A terceira fase de vacinação contra a poliomielite no norte de Gaza, suspensa desde o último dia 23 por falta de garantias de segurança, será retomada neste sábado (2).
Em comunicado conjunto, a Organização Mundial da Saúde (OMS) e o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) explicaram que foi garantida a pausa humanitária para permitir a vacinação, embora a região onde será feita seja consideravelmente menor do que na primeira fase, em setembro, e esteja limitada à capital de Gaza.
A OMS e o Unicef lamentaram que cerca de 15 mil crianças com menos de 10 anos permaneçam em zonas inacessíveis devido à falta de segurança – como Jabalia, Beit Lahiya e Beit Hanoun – e não possam ser vacinadas. Acrescentaram que pelo menos 90% das crianças de uma comunidade têm de ser imunizadas para garantir a eficácia da campanha.
A terceira e última fase tinha como o objetivo imunizar 119 mil crianças com a segunda dose da vacina oral contra a poliomielite mas, devido a esses problemas de acesso, provavelmente o número não será atingido, alertaram.
Equipes de resgate espanholas abriram um necrotério temporário em um centro de convenções e lutam para chegar a áreas ainda isoladas, nesta sexta-feira (1º). O número de mortos em decorrência das enchentes catastróficas subiu para 205 pessoas, no pior desastre climático da Europa em cinco décadas.
Em Valência, a região leste que sofreu o maior impacto da devastação, pelo menos 202 pessoas morreram, segundo as autoridades regionais. Três morreram em Castilla La Mancha e Andaluzia.
O número de mortos agora está quase no mesmo nível dos 209 que morreram durante as fortes enchentes na Romênia em 1970. As enchentes em Portugal em 1967 mataram quase 500 pessoas.
Cerca de 500 soldados foram destacados para procurar pessoas ainda desaparecidas e ajudar os sobreviventes da tempestade, que desencadeou novo alerta meteorológico em Huelva, no sudoeste da Espanha.
Os investimentos nacionais e internacionais em educação estão diminuindo. É o que aponta o relatório de Monitoramento Global da Educação (GEM) 2024, divulgado nesta quinta-feira 31, pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco). Segundo o documento, os gastos com educação, em âmbito mundial, caíram em média 0,4 ponto percentual do Produto Interno Bruto (PIB) – soma das riquezas produzidas globalmente.
Com isso, 59 de 171 países não cumpriram as metas de gastar pelo menos 4% do PIB e pelo menos 15% das despesas públicas com educação.
Nos últimos anos, a região da América Latina e Caribe, onde está localizado o Brasil, passou de uma média de investimento de 4,6% do PIB em educação em 2010 para 4,2% em 2022.
Pelo menos 140 pessoas morreram nas inundações devastadoras que atingiram regiões da Espanha, entre elas a Comunidade Valenciana, onde deixou a maioria dos mortos, além de Castilla-La Mancha e Andaluzia, disseram fontes do governo à Agência EFE.
Em Castilla-La Mancha, o número de mortes é inferior ao de Valência, mas esta comunidade autônoma também foi afetada. Várias estradas foram cortadas e ainda há áreas sem eletricidade.
Nesta quinta-feira (31), foram encontradas mais nove pessoas mortas em Valência, anunciaram as autoridades locais.
Oito das novas vítimas foram encontradas numa garagem e uma mulher foi encontrada em casa, segundo a presidente da Câmara, María José Catalá.
As agências alimentares da Organização das Nações Unidas (ONU) alertaram nesta quinta-feira (31) para o possível agravamento da fome nos próximos sete meses em muitas partes do mundo, sendo Gaza, o Sudão, Sudão do Sul, Mali e Haiti as mais preocupantes.
Em relatório semestral, a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) e o Programa Alimentar Mundial (PAM) disseram que os conflitos e a violência armada são responsáveis pela maior parte da insegurança alimentar aguda nas regiões analisadas.
As condições meteorológicas extremas são fator importante em outras regiões, enquanto a desigualdade econômica e os elevados níveis de dívida em muitos países em desenvolvimento prejudicam a capacidade de resposta dos governos.
