A passagem do furacão Milton pelos Estados Unidos causou estragos e deixou moradores da Flórida apreensivos, mas o pior cenário não se concretizou e agora a situação está fora de perigo. A avaliação é da empresária Sabrina Wensloff, que é natural de Natal, mas mora em Cooper City, na Flórida, há 25 anos.
Em entrevista à 98 FM nesta quinta-feira 10, Sabrina explicou que os moradores se prepararam para um furacão sem precedentes, mas felizmente as previsões não se confirmaram. O fenômeno passou pelos EUA na quarta-feira 9 com magnitude 1 (em uma escala que vai até 5). A previsão original era que chegasse à escala 4.
Segundo a última atualização do governo, o furacão baixou de patamar e foi renomeado como ciclone pós-tropical. Ao todo, 12 mortes estavam confirmadas até a tarde desta quinta-feira 10.
“Todas as autoridades falaram que ia ser um superfuracão, categoria 4. Graças a Deus, o Milton não teve o nível de inundação que a gente esperava. Como o governador Ron DeSantis falou, não teve o pior cenário. A gente se prepara para o pior cenário. ‘Se prepare para o pior e peça o melhor’, é o que a gente fala. Houve muita gente desabrigada, 5,5 milhões de pessoas atingidas, mas o nível da água não subiu como esperavam. Então, aqui a reconstrução vai ser rápida”, afirmou a empresária.
Sabrina Wensloff contou que a cidade onde ela mora – Cooper City – fica no sul da Flórida, cerca de 400 quilômetros de Tampa, onde o olho do furacão passou. Apesar disso, ela sentiu os efeitos do fenômeno com intensidade. “Eu estou no sul da Flórida. Não ficamos dentro do cone do furacão. Mas era tão grande que ainda assim a gente pegou muita ventania, chuva. Foi bem intenso mesmo”, declarou.
O furacão Milton é uma tempestade de grande intensidade e seus ventos seguem aumentando, de acordo com os dados mais recentes do Centro Nacional de Furacões dos EUA.
Os ventos com força de tempestade tropical de Milton se estendem no momento por 402 quilômetros a partir de seu centro, especialmente no lado norte. Esses mesmos ventos se estendiam por aproximadamente 169 quilômetros do centro no início da tarde de terça-feira 8.
A área afetada pelos ventos pode aumentar ainda mais antes e depois da chegada do furacão ao continente, trazendo prejuízos para grande parte do estado da Flórida.
Rajadas de vento com força de tempestade tropical já foram registradas ao longo de partes da costa oeste do estado, desde o norte da área da Baía de Tampa até Keys.
O furacão Milton enfraqueceu ligeiramente na manhã desta quarta-feira 9 sobre as águas do Golfo do México e agora tem ventos de 250 km/h, de acordo com o Centro Nacional de Furacões.
Ao longo do dia, o furacão continuará a perder alguma força, mas se manterá grande ao atingir a Flórida durante a madrugada de quinta-feira 10.
Cerca de 500 mil casas nas áreas metropolitanas de Tampa e Sarasota correm o risco de inundações causadas pelo furacão, de acordo com a empresa de análise CoreLogic.
Essas casas têm um valor combinado de reconstrução de US$ 123 bilhões, estima a CoreLogic. A projeção pressupõe que o furacão Milton atingirá a costa como uma tempestade de categoria 3.
O presidente dos EUA, Joe Biden, fez um apelo nesta terça-feira 8 para que pessoas que receberam ordens das autoridades saiam agora antes da chegada do furacão Milton na Flórida. O democrata disse que é uma questão de vida ou morte.
“Esta pode ser a pior tempestade a atingir a Flórida em mais de um século, e se Deus quiser não será, mas está parecendo assim agora”, disse Biden.
Biden acrescentou que ele aprovou declarações de emergência na Flórida e pediu às companhias aéreas para acomodar os movimentos de saída, sem preços abusivos.
Era esperado que o furacão Milton se expandisse nesta terça-feira 8, quando passou pela península de Yucatán no México em rota para a costa do Golfo da Flórida, onde mais de 1 milhão de pessoas foram ordenadas a evacuar antes da tempestade chegar.
A aeronave KC-30, da Força Aérea Brasileira (FAB), decolou da Base Aérea de São Paulo, em Guarulhos (SP), às 12h25 (horário de Brasília) nesta terça-feira 8, com destino ao Líbano. Esse é o terceiro voo da Operação Raízes do Cedro para repatriação de brasileiros.
