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Brasília (DF), 29/05/2023 - O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, durante declaração à imprensa após reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, no Palácio do Planalto. Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
© Marcelo Camargo/Agência Brasil

O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, anunciou o reinício, nesta quarta-feira (3), do processo de diálogo com os Estados Unidos (EUA)

“Recebi uma proposta, por dois meses contínuos, do governo dos Estados Unidos para restabelecer as conversações e o diálogo direto. Depois de pensar nisso durante dois meses aceitei. Na próxima quarta-feira, as conversações serão reiniciadas”, disse Maduro, nessa segunda-feira, seu programa semanal de televisão.

Ele afirmou que esta nova rodada de negociações será para os Estados Unidos “cumprirem acordos assinados no Catar e restabelecerem os termos do diálogo com respeito, sem manipulação”.

“Além disso, devem ser diálogos públicos, sem especulações, não vamos nos esconder”, acrescentou.

O presidente venezuelano disse que o líder do Parlamento, Jorge Rodríguez, será o representante da nação caribenha nesse processo de diálogo, juntamente com o governador do estado de Miranda (norte), Héctor Rodríguez.

“Vamos debater e procurar novos acordos para que se cumpra o que foi assinado no Catar. Quero diálogo, entendimento, quero um futuro para as nossas relações, quero mudanças, sim, sob a absoluta soberania e independência da Venezuela”.

Desde março de 2022, quando uma delegação da Casa Branca se deslocou a Caracas para se encontrar com Maduro, as conversações entre os dois países têm sido inconstantes e intermitentes.

As reuniões foram posteriormente repetidas em vários locais, com pelo menos uma segunda visita de uma missão dos EUA a Caracas.

Entre os acordos alcançados está o levantamento parcial das sanções dos EUA à Venezuela em outubro passado, um alívio que foi revertido seis meses depois, quando Caracas – de acordo com Washington – não cumpriu os termos do Acordo de Barbados assinado com a oposição.

Um dos pontos não cumpridos, segundo os EUA, é o de não terem sido relacionadas as desqualificações de todos os políticos da oposição venezuelana sob sanções administrativas, como a líder María Corina Machado, que não pode concorrer às eleições presidenciais de 28 de julho devido a essa medida.

No entanto, a Venezuela obteve a libertação do empresário colombiano Alex Saab, que esteve detido em Miami até dezembro passado, em troca da libertação, pelas autoridades venezuelanas, de cerca de 30 pessoas classificadas como presos políticos.

*É proibida a reprodução deste conteúdo.

Agência Brasil

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