É necessária uma ação humanitária urgente para evitar a fome e a morte na Faixa de Gaza, no Sudão, no Sudão do Sul, no Haiti e no Mali, pediram a FAO e o PAM, segundo a agência francesa AFP.
A Espanha divulgou nesta quinta-feira (31) outro alerta de tempestade para parte da região de Valência, devastada pelas enchentes que mataram pelo menos 95 pessoas. Equipes de resgate ainda vasculham campos inundados e carros parados em busca de desaparecidos.
As autoridades locais não divulgaram quantas pessoas continuam desaparecidas após as enchentes mais mortais da Europa em anos. A ministra da Defesa, Margarita Robles, disse na noite dessa quarta-feira que o número de mortos provavelmente aumentará.
As equipes de resgate vasculharam os destroços de veículos que estavam cobertos de lama ao lado de estradas ou em campos inundados, e algumas usaram maquinário pesado para retirar os detritos das ruas, conforme mostraram imagens de televisão.
O tempo calmo voltou hoje às áreas mais atingidas ao redor da cidade de Valência, a terceira maior da Espanha. A agência meteorológica estadual Aemet divulgou seu nível mais alto de alerta para a província de Castellón. Mais ao norte, na região da Catalunha, um alerta também foi emitido para a cidade de Tarragona.
A ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, fez uma declaração em defesa indígena Txai Suruí detida durante uma manifestação na 16ª Conferência das Partes da Convenção sobre Diversidade Biológica (COP16), em Cali, na Colômbia. “Todos nós sentimos por qualquer pessoa que tivesse vivido o que ela viveu, mas ela é uma pessoa muito relevante para todos nós. Não é só um símbolo, ela é uma pessoa com uma ação concreta, efetiva na luta dos povos indígenas, dos direitos das mulheres, dos direitos humanos”, declarou a ministra sobre Txai.
A declaração veio após o episódio que ocorreu no final da tarde dessa quarta-feira (30), quando a ativista de Rondônia e um grupo de indígenas brasileiros exibiram cartazes contra Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 48, que cria um marco temporal para as terras indígenas no Brasil. “Eles nos cercaram com segurança e continuaram a apertar nossos braços, continuaram a empurrar-nos e nós não estávamos mais protestando. Txai só pediu ajuda porque estava sofrendo essa violência. Não era mais um protesto, era um pedido de socorro à violência, declarou nas redes sociais Thiago Karai Djekupe, líder guarani que fazia parte do grupo.
De acordo com os indígenas, a ideia era manifestar uma posição na COP16, ao mesmo tempo em que ocorria a marcha contra o marco temporal em Brasília. Como o pedido para o ato só foi feito no mesmo dia, não houve tempo para emissão de autorização. “Imagina uma jovem mulher fazendo uma manifestação com as mãos pintadas de sangue. Não tinha nenhuma razão para que três policiais fortes fizessem ali uma abordagem, digamos, bastante desproporcional”, descreveu a ministra.
Segundo a ministra Marina Silva, a organização da COP buscou as autoridades brasileiras para um pedido de desculpas e a devolução das credenciais que haviam sido retiradas dos ativistas indígenas. “Eles disseram que foi uma ação desproporcional, fizeram um pedido de desculpas, e que o pedido de desculpas não era uma coisa só verbal, que se materializava na devolução das credenciais.”
A ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, fez uma declaração em defesa indígena Txai Suruí detida durante uma manifestação na 16ª Conferência das Partes da Convenção sobre Diversidade Biológica (COP16), em Cali, na Colômbia. “Todos nós sentimos por qualquer pessoa que tivesse vivido o que ela viveu, mas ela é uma pessoa muito relevante para todos nós. Não é só um símbolo, ela é uma pessoa com uma ação concreta, efetiva na luta dos povos indígenas, dos direitos das mulheres, dos direitos humanos”, declarou a ministra sobre Txai.
