As 36 prisões ocorreram até o último minuto da sexta-feira (20), em dez estados: Minas Gerais, São Paulo, Paraná, Maranhão, Acre, Rio Grande do Sul, Sergipe, Roraima, Mato Grosso do Sul e Santa Catarina.
Entre os crimes, tráfico de drogas, corrupção, não pagamento de pensão alimentícia.
Mas deste sábado até 8 de outubro nenhum candidato, a prefeito ou vereador, poderá ser preso, a não ser em caso de um flagrante. Segundo o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), é uma garantia da lei para prevenir que prisões sejam usadas para prejudicar quem está na disputa por constrangimento político ou pelo afastamento da campanha.
A lei eleitoral também proíbe que eleitores sejam presos no período entre os cinco dias anteriores às eleições e as 48 horas após o fim da votação.
O contraventor Aílton Guimarães Jorge, o Capitão Guimarães, foi preso hoje (1º), em casa, em Camboinhas, na região oceânica de Niterói, como principal alvo da Operação Mahyah, um desdobramento da Operação Sicário, realizada em 7 de dezembro do ano passado, quando o contraventor também tinha sido preso em casa.
A ação de hoje foi contra três núcleos criminosos, subordinados ao mesmo bicheiro, que controlam o monopólio de jogos de azar e exploração de bingos clandestinos na Ilha do Governador, Niterói, São Gonçalo e no Espírito Santo. De acordo com os investigadores, a organização criminosa pratica, de maneira ordenada, diversos crimes, como homicídios, corrupção passiva e porte ilegal de armas de fogo.
A investigação foi realizada em conjunto pela Polícia Federal e o Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ), em cumprimento a 13 mandados de prisão preventiva e 19 de busca e apreensão, expedidos pela 2ª Vara Criminal Especializada do Tribunal de Justiça do Rio nos estados do Rio de Janeiro e do Espírito Santo, em endereços ligados aos integrantes da organização criminosa.
O Ministério Público informou, por meio de nota, que até o início da tarde, 12 pessoas foram presas, sendo nove denunciados e alvos de mandados e outros três em flagrante, entre os presos, o contraventor Capitão Guimarães, um policial civil e policiais militares.
As autoridades italianas autorizaram o envio, para o Brasil, das imagens das câmeras de segurança do Aeroporto de Fiumicino, em Roma, que registram o momento no qual o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), e sua família, teriam sido hostilizados por outros brasileiros.
Em nota divulgada nesta sexta-feira (1º), o Ministério da Justiça e Segurança Pública confirmou que as mídias disponibilizadas pelas autoridades italianas já foram despachadas e devem estar à disposição nos próximos dias.
Na quarta-feira (30), o ministro da Justiça, Flávio Dino, declarou que a Secretaria Nacional de Justiça (Senajus) esperava receber os vídeos das supostas agressões a Moraes até esta sexta-feira. A Senajus é a instância do ministério responsável pelos pedidos de cooperação jurídica internacional.
“A informação que eu tenho, obtida há meia hora, é de que até sexta-feira essas imagens serão efetivamente enviadas à Senajus, que é o órgão de cooperação jurídica internacional, e entregues à Polícia Federal”, disse Dino.