A aeronave fará um escala em Lisboa, em Portugal, para reabastecimento e segue para Beirute. O voo até Portugal tem duração prevista de 9 horas e 20 minutos.
No domingo 6 chegou ao Brasil o primeiro voo da operação, com 228 brasileiros. Eles foram recebidos pela presidente Luiz Inácio Lula da Silva que fez um rápido discurso para os repatriados criticando o posicionamento de Israel de “matar inocentes, mulheres e crianças, sem nenhum respeito pela vida humana”.
“O Brasil é um país generoso e não tem contencioso com nenhum país do mundo porque a gente não deseja guerra. A guerra só destrói. O que constrói é a paz”, disse o presidente.
A aeronave KC-30, da Força Aérea Brasileira (FAB), decolou de Beirute, no Líbano, às 18h30 (horário local) – 12h30 (no horário de Brasília) – desta segunda-feira 7 com 227 resgatados – incluindo 49 crianças (7 de colo) – e 3 pets a bordo.
O avião fará uma escala em Lisboa, em Portugal, para reabastecimento, e seguirá para a Base Aérea de São Paulo, em Guarulhos (SP). A expectativa é que o novo grupo de repatriados chegue ao Brasil na terça-feira (8), por volta das 10h.
De acordo com o comandante da Aeronáutica, tenente-brigadeiro do ar Marcelo Kanitz Damasceno, a Operação Raízes do Cedro terá caráter continuado com o intuito de repatriar, por semana, cerca de 500 brasileiros.
Estima-se que 20 mil brasileiros morem em território libanês. O Ministério das Relações Exteriores (MRE) contabiliza cerca de 3 mil brasileiros que desejam deixar o país, em meio à escalada das operações militares das Forças Armadas de Israel.
A aeronave KC-30, da Força Aérea Brasileira (FAB), pousou em Beirute, no Líbano, às 10h40 (horário de Brasília) desta segunda-feira 7.
Além do resgate de brasileiros como parte da Operação Raízes do Cedro, a aeronave também foi empregada para levar doações de insumos de saúde do governo brasileiro ao Líbano: 20 mil seringas com agulhas e 4 mil agulhas individuais.
A FAB ainda não divulgou o número de brasileiros que estarão no segundo voo de repatriação.
De acordo com o comandante da Aeronáutica, tenente-brigadeiro do ar Marcelo Kanitz Damasceno, a Operação Raízes do Cedro terá caráter continuado com o intuito de repatriar, por semana, cerca de 500 brasileiros. A expectativa é que o novo grupo de repatriados chegue ao Brasil na terça-feira 8, às 7h30.
Dois atos concorrentes marcam, nesta segunda-feira 7, o aniversário de um ano do ataque de 7 de outubro, de Israel e Hamas. Um deles é uma cerimônia pública ao vivo, realizada em um grande espaço em Tel Aviv. Outra, uma ação televisionada pré-gravada.
O primeiro é organizada por famílias enlutadas que perderam entes queridos no conflito. A cerimônia pretende mergulhar fundo nas falhas, bem como no heroísmo exibido naquele dia.
O outro é liderada pelo governo, que argumenta que sua cerimônia gravada trará lembranças e valores como bravura e esperança.
A diferença tom dos dois atos está no centro de um discurso público sobre como lembrar o dia mais sombrio dos 76 anos da história do país.
A aeronave KC-30 da Força Aérea Brasileira (FAB) pousou na Base Aérea de São Paulo, em Guarulhos, às 10h25 deste domingo 6, com 229 brasileiros e 3 pets a bordo.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva recepcionou o grupo. Logo após o desembarque, ele fez um rápido discurso para os repatriados criticando o posicionamento de Israel de “matar inocentes, mulheres e crianças, sem nenhum respeito pela vida humana”.
“O Brasil é um país generoso e não tem contencioso com nenhum país do mundo porque a gente não deseja guerra. A guerra só destrói. O que constrói é a paz”, disse o presidente.
Há a previsão de que a aeronave retorne para o Líbano, às 14h deste domingo 6, para buscar mais brasileiros.
A aeronave KC-30 da Força Aérea Brasileira (FAB) decolou de Beirute, capital libanesa às 13h18 (horário de Brasília). O voo deste sábado 5 contou com 229 brasileiros e 3 pets a bordo.
