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 Os líderes do Grupo dos Sete (G7) chegaram a um acordo nesta quinta-feira (13) para fornecer US$ 50 bilhões em empréstimos para a Ucrânia usando juros de ativos soberanos russos congelados depois que Moscou lançou a invasão do país vizinho em 2022.

O acordo político foi a peça central do dia de abertura, no sul da Itália, da cúpula anual dos líderes do G7, que contou com a presença, pelo segundo ano consecutivo, do presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky.

O líder ucraniano assinará novo acordo de segurança de longo prazo com o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, bem como um acordo com o Japão, também membro do G7.

Muitos dos líderes do bloco enfrentam dificuldades em seus países, mas estão determinados a fazer a diferença no cenário mundial, já que também buscam combater as ambições econômicas da China.

“Há muito trabalho a ser feito, mas tenho certeza de que nesses dois dias poderemos ter discussões que levarão a resultados concretos e mensuráveis”, disse a primeira-ministra italiana, Giorgia Meloni, aos seus convidados do G7, quando as conversas começaram em um resort na região de Puglia.

O plano do G7 para a Ucrânia baseia-se em empréstimo de vários anos, usando os lucros de cerca de US$ 300 bilhões de fundos russos confiscados.

Os detalhes técnicos serão finalizados nas próximas semanas, afirmou uma fonte diplomática do G7 à Reuters. A fonte, que pediu para não ser identificada, disse que o financiamento adicional chegaria até o final deste ano.

Uma autoridade dos EUA declarou que o país concordou em fornecer até US$ 50 bilhões, mas esse valor pode diminuir significativamente à medida que outros países anunciem participação.

O objetivo do acordo é garantir que ele possa ser executado por anos, independentemente de quem esteja no poder em cada Estado do G7 – um aceno para as preocupações de que o candidato presidencial republicano dos EUA, Donald Trump, poderia ser muito menos simpático a Kiev se derrotar Biden em novembro, de acordo com pessoa próxima às negociações.

Enquanto Meloni está voando alto depois de triunfar nas eleições europeias do fim de semana, os líderes das outras seis nações – Estados Unidos, Japão, França, Alemanha, Reino Unido e Canadá – enfrentam grandes problemas domésticos que correm o risco de minar sua autoridade.

Os líderes do G7 também manifestaram preocupação com a situação na fronteira entre Israel e o Líbano. Eles endossaram os esforços dos EUA para garantir um cessar-fogo na Faixa de Gaza, de acordo com o esboço do comunicado que deverá ser divulgado após a cúpula.

Além disso, pediram a Israel que se abstenha de uma ofensiva em grande escala na cidade de Rafah, no sul de Gaza, “de acordo com suas obrigações segundo a lei internacional”.

As nações ocidentais também foram unânimes em sua preocupação com o excesso de capacidade industrial da China, que, segundo elas, está distorcendo os mercados globais, e sua determinação em ajudar os países africanos a desenvolverem suas economias, disseram os diplomatas.

*É proibida a reprodução deste conteúdo.

Agência Brasil

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