A declaração veio após o episódio que ocorreu no final da tarde dessa quarta-feira (30), quando a ativista de Rondônia e um grupo de indígenas brasileiros exibiram cartazes contra Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 48, que cria um marco temporal para as terras indígenas no Brasil. “Eles nos cercaram com segurança e continuaram a apertar nossos braços, continuaram a empurrar-nos e nós não estávamos mais protestando. Txai só pediu ajuda porque estava sofrendo essa violência. Não era mais um protesto, era um pedido de socorro à violência”, declarou nas redes sociais Thiago Karai Djekupe, líder guarani que fazia parte do grupo.
De acordo com os indígenas, a ideia era manifestar uma posição na COP16, ao mesmo tempo em que ocorria a marcha contra o marco temporal em Brasília. Como o pedido para o ato só foi feito no mesmo dia, não houve tempo para emissão de autorização. “Imagina uma jovem mulher fazendo uma manifestação com as mãos pintadas de sangue. Não tinha nenhuma razão para que três policiais fortes fizessem ali uma abordagem, digamos, bastante desproporcional”, descreveu a ministra.
Segundo a ministra Marina Silva, a organização da COP buscou as autoridades brasileiras para um pedido de desculpas e a devolução das credenciais que haviam sido retiradas dos ativistas indígenas. “Eles disseram que foi uma ação desproporcional, fizeram um pedido de desculpas, e que o pedido de desculpas não era uma coisa só verbal, que se materializava na devolução das credenciais.”
Caso o Estado palestino independente fosse criado, Israel teria que repartir receitas de petróleo e gás estimadas em mais de meio trilhão de dólares. Atualmente, a exploração de ricos campos de gás natural no Mar Mediterrâneo, em frente à Faixa de Gaza, tem sido feito exclusivamente por Israel.
A Agência das Nações Unidas para Comércio e Desenvolvimento (Unctad) estimou que as reservas de gás natural na Bacia do Levante, em frente à Faixa de Gaza, possuem 122 trilhões de pés cúbicos de gás natural a um valor líquido de US$ 453 bilhões (a preços de 2017) e 1,7 bilhão de barris de petróleo recuperável a um valor líquido de cerca de US$ 71 bilhões. Ao todo, são US$ 524 bilhões em combustíveis que deveriam ser compartilhados com os palestinos.
“Isso significa que esta bacia é um dos recursos de gás natural mais importantes do mundo. Elas são recursos comuns compartilhados, cuja exploração por qualquer parte diminui a participação das partes vizinhas. A ocupação continua a impedir os palestinos de desenvolver seus campos de energia para explorar e se beneficiar de tais ativos”, afirmou a Unctad.
“Isso significa que esta bacia é um dos recursos de gás natural mais importantes do mundo. Elas são recursos comuns compartilhados, cuja exploração por qualquer parte diminui a participação das partes vizinhas. A ocupação continua a impedir os palestinos de desenvolver seus campos de energia para explorar e se beneficiar de tais ativos”, afirmou a Unctad.
O Ministério das Relações Exteriores (MRE) condenou o bombardeio promovido por Israel contra um edifício residencial em Beit Lahia, na Faixa de Gaza, que deixou ao menos 93 mortos nesta terça-feira (29) incluindo dezenas crianças, de acordo com atualizações mais recentes.
“O Brasil manifesta preocupação com a imposição de obstáculos ao ingresso de ajuda humanitária no Norte da Faixa e com as ordens de evacuação emitidas pelas forças israelenses para a população na região, ação que ameaça provocar novo deslocamento forçado de milhares de civis”, diz nota emitida nesta quarta-feira (30), um dia após o ataque.
Desde o início do mês, forças militares israelenses intensificaram ações no norte da Faixa de Gaza, com diversos bombardeios a residências e infraestrutura civis, incluindo escolas, hospitais e abrigos. Já foram mais de 350 mortes nas duas últimas semanas, de acordo com autoridades locais. A alegação é o combate ao Hamas, que teria se reagrupado na região.
“O Brasil reitera o apelo por cessar-fogo permanente e abrangente, que inclua a libertação de todos os reféns e a entrada desimpedida de ajuda humanitária em Gaza”, reforça a nota do MRE.