De acordo com nota do governo federal, está prevista uma escala em Lisboa (Portugal) para reabastecimento antes da decolagem para o Brasil.
O voo faz parte da primeira fase da Operação Raízes do Cedro, do governo federal, de repatriação de brasileiros.
A aeronave chegou a Beirute às 11h22 (no horário de Brasília). O avião partiu de Lisboa, em Portugal, no início da manhã.
A aeronave KC-30 da Força Aérea Brasileira (FAB) que fará o primeiro voo de repatriação de brasileiros no Líbano chegou a Beirute, capital libanesa, às 17h22 (horário local) – 11h22 (no horário de Brasília) – deste sábado 5.
O avião, empregado na Operação Raízes do Cedro, partiu de Lisboa, em Portugal, no início da manhã.
A expectativa é que 220 brasileiros e familiares retornem ao país nesta primeira fase da operação. O objetivo é trazer ao país até 500 pessoas por semana.
Estima-se que 20 mil brasileiros morem em território libanês. O Ministério das Relações Exteriores (MRE) contabiliza cerca de 3 mil brasileiros que desejam deixar o país, em meio à escalada das operações militares das Forças Armadas de Israel.
O avião KC-30 da Força Aérea Brasileira (FAB) que fará a repatriação de brasileiros no Líbano decolou neste sábado 5 de Lisboa, em Portugal, com destino a Beirute.
De acordo com a FAB, a aeronave decolou às 6h55 e tem pouso previsto na capital libanesa às 11h (horário de Brasília).
A expectativa da primeira fase da Operação Raízes de Cedro é repatriar 220 brasileiros que estão no Líbano. O objetivo da operação é trazer ao país até 500 pessoas por semana.
Estima-se que 20 mil brasileiros morem em território libanês. O Ministério das Relações Exteriores (MRE) contabiliza cerca de 3 mil brasileiros que desejam deixar o país, em meio à escalada das operações militares das Forças Armadas de Israel.
Pelo menos 78 pessoas morreram afogadas após um barco virar no lago Kivu, na República Democrática do Congo, disse nesta sexta-feira 4 o governo local.
Segundo o governador da província de Kivu, 278 pessoas estavam a bordo da embarcação, que virou por suspeita de superlotação. O naufrágio ocorreu na quinta-feira 3.
Passageiros que estavam em um barco próximo filmaram o momento em que a embarcação começa a virar, para depois naufragar, ficando completamente de cabeça para baixo.
“Levará pelo menos três dias para obter os números exatos, porque nem todos os corpos foram encontrados ainda”, disse o governador Jean Jacques Purisi à Reuters.
A lista para o primeiro voo de repatriação de brasileiros no Líbano conta com 215 nomes. Destes, 70% são mulheres e crianças, de acordo com integrantes do governo. O voo, previsto para esta sexta-feira 4, foi adiado para sábado 5.
O governo brasileiro suspendeu os dois comboios de ônibus para levar os repatriados para o Aeroporto Internacional de Beirute. De acordo com fontes diplomáticas, a intensificação dos ataques impede que haja uma operação do tipo.
A princípio, o Itamaraty havia definido dois pontos de encontro para os brasileiros. E os ônibus seriam escoltados pelo exército libanês.
A avaliação é de que com a intensificação dos bombardeios em Beirute há risco de comboios serem alvos de ataque.
A Operação Raízes de Cedro, que vai repatriar brasileiros que estão no Líbano, será adiada. Inicialmente, a volta de 220 cidadãos começaria nesta sexta-feira 4, mas por falta de segurança para transportar essas pessoas até o aeroporto, a operação não ocorrerá.
“Em consequência da necessidade de medidas adicionais de segurança para os comboios terrestres que se dirigirão ao aeroporto da capital libanesa, a operação do primeiro voo brasileiro de repatriação não ocorrerá no dia de hoje. Novas informações sobre o voo serão prestadas ao longo do dia”, informou nota do Ministério das Relações Exteriores do Brasil.
Na madrugada de hoje, pelo menos um ataque israelense atingiu as proximidades do perímetro do aeroporto internacional de Beirute, de acordo com uma fonte do Ministério dos Transportes e Obras Públicas do Líbano.
O objetivo do governo brasileiro é repatriar cerca de 500 pessoas por semana, com prioridade de embarque para idosos, mulheres, crianças e pessoas com necessidades médicas.
