O Instituto Municipal de Proteção e Defesa do Consumidor – Procon Natal realizou uma pesquisa de preços de produtos que compõem a lista de material escolar dos estudantes (exceto livros). O aumento encontrado de um ano para o outro foi de 4%, uma vez que no ano passado a lista de material escolar pesquisado pelo órgão de 36 produtos tinha um custo médio para o consumidor de R$ 148,06, já este ano os mesmos produtos custam em média R$ 154,74, ou seja, um aumento em reais de R$ 6,68.
Foram analisados os preços de 34 itens de papelaria, como apontador, borracha, caneta esferográfica, cola plástica e bastão, canetas hidrográficas, lápis de cera, gizão de cera, lápis de cor pequeno e grande, lápis preto nº 2, tinta guache, régua plástica, cadernos capa dura de quatro matérias e universitários de dez matérias, lapiseira, tesoura sem ponta, papel tamanho ofício e A4 (resma e cento), entre outros.
A pesquisa foi realizada em 20 estabelecimentos, sendo papelarias, livrarias e as lojas de departamentos. Os locais foram selecionados entre os maiores e mais tradicionais do comércio nos bairros da cidade abrangendo as quatro zonas da capital. A coleta de dados ocorreu entre os dias 13 e 21 de janeiro de 2025. O Núcleo de Pesquisa do Procon Natal ressalta que os preços coletados são referentes ao período da pesquisa e podem sofrer reajustes conforme a demanda.
Direitos e recomendações
Com a chegada do primeiro mês do ano, as famílias começam a se preparar para a volta às aulas, e, com elas, vem o desafio da compra do material escolar. Para evitar surpresas no orçamento, planejamento e organização são fundamentais.
Kennedy Paiva, professor de Gestão e Negócios da Universidade Potiguar (UnP), integrante do maior e mais inovador ecossistema de qualidade do Brasil: o Ecossistema Ânima, destaca algumas dicas para ajudar as famílias na hora da compra.
“O primeiro passo é revisar o que já está disponível em casa. O reaproveitamento de materiais de anos anteriores pode ser uma economia significativa. Itens como mochilas, estojos, canetas, lápis e outros artigos podem ser reutilizados, o que reduz a necessidade de novos gastos e comprometimento com o orçamento da família”, explica.
Outra dica do docente é montar uma lista de compras e definir um orçamento antes de ir às lojas. “Estabelecer um orçamento prévio é essencial para controlar os gastos e evitar surpresas no final das compras. Ao definir um valor máximo a ser gasto, os pais têm um limite claro para as aquisições e podem avaliar melhor as opções disponíveis dentro do seu poder aquisitivo”, alerta.
As famílias brasileiras gastaram R$ 49,3 bilhões com materiais escolares em 2024, o que representou um aumento de 43,7% ao longo dos últimos quatro anos. O valor é uma estimativa de pesquisa inédita do Instituto Locomotiva e QuestionPro.
O levantamento mostra que essas compras impactam o orçamento de 85% das famílias brasileiras com filhos em idade escolar e que um a cada três compradores pretende parcelar para poder dar conta das despesas para o ano letivo de 2025.
Ao todo, foram realizadas 1.461 entrevistas com homens e mulheres com mais de 18 anos em todo o país. Os questionários foram aplicados entre 2 e 4 de dezembro.
O estudo mostra que a maioria dos pais e responsáveis de estudantes tanto da rede pública quanto da rede privada disseram que comprará materiais escolares para o ano letivo de 2025: 90% daqueles com filhos em escolas públicas e 96% daqueles com filhos em estabelecimentos privados.