A Venezuela informou, nesta quarta-feira (30), que convocou o seu embaixador no Brasil para consultas como manifestação de repúdio a declarações feitas por porta-vozes brasileiros, citando especificamente o assessor especial da Presidência da República, embaixador Celso Amorim.
Em comunicado, o Ministério das Relações Exteriores venezuelano condena o que menciona como declarações “recorrentes”, “mentirosas” e “grosseiras” por parte de porta-vozes oficiais do governo brasileiro.
“Em particular, declarações feitas pelo assessor especial em Assuntos Exteriores, Celso Amorim, que, comportando-se mais como um mensageiro do imperialismo norte-americano, tem se dedicado impertinentemente a emitir juízos de valor sobre processos que só dizem respeito aos venezuelanos.”
No comunicado, o governo venezuelano avalia as declarações como “agressão constante que mina as relações políticas e diplomáticas entre os Estados, ameaçando laços que unem os dois países”.
O antigo conselheiro de Donald Trump na Casa Branca Steve Bannon foi libertado nesta quarta-feira (30) da cadeia, onde estava detido desde julho por obstrução aos poderes de investigação do Congresso, uma semana antes das eleições presidenciais dos EUA.
Figura também influente nos círculos de extrema-direita na Europa, o ideólogo populista de 70 anos foi condenado a quatro meses de prisão por se ter recusado a cooperar com a investigação parlamentar ao ataque ao Capitólio por apoiantes de Donald Trump, em 06 de janeiro de 2021, após a derrota do ex-presidente nas eleições presidenciais em que foi eleito o democrata Joe Biden.
A sua aguardada libertação foi anunciada por vários meios de comunicação norte-americanos num contexto eleitoral particularmente tenso, entre discursos anti-imigração e ataques pessoais do lado republicano, com Donald Trump à frente da democrata Kamala Harris, por ligeira margem, nas sondagens.
Quase quatro meses depois do seu encarceramento, em julho, numa prisão de Connecticut, Steve Bannon deverá retomar hoje a programação do seu podcast, “War Room”, para continuar, como tinha prometido, a apoiar o candidato republicano.
O governo da Espanha decretou hoje três dias de luto nacional por causa das consequências do mau tempo no leste do país, que deixou pelo menos 63 mortos e “danos materiais altíssimos”.
O executivo pediu às populações das zonas afetadas pelo mau tempo para não saírem de casa e, sobretudo, não tentarem circular pelas estradas, destacando que o temporal ainda permanece e os seus efeitos continuam a ser perigosos.
O mau tempo provocou “tremenda tragédia” em Espanha na última noite e madrugada, com “danos pessoais altíssimos”, mas “danos materiais também altíssimos”, disse o ministro da Política Territorial, Ángel Victor Torres, em entrevista em Madri após reunião do Comité de Crise criado pelo governo por causa do temporal.
O ministro indicou que há várias áreas afetadas que continuam inacessíveis às esquipes de resgate, que incluem mais de mil militares de uma unidade de emergência para situações de catástrofe.
As Forças Armadas de Israel disseram nesta quarta-feira (30) que mataram o vice-comandante das Forças Radwan do Hezbollah na cidade de Nabatieh, no sul do Líbano.
Uma série de ataques militares israelenses na Faixa de Gaza matou hoje pelo menos 20 pessoas, segundo médicos.
Oito pessoas foram mortas em um ataque na área de Salateen, em Beit Lahiya, no norte, perto de onde o Ministério da Saúde de Gaza disse que pelo menos 93 pessoas foram mortas ou desapareceram em um ataque aéreo israelense que atingiu ontem uma casa de vários andares.
Os Estados Unidos chamaram esse ataque de “horrível”. Não houve comentários israelenses imediatos sobre nenhum dos ataques.
Arqueólogos no México descobriram uma grande cidade maia perdida, que eles chamaram de Valeriana, escondida nas profundezas da selva do sul de Campeche — um assentamento urbano extenso, repleto de maravilhas arquitetônicas e infraestrutura agrícola.
