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Justiça condena Jair Bolsonaro por “desumanizar comunidades quilombolas e população negra”

Um dos virtuais candidatos à presidência da República em 2018, o deputado federal Jair Bolsonaro (PSC/RJ) foi condenado a pagar R$ 50 mil de indenização por danos morais coletivos a comunidades quilombolas e à população negra em geral. O valor será revertido para o Fundo Federal de Defesa dos Direitos Difusos, vinculado ao Ministério da Justiça. O parlamentar ainda pode recorrer da decisão.

Em abril deste ano, durante palestra no clube Hebraica do Rio de Janeiro, Bolsonaro disse que visitou uma comunidade quilombola e “o afrodescendente mais leve lá pesava sete arrobas”. Além disso, afirmou que “não fazem nada, nem pra procriar servem mais”, em referência ao mesmo grupo.

Por conta das declarações, a juíza Frana Elizabeth Mendes, da 26ª Vara Federal do Rio de Janeiro, acolheu a ação movida pelo Ministério Público Federal (MPF-RJ). Na sentença, a magistrada considerou que Bolsonaro fez uso de “expressões injuriosas, preconceituosas e discriminatórias com o claro propósito de ofender, ridicularizar, maltratar e desumanizar as comunidades quilombolas e a população negra”.

No Twitter, Jair Bolsonaro se manifestou contra a fala da magistrada, que classificou a conduta do parlamentar como “inadequada”. Nas redes sociais, ele escreveu que “o politicamente correto só é usado quando interessa aos ‘amigos’”.

Além disso, o deputado também compartilhou uma mensagem de seu filho, Carlos Bolsonaro. O vereador carioca declarou nas redes sociais que “o politicamente correto não existe só em caso de piada, mas principalmente em relação a mordaça que estão lhe impondo sem que note!”.

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