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Presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas - Foto: Reprodução

O presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas, disse neste domingo 15 que o grupo extremista Hamas não representa o povo palestino. No último dia 7, o grupo realizou um ataque terrorista a Israel, que passou a bombardear a Faixa de Gaza.

Segundo ele, a OLP (Organização para Libertação da Palestina) é “a única representante do povo palestino, e não as políticas de qualquer outra organização”, conforme a agência de notícias oficial palestina Wafa.

Abbas falou por telefone neste domingo com o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro. Na conversa, reiterou suas posições a favor da causa palestina e do direito a um Estado Palestino, com a Jerusalém Oriental como capital.

O líder palestino “afirmou sua rejeição à morte de civis por ambos os lados e pediu a libertação de todos os civis, prisioneiros e detentos dos dois lados”, conforme o relato da Wafa.

Maduro, na conversa, se comprometeu a enviar ajuda humanitária à Faixa de Gaza e disse apoiar a causa da liberdade do povo palestino, ainda segundo a Wafa.

Abbas afirmou ainda a necessidade do fim da “guerra de agressão” de Israel “contra o povo palestino” e pediu a criação de corredores humanitários e o envio de suprimentos, remédios, água e eletricidade a Gaza.

Disse ainda que o deslocamento dos palestinos do norte para o sul de Gaza deve ser interrompido, sob pena de “se transformar numa nova Nakba para o nosso povo”.

Nakba é “catástrofe” em árabe. É como ficou conhecido o êxodo palestino que se seguiu à guerra árabe-israelense de 1948, logo depois da declaração de independência de Israel.

Segundo informações da ONU (Organização das Nações Unidas), cerca de 71 mil palestinos foram expulsos de suas terras depois do conflito. O episódio marcou o início dos problemas dos refugiados palestinos.

MORTOS NA GUERRA ENTRE ISRAEL E HAMAS

O conflito entre Israel e Hamas já deixou mais de 4 mil mortos, segundo as informações oficiais divulgadas por autoridades dos dois lados.

O número de mortos em Gaza não para de subir com os bombardeios israelenses. O Ministério da Saúde da Palestina fala em 2.670 mortos até a manhã deste domingo.

Israel contabiliza mais de 1.400 mortos nos ataques terroristas do Hamas da semana passada. Pelo menos 126 pessoas foram feitas reféns pelo Hamas, mas este número pode ser maior.
Além desses mortos, Israel afirmou ter encontrado 1.500 corpos de membros do Hamas em seu território na última terça-feira 10.

SÃO PAULO, SP (UOL-FOLHAPRESS)

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