A descoberta do que parece ter sido uma paisagem urbana movimentada desafia o conhecimento existente sobre a densidade dos antigos assentamentos maias.
Valeriana foi descoberta por acaso graças ao Lidar, ou “Light Detection and Ranging”, uma tecnologia que usa lasers para mapear e analisar paisagens arqueológicas.
O conjunto de dados usado para o estudo veio de aproximadamente 122 quilômetros quadrados de dados aéreos do Lidar, de alta qualidade, coletados em 2013 como parte de um projeto de monitoramento florestal chamado Alianza e liderado pela Nature Conservancy no México, para reduzir as emissões provenientes do desmatamento e da degradação.
O mau tempo no leste de Espanha provocou a morte de pelo menos 63 pessoas na última noite e madrugada, segundo balanço das autoridades locais.
A região mais afetada é a Comunidade Valenciana, onde o governo regional confirma pelo menos 62 mortes.
Está ainda confirmada uma morte na região vizinha de Castela La Mancha.
O primeiro-ministro da Espanha, Pedro Sánchez, garantiu hoje apoio a todos os afetados pelo mau tempo no país e alertou que “a emergência continua”, pedindo à população para tomar todas as precauções.
A China enviou três astronautas nesta quarta-feira (horário local) para sua estação espacial permanentemente habitada, onde vão conduzir dezenas de experimentos científicos, alguns relacionados à construção de habitats humanos.
A espaçonave Shenzhou-19 e sua tripulação decolaram a bordo de um foguete de longa marcha 2F do Centro de Lançamento de Satélites de Jiuquan, no noroeste da China, segundo a mídia estatal.
“Durante o voo da Shenzhou-19 serão realizados 86 experimentos de ciência e tecnologia espacial nas áreas de ciências da vida no espaço, física em microgravidade, materiais, medicina e novas tecnologias”, disse Lin Xiqiang, vice-diretor da Agência Espacial Tripulada da China (CMSA), em entrevista nessa terça-feira.
Um desses experimentos deve envolver a exposição de tijolos feitos de solo lunar simulado às condições do espaço.
O ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, discursou contra o embargo econômico, comercial e financeiro imposto a Cuba pelo governo dos Estados Unidos, durante sessão da assembleia geral das Nações Unidas, nesta terça-feira (29), na sede da entidade, em Nova York.
Em vigor há mais de 60 anos, o embargo prejudicou o desenvolvimento social e econômico do país caribenho e penalizou mais pobres, afirmou o chanceler. “A persistência da medida afeta diretamente o exercício dos direitos humanos do povo cubano, limitando o acesso a bens essenciais, como medicamentos e tecnologias indispensáveis para o desenvolvimento. O repúdio ao embargo econômico contra Cuba é, praticamente, um consenso internacional, e com razão”, argumentou.
“O Brasil sustenta firmemente que as únicas sanções legítimas amparadas pelo direito internacional são aquelas adotadas pelo Conselho de Segurança no âmbito do Capítulo VII da Carta das Nações Unidas”, observou o chanceler, que reforçou a posição histórica do governo brasileiro sobre o tema. “Hoje, como tantas vezes antes, o Brasil reitera sua firme, categórica e constante oposição ao embargo econômico, comercial e financeiro imposto contra Cuba. Rejeitamos também a aplicação extraterritorial de leis nacionais discriminatórias.”
Mauro Vieira também abordou a situação de emergência energética em Cuba, que sofreu com apagões nas últimas semanas, situação agravada pelo embargo e pela passagem do furacão Oscar, que causou significativas perdas humanas e destruição no território. Além de demonstrar solidariedade, o governo brasileiro informa ter ativado medidas de cooperação e assistência, com fornecimento combustíveis e alimentos à ilha socialista. Em setembro de 2023, durante a 47ª Cúpula do G77 e China, Brasil e Cuba assinaram uma carta de intenções para estabelecer um programa de cooperação agrícola, incluindo a doação de 20 mil toneladas de arroz e 3,1 mil toneladas de leite em pó.