Um bombardeio israelense deixou 18 mortos no campo de refugiados de Tulkarem, na Cisjordânia, em uma ação que teria como alvo um comandante do grupo terrorista Hamas. O ataque foi o maior desde o ano 2000, afirmou a Autoridade Nacional Palestina, e demonstra o grau crescente de violência no território, envolvendo, além de militares, colonos judeus e grupos paramilitares.
Fontes palestinas afirmam que a ação foi realizada com um caça F-16 israelense, que destruiu uma área residencial no campo de refugiados. Um morador local afirmou à AFP que um prédio de três andares, que tinha um café no térreo, ficou em ruínas.
Em comunicado, a Autoridade Nacional Palestina, que comanda a Cisjordânia, pediu “uma ação internacional urgente para parar a escalada de massacres” — citado pela agência WAFA, um porta-voz do governo palestino disse que ataques do tipo “não trarão a segurança e a estabilidade, mas sim arrastarão a região para ainda mais violência”.
Segundo os israelenses, o ataque tinha como alvo Zahi Yasser Abd al-Razeq Oufi, comandante do Hamas em Tulkarem, além de aliados próximos — o grupo, alegam os militares, planejava cometer um ato de terrorismo “em breve”. Al-Razeq Oufi também era acusado de tentar detonar um carro bomba perto de um assentamento judaico, no mês passado. A operação foi coordenada pelos serviços de inteligência e pelo Exército. Apesar do Hamas não participar da administração da Cisjordânia, o grupo tem presença no território, e tem conseguido cada vez mais apoio junto à população local.
O governo brasileiro lamentou e condenou a decisão do governo de Israel, de declarar o secretário-Geral das Nações Unidas, António Guterres, como persona non grata.
Segundo nota divulgada nesta quinta-feira 4 pelo Ministério das Relações Exteriores brasileiro, o ato “prejudica fortemente os esforços da Organização das Nações Unidas em favor de um cessar-fogo imediato no Oriente Médio, da libertação imediata e incondicional de todos os reféns e de um processo que permita a concretização da solução de dois Estados, com um Estado da Palestina independente e viável convivendo lado a lado com Israel, em paz e segurança”.
Ontem 2, o ministro israelense dos Negócios Estrangeiros, Israel Katz, anunciou que, além de persona non grata, Guterres não pode entrar em Israel. Segundo Katz, o secretário-geral da ONU será lembrado “como uma mancha na história da ONU”.
“O ataque do governo de Israel a uma organização que foi constituída para salvar a humanidade do flagelo e atrocidades da II Guerra Mundial e para proteger os direitos humanos fundamentais e a dignidade da pessoa humana não contribui para a paz e o bem-estar das populações israelense e palestina e afasta a região de uma solução pacífica”, diz a nota do Itamaraty.
A primeira aeronave da Força Aérea Brasileira (FAB) usada na operação de repatriação de brasileiros no Líbano deve chegar a Beirute por volta das 16h (horário local, 10h no horário de Brasília) desta sexta-feira 4.
A viagem de Lisboa, onde o KC-30 está, para Beirute já foi autorizada. A expectativa é de que o primeiro voo da FAB com os repatriados brasileiros chegue ao Brasil no sábado 5, após escala em Portugal.
Essa é a primeira fase da operação de repatriação dos brasileiros que indicaram ao governo o desejo de deixar o Líbano em meio à escalada da guerra entre Israel, Hamas e o Hezbollah, que domina o sul do país.
O KC-30 deixou a Base Aérea do Aeroporto Internacional do Galeão, no Rio de Janeiro, e pousou em Lisboa na manhã desta quarta-feira 2 com duas tripulações a bordo. Elas são compostas por pilotos, mecânicos e comissários. Uma equipe de saúde, com médico, enfermeiro e psicólogo, integra o grupo e fará o primeiro atendimento aos brasileiros.
O número de mortos em um ataque aéreo israelense no centro de Beirute na manhã desta quinta-feira 3 aumentou para nove, disse o ministério da saúde libanês.
O ataque atingiu o bairro de Bashoura, próximo ao centro da cidade, confirmou a CNN, através da geolocalização da área.
Uma atualização do Ministério da Saúde do Líbano nesta quinta-feira disse que o número de mortos subiu para nove “mártires”. Além disso, 14 pessoas ficaram feridas. Testes de DNA estão em andamento para determinar a identidade das vítimas.
A CNN informou anteriormente que pelo menos seis pessoas foram mortas no ataque.
