Médicos que atuam em sete hospitais no Rio Grande do Norte anunciaram que vão paralisar as atividades a partir desta quarta-feira, 16 de outubro. A Cooperativa Médica do RN – Coopmed-RN explicou em nota que os serviços vão ser suspensos por falta de pagamento dos honorários referentes a quatro meses. Segundo a cooperativa, são quatro meses de atraso, já que estão sem receber desde o mês de maio de 2024.
Os Hospitais que devem ficar sem os atendimentos dos profissionais da Coopmed-RN são o Walfredo Gurgel, Pedro Bezerra (Santa Catarina), Hospital Regional do Seridó (Caicó), Giselda Trigueiro, Dr. João Machado, Alfredo Mesquita (Macaíba) e Cleodon Carlos de Andrade (Pau dos Ferros).
Diante dessa situação, a diretoria da Coopmed-RN informa o início de uma paralisação parcial dos serviços a partir das 7h da quarta-feira, 16 de outubro, em conformidade com as diretrizes da Cooperativa.
De acordo com a direção da Coopmed-RN, foram enviadas as normativas detalhadas sobre como será feita a paralisação aos mais de 300 médicos envolvidos nas escalas dos hospitais.
O diretor do Departamento de Imunizações do Ministério da Saúde, Éder Gatti, criticou, nesta quinta-feira (20), a falta de atitude do Conselho Federal de Medicina (CFM) em relação aos médicos antivacinas.
“Lamentamos muito a inércia do Conselho Federal de Medicina diante de profissionais médicos que disseminam mentiras, que fazem exploração econômica dessa situação. E esperamos que o Conselho Federal de Medicina reveja a sua postura”.
Gatti afirmou que tem cobrado uma mudança de postura do CFM e espera o estabelecimento de diálogo com a entidade. “Para que o conselho exerça a sua função”, lembrando que o CFM é uma autarquia pública.
“O CFM tem como objetivo principal fiscalizar e garantir o exercício adequado da medicina para proteger a nossa população. Então, espero que o Conselho Federal de Medicina faça isso”.