O Brasil deve insistir em ser um interlocutor junto à Venezuela, apesar dos atritos diplomáticos ocorridos após a eleição presidencial do dia 28 de julho, que resultou na reeleição ao presidente Nicolás Maduro, segundo argumentou, nesta terça-feira (29), o embaixador Celso Amorim, assessor especial da Presidência da República.
“Se o Brasil quiser ter uma influência positiva [na Venezuela], temos que manter uma interlocução. Estamos mantendo uma interlocução, mas diminuiu o nível dessa interlocução desde a eleição”, afirmou Amorim à Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional da Câmara dos Deputados.
O assessor da presidência disse que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva não conversa pessoalmente com Maduro desde antes da eleição, “por não ter recebido sinais de abertura para um diálogo franco”.
Amorim acrescentou que, atualmente, há um “mal estar” entre os governos brasileiro e venezuelano em razão, entre outras coisas, da não apresentação dos dados eleitorais por mesa de votação prometidos pelo governo Maduro. O embaixador acrescentou que espera que esse mal-estar seja resolvido.
Policiais civis da Delegacia de Roubos e Furtos (DRF) do Rio de Janeiro realizam, nesta terça-feira (29), operação para desarticular esquema de fraudes bancárias. Segundo a polícia, os alvos são integrantes de uma organização criminosa altamente especializada na prática de invasão de dados, alteração de informações cadastrais e subtração de valores diretamente do Banco do Brasil. Os agentes buscam cumprir seis mandados de busca e apreensão, na capital, na Baixada Fluminense e no estado do Mato Grosso.
Segundo as investigações, o prejuízo causado pelo grupo seria de mais de R$ 40 milhões. As investigações conduzidas pela DRF revelaram que a quadrilha contava com a colaboração direta de um gerente da instituição financeira, lotado no Mato Grosso, um funcionário da área de tecnologia da informação e terceirizados do banco.
“Esses colaboradores facilitavam a inserção de scripts maliciosos nos sistemas, permitindo que os criminosos acessassem remotamente computadores da instituição e obtivessem controle sobre informações sigilosas. Com esse acesso, os envolvidos realizavam transações bancárias fraudulentas em nome dos clientes, cadastravam equipamentos, alteravam dados cadastrais e modificavam dados biométricos”, diz a polícia.
O Banco do Brasil informou que as investigações iniciaram a partir de apuração interna, que detectou irregularidades, as quais foram comunicadas às autoridades policiais.
A Igreja Católica precisa unificar as políticas de indenização às vítimas de abuso sexual por parte do clero, disse a Comissão de Proteção à Criança do Vaticano em seu primeiro relatório anual divulgado nesta terça-feira (29).
Durante décadas, a Igreja tem sido abalada por escândalos em todo o mundo envolvendo padres pedófilos e o encobrimento de seus crimes, prejudicando sua credibilidade e custando centenas de milhões de dólares em acordos.
A comissão enfatizou “a importância da indenização para as vítimas/sobreviventes, como um compromisso concreto com sua jornada de cura”, e se comprometeu a trabalhar “para que procedimentos padronizados e conhecidos sejam desenvolvidos de forma mais abrangente”.
O órgão disse que a indenização não é apenas financeira, “mas abrange um espectro muito mais amplo de ações, como o reconhecimento de erros, desculpas públicas e outras formas de verdadeira proximidade fraterna com as vítimas/sobreviventes e suas comunidades”.
Um hotel de dez andares desabou nesta terça-feira (29) de manhã na cidade costeira de Villa Gesell, na província argentina de Buenos Aires, informou a administração municipal em comunicado.
A previsão é de que entre sete e nove pessoas, incluindo trabalhadores de obras que operavam supostamente sem licenças municipais no Hotel Dubrovnik, estavam lá dentro no momento, segundo a nota.
As equipes de resgate estão removendo os destroços para resgatar as pessoas, afirmaram as autoridades de Villa Gesell, acrescentando que o município havia interrompido as obras no local em agosto deste ano.
