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O furacão Beryl, que ganhou força e se tornou tempestade de categoria 5, está indicando uma temporada de furacões “muito perigosa”, disse a Organização Meteorológica Mundial (OMM) nesta terça-feira (2).

Beryl passou por Granada e São Vicente e Granadinas, deixando muitas residências sem energia, e deve atingir a Jamaica nesta quarta-feira e as Ilhas Cayman no final de semana.

“É o furacão de categoria 5 mais precoce já registrado na Bacia do Atlântico, Caribe e América Central”, disse a porta-voz da OMM Clare Nullis aos repórteres em Genebra.

“Isso estabelece um precedente para o que tememos ser uma temporada de furacões muito, muito ativa e perigosa, que terá impacto em toda a bacia.”

Um furacão de categoria 5, de acordo com a escala de ventos de furacões Saffir-Simpson, de cinco estágios, traz ventos de 252 quilômetros por hora ou mais, capazes de causar danos catastróficos, incluindo a destruição de casas e infraestrutura.

“Precisamos ter em mente que basta apenas um furacão que cai sobre a terra para atrasar décadas de desenvolvimento”, afirmou Nullis.

“Tememos o que está acontecendo com o Beryl, que atingiu ilhas muito pequenas no Caribe, que não estão acostumadas com esse tamanho de furacão.”

Anne-Claire Fontaine, autoridade científica do Programa de Ciclones Tropicais da OMM, afirmou que uma das razões para o desenvolvimento do Beryl tão cedo na temporada está ligada às temperaturas mais quentes do oceano.

“A região principal de desenvolvimento, o local no oceano onde os furacões estão se desenvolvendo é o mais quente de todos os tempos.”

*É proibida a reprodução deste conteúdo.

Agência Brasil

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