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PONTE HOJE SEXTA 2222

A Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA) realizou nesta quinta-feira (9/1) a 4ª Reunião da Sala de Crise sobre Acidente em Ponte do Rio Tocantins na BR-226, transmitida por meio do canal da ANA no YouTube.

O encontro buscou compartilhar e nivelar informações sobre a atuação dos diversos órgãos no gerenciamento das medidas preventivas e riscos existentes causados após o desabamento da Ponte Juscelino Kubitschek de Oliveira (BR-226). Além disso, o espaço visa a subsidiar a tomada de decisões referentes à redução de riscos e impactos sobre usos múltiplos da água na região.

A ponte, que liga o Maranhão ao Tocantins, caiu no dia 22 de dezembro do ano passado. Até o momento, 14 vítimas foram resgatadas e três pessoas estão desaparecidas.

Durante a 4ª Reunião, o diretor interino da ANA Marcelo Medeiros destacou o papel da Agência, reforçando o escopo de competência e atuação da instituição, cujo foco está no monitoramento da qualidade da água. Neste sentido, ele ressaltou a ação conjunta com a SEMA/MA, que juntos têm realizado o monitoramento com sonda multiparamétrica, instrumento cuja versatilidade permite medir vários parâmetros da qualidade da água em um único dispositivo.

Ainda durante a Sala de Crise, foi informado que o monitoramento que vem acontecendo desde 24 de dezembro não mostra alteração dos parâmetros básicos e dos níveis de pesticidas no rio Tocantins. Especialmente para a análise de acetomiprido, foram encaminhadas amostras para ao laboratório de Goiânia (GO), parceiro do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), cujos limites de detecção são inferiores àqueles apontados pelos laboratórios da Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb) e da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa).

A ANA enviou um especialista para a região desde o dia 2 de janeiro para fazer coletas diárias em três pontos (P 1, P3 e P4/5), junto com a SEMA e o Serviço Geológico do Brasil (SGB). A partir de domingo, 12 de janeiro, o SGB seguirá acompanhando a qualidade da água, porém o monitoramento não será mais diário. As coletas para pesticida serão realizadas três vezes por semana e diariamente para os parâmetros básicos, incluindo a medição de vazão.

O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) informou na reunião que há um plano de remoção dos veículos submersos – dois caminhões com ácido sulfúrico de empresas transportadoras diferentes, e um caminhão de pesticidas, além dos demais veículos de pequeno porte – cuja operação será realizada pelo Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT). A autarquia ficou de enviar um plano de resposta ao Ibama nesta sexta-feira (10), com informações sobre a ação.

Os representantes do Ministério da Saúde e de Vigilância Sanitária apontaram que não houve alterações dos padrões epidemiológicos ou ocorrência de agravos nas comunidades ribeirinhas e nas populações indígenas.

A equipe do SGB informou que está em campo desde 26 de dezembro de 2024 medindo as vazões e coletando as amostras em três pontos. Atualmente as vazões estão abaixo da média, mas está aumentando em decorrência das últimas chuvas.

O Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) apresentou a situação atual das usinas da bacia. Desde o acidente, a usina hidrelétrica (UHE) Estreito, que fica a montante (rio acima), vem operando para minimizar as vazões defluentes no período diurno e consequente aumento no noturno. A Cota máxima para a UHE Estreito é de 154,5m, para minimizar o impacto das chuvas nesta época do ano. Mas, atualmente, a cota está em 155,16m. A partir desta sexta-feira (10), passará a operar com 4700 m3/s (vazões médias diárias), aumentando gradualmente nos dias subsequentes até chegar a operar com 7400 m3/s (vazões médias diárias) entre os dias 13 e 17 de janeiro. Com isso, é esperado que, a partir de sábado (11), haja queda do volume de armazenamento.

Como a operação para o mergulho é mais segura com vazões da ordem de 1000 m3/s, com as previsões de vazões mais altas para a próxima semana, não será possível, neste período, a realização de mergulhos, tanto para o resgate de pessoas como para a retirada de material.

Na próxima quinta-feira, 16 de janeiro, a partir das 15h, acontecerá a 5ª Reunião da Sala de Crise para acompanhamento da situação, atualização de informações, como aquelas relacionadas ao monitoramento da qualidade de água, à operação das usinas hidrelétricas do rio Tocantins, previsões meteorológicas, entre outros temas.

Além da ANA, participaram do encontro representantes de diversas instituições envolvidas, entre elas, Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS); Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama); Serviço Geológico do Brasil (SGB); Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden); Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA); Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Recursos Naturais do Maranhão (SEMA/MA); dentre outros atores.

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