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Uma aeronave com 221 brasileiros repatriados do Líbano pousou às 5h55 desta terça-feira (29) na Base Aérea de São Paulo, em Guarulhos (SP). A informação foi confirmada, em nota, pela Força Aérea Brasileira (FAB). Este é o nono voo de repatriação de brasileiros da zona de conflito no Líbano.
Além do grupo, a aeronave modelo KC-30 trouxe também um animal de estimação. A Operação Raízes do Cedro, responsável pelas ações de repatriação, teve início no último dia 2.
A logística envolve o uso de aeronaves e servidores da FAB, além do trabalho de articulação via Itamaraty. Segundo o governo federal, a comunidade brasileira no Líbano contabiliza de cerca de 20 mil pessoas, das quais pelo menos três mil manifestaram desejo de retornar ao Brasil.
No fim de setembro, bombardeios israelenses no Líbano deixaram dois adolescentes brasileiros mortos – Mirna Raef Nasser, de 16 anos, e Ali Kamal Abdallah, de 15 anos. Israel e o grupo Hezbollah, do Líbano, participam de ataques na fronteira desde o início da atual guerra na Faixa de Gaza, no ano passado, detonada após um ataque do Hamas, aliado do Hezbollah.
Naim Qassem foi eleito para o cargo de secretário-geral do Hezbollah, sucedendo a Hassan Nasrallah, morto em um ataque israelense, confirmou nesta terça-feira (29) o movimento xiita libanês apoiado pelo Irã.
Qassem tem 61 anos e nasceu nos arredores de Beirute. Milita no Hezbollah desde os anos de 1970.
“O Conselho da Shura do Hezbollah concordou em eleger sua iminência o xeque Naim Wassem como secretário-geral do Hezbollah, carregando a sua bandeira abençoada nesta viagem, apelando a Deus todo poderoso que o guie na sua nobre missão de liderar o Hezbollah e a sua resistência islâmica”, diz comunicado divulgado pelo movimento.
(Em atualização)
Pelo menos 77 pessoas, incluindo 17 crianças, morreram nesta terça-feira (29) em um bombardeio israelense contra um edifício em Beit Lahia, norte da Faixa de Gaza, onde o Exército mantém um cerco desde ontem.
De acordo com as autoridades sanitárias do enclave palestino controladas pelo Hamas, o prédio de cinco andares atingido pelo bombardeio abrigava “centenas de civis deslocados”.
Por outro lado, de acordo com as mesmas fontes citadas pela agência espanhola EFE, os acessos aos hospitais do norte de Gaza estão restritos pelas forças de Israel, impedindo o tratamento a dezenas de feridos.
Portais de notícias palestinos informaram que outro ataque aéreo atingiu as imediações do Hospital Kamal Adwan, também em Beit Lahia.
Mesmo com pressão internacional contrária ao projeto, o parlamento de Israel, o Knesset, aprovou nesta segunda-feira (28) projetos de lei que impedem o trabalho da Agência da ONU para Refugiados Palestinos (UNRWA) dentro de Israel, o que deve impactar no trabalho da organização nos territórios palestinos ocupados.
A UNRWA é a principal agência humanitária que atende os refugiados palestinos e atua na região há 70 anos. Ela emprega 20 mil pessoas e oferece educação, saúde e assistência social e humanitária aos palestinos em diversos países. A legislação aprovada pelo Knesset deve dificultar o trabalho da agência na Faixa de Gaza e na Cisjordânia ao proibir qualquer contato das autoridades israelenses com os representantes da UNRWA.
A medida foi criticada pelo chefe da organização, Philippe Lazzarini, que afirmou que a votação viola a Carta da ONU e as obrigações de Israel com o direito internacional, sendo essa mais uma campanha para desacreditar a agência.
“Esses projetos de lei só vão aprofundar o sofrimento dos palestinos, especialmente em Gaza onde as pessoas estão passando por mais de um ano de puro inferno. Isso privará mais de 650 mil meninas e meninos de acesso à educação, colocando em risco uma geração inteira de crianças”, afirmou em uma rede social.
