria     TPX IMAGES OF THE DAY
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O Conselho Nacional Eleitoral (CNE) da Venezuela apresentou nesta sexta-feira (2) o segundo boletim da eleição de domingo (28), com 96,87% das urnas apuradas. Segundo o boletim, o atual presidente Nicolás Maduro estava com 51,95% dos votos contra 43,18% do candidato opositor, Edmundo González. Os demais candidatos somavam 4,86% da preferência dos eleitores e 0,41% tinham votado nulo.

O poder eleitoral informou que 59,97% dos 21,3 milhões de venezuelanos aptos a votar participaram do pleito. De acordo com os dados do CNE, Maduro teve 6,4 milhões de votos e González, 5,3 milhões. O CNE não informou quando publicará as atas eleitorais desagregadas por mesa de votação, pedido que foi feito por países como Brasil, México e Colômbia.

Os dados foram anunciados pelo presidente do conselho, Elvis Amoroso, que justificou a demora na publicação dos dados em função de um ataque cibernético contra as telecomunicações da Venezuela.

“Ataques informáticos massivos de diferentes partes do mundo contra a infraestrutura tecnológica do Poder Eleitoral e das principais empresas de telecomunicações do Estado atrasaram a transmissão das atas e o processo de divulgação dos resultados. A agressão terrorista inclui o incêndio de gabinetes eleitorais regionais, centros de votação e centros de transmissão de contingências. Apesar do exposto, o poder eleitoral, até a data de hoje, conseguiu transmitir a maioria das atas”, afirmou o chefe do CNE

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People wait to vote during the country's presidential election, in Caracas, Venezuela July 28, 2024. REUTERS/Alexandre Meneghini
© REUTERS/Alexandre Meneghini/Proibida reprodução
People wait to vote during the country's presidential election, in Caracas, Venezuela July 28, 2024. REUTERS/Alexandre Meneghini
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O Tribunal Supremo de Justiça (TSJ) da Venezuela convocou os dez candidatos à eleição presidencial do país para comparecer à Corte nesta sexta-feira (2), às 3h da tarde (horário de Brasília), para iniciar a apuração sobre o resultado da votação do último domingo (28).

O TSJ aceitou recurso apresentado pelo presidente Nicolas Maduro, que solicita uma perícia técnica de todo o processo eleitoral para que se apresentem as atas e documentos em mãos de todos os partidos com os dados das mais de 30 mil mesas de votação.

“Se admite, se avoca e inicia o processo de investigação e verificação para certificar de maneira irrestrita os resultados do processo eleitoral realizado em 28 de julho de 2024”, afirma, em decisão, a sala eleitoral do tribunal venezuelano, acrescentando que irá “assumir o compromisso com a paz, a democracia e em procura da ordem Constitucional da República, garantindo que a vontade das eleitoras e dos eleitores receba uma efetiva e oportuna tutela judicial”.

Como as atas com os resultados da votação em cada urna são distribuídas aos fiscais de cada partido presentes no local da votação, seria possível conferir os diferentes documentos, que contam com códigos que comprovam sua veracidade.

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