Países esbarram em um impasse sobre como financiar a conservação da natureza e outras decisões-chave enquanto a cúpula da ONU sobre biodiversidade COP16 entra em sua segunda semana nesta segunda-feira (28) na cidade montanhosa de Cali, na Colômbia.
Com a natureza em declínio sem precedentes e espécies se extinguindo mais rapidamente do que nunca, cientistas alertaram governos mundiais de que não há tempo a perder.
Até o momento, cerca de 38% das espécies de árvores do mundo — totalizando 16.425 espécies — estão em risco de extinção devido à extração de madeira e ao desmatamento para dar lugar à agricultura, mineração, construção de estradas e outros ações para desenvolvimento, segundo a União Internacional para a Conservação da Natureza e dos Recursos Naturais (UICN).
“Precisamos tomar medidas urgentes se realmente queremos manter essas árvores vivas”, disse a diretora da UICN, Grethel Aguilar, em coletiva de imprensa em Cali.
O governo boliviano negou nesta segunda-feira (28) as acusações de que liderou um ataque direcionado contra o ex-presidente Evo Morales, cujo carro foi alvejado no domingo, afirmando que o comboio do ex-líder disparou contra a polícia de combate ao narcotráfico, que realizava uma patrulha.
Morales afirma que o governo tentou assassiná-lo quando balas atingiram seu carro nas primeiras horas de domingo, marcando um novo capítulo de tensões na nação andina entre o ex-presidente e seu ex-aliado, o presidente Luis Arce.
O ministro do Interior boliviano, Eduardo del Castillo, disse em entrevista coletiva que a unidade FELCN de combate ao narcotráfico estava realizando uma patrulha rodoviária padrão quando o comboio de Morales atirou e atropelou um policial.
Morales havia dito em uma entrevista de rádio no domingo que de fato havia reagido a tiros contra policiais, depois que eles abriram fogo.
A coalizão de partidos de centro-esquerda do Uruguai que formam a Frente Ampla – que governou o país de 2005 a 2019 – teve mais votos na eleição desde domingo (27) do que no pleito de 2019, quando foram derrotados pelo atual presidente de centro-direita Luis Lacalle Pou.
Porém, o cenário segue indefinido para o segundo turno, que será realizado no dia 24 de novembro. Isso porque a soma dos votos obtidos pelos partidos de direita e centro-direita supera a dos conquistados pelo candidato da frente do ex-presidente José Pepe Mujica.
O candidato da Frente Ampla, Yamandú Orsi, teve 43,94% dos votos contra 26,77% de Álvaro Delgado, do Partido Nacional, e apoiado pelo atual governo. Em terceiro lugar, ficou o candidato do Partido Colorado, Andrés Ojeda, com 16,03% dos votos. Os demais oito candidatos presidenciais somaram 8,3% dos votos.
Em 2019, a frente de centro-esquerda teve 39,01% dos votos no primeiro turno. Ou seja, houve um crescimento de quase 5 pontos percentuais neste ano. No Parlamento, a Frente Ampla conseguiu maioria simples no Senado, mas ainda depende da votação no segundo turno para consolidar essa maioria. Na Câmara dos Deputados, nenhum dos dois principais blocos conseguiu a maioria.
Teerã “usará todas as ferramentas disponíveis” para responder ao ataque de Israel no fim de semana contra alvos militares no Irã, disse o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores iraniano, Esmaeil Baghaei, nesta segunda-feira (28).
O Irã já havia minimizado o ataque aéreo de Israel no sábado (26), dizendo que ele causou apenas danos limitados, enquanto o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, pediu o fim da escalada que aumentou os temores de uma conflagração total no Oriente Médio.
Falando em uma coletiva de imprensa semanal televisionada, Baghaei disse: “[O Irã] usará todas as ferramentas disponíveis para dar uma resposta definitiva e eficaz ao regime sionista (Israel)”.
A natureza da resposta do Irã depende da natureza do ataque israelense, acrescentou Baghaei, sem entrar em detalhes.