O presidente iraniano Masoud Pezeshkian disse que, embora o Irã não busque a guerra, ele dará uma “resposta mais forte” se Israel retaliar após o ataque iraniano de mísseis na terça-feira (1º).
Pezeshkian falou em Doha ao lado do Emir do Catar, xeque Tamim bin Hamad al-Thani, nesta quarta-feira 2. Ele acusou Israel de instigar a insegurança na região e condenou o que ele descreveu como crimes históricos.
“Não tivemos escolha a não ser responder. Se Israel quiser reagir, teremos uma resposta mais forte, é com isso que a República Islâmica está comprometida”, disse Pezeshkian.
Horas após o ataque de terça-feira, o primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu disse: “O Irã cometeu um grande erro esta noite e vai pagar por isso”.
A brasileira e dona de casa Lindaura Lianes Hijazi, de 51 anos, está vivendo em um abrigo lotado na capital do Líbano, em Beirute, com o marido e dois filhos pequenos. Ela deixou a própria casa depois que o bairro em que vive, ao sul da cidade, foi devastado pelos bombardeiros de Israel. A família de Lindaura aguarda o avião enviado pelo governo brasileiro para poder deixar o país.
“Esses mísseis derrubaram mais de sete edifícios pertinhos da minha casa. O lugar em que eu morava está todo devastado. Uma bomba dessas explode um edifício inteiro. Na última vez em que estava em casa, eles jogaram mais de dez bombas. e sem avisar ninguém. Treme tudo igual terremoto. Eu achei que ia morrer na hora”, relatou a brasileira natural de Assis Chateaubriand, no interior do Paraná.
Leia também: Avião que vai repatriar brasileiros no Líbano segue para Beirute
Lindaura vive no Líbano desde 1991 e presenciou outras duas guerras. Ao todo, ela têm seis filhos, sendo dois menores de idade. A dona de casa relatou o horror que foi o ataque de Israel por meio dos pagers, quando centenas de rádios portáteis de comunicação explodiram em diversos pontos do Líbano visando lideranças do Hezbollah. Ao todo, morreram ao menos doze pessoas e 3 mil ficaram feridas.
O avião da Força Aérea Brasileira (FAB) cedida para a Operação Raízes do Cedro decolou da Base Aérea do Galeão (BAGL), no Rio de Janeiro (RJ), no início desta quarta-feira 02, com destino a Beirute, no Líbano.
A aeronave KC-30 fará um escala em Lisboa, Portugal. O voo, do Brasil até Portugal, terá duração prevista de 9h20. A maior comunidade de brasileiros no Oriente Médio atualmente está justamente no Líbano. Ao todo, 21 mil brasileiros vivem no país.
De acordo com o Ministério das Relações Exteriores (MRE), cerca de 3 mil brasileiros desejam deixar o Líbano, em meio à escalada das operações militares das Forças Armadas de Israel. Este é o número de pessoas que procuraram a Embaixada do Brasil em Beirute com pedido de repatriação.
Os ataques aéreos israelenses a várias regiões do Líbano provocaram, desde o último dia 17, a morte de mais de 1 mil pessoas, incluindo dois adolescentes brasileiros e seus pais, assim como um saldo de milhares de feridos. A situação em Beirute, a capital do país, é descrita como “tensa e terrível” por brasileiros que estão na região, com risco de guerra total.
O primeiro-ministro de Israel Benjamin Netanyahu disse que o Irã “cometeu um grande erro” e “vai pagar” após lançar um ataque com mísseis no país nesta terça-feira (1º).
“Hoje à noite, o Irã atacou Israel novamente com centenas de mísseis. Este ataque falhou. Foi frustrado graças ao sistema de defesa aérea de Israel, que é o mais avançado do mundo”, disse Netanyahu em uma reunião com seu gabinete de segurança política.
“Parabenizo as IDF (Forças de Defesa de Israel) por sua conquista impressionante”, ele acrescenta no vídeo divulgado pela assessoria de imprensa do governo israelense.
“Também foi frustrado graças à vigilância e responsabilidade demonstradas por vocês, os cidadãos de Israel. Também agradeço aos Estados Unidos por seu apoio em nosso esforço de defesa”, disse Netanyahu.
O secretário de Estado dos Estados Unidos, Antony Blinken, classificou o ataque com mísseis do Irã contra Israel nesta terça-feira (1°) como “totalmente inaceitável” e acrescentou que “o mundo inteiro deveria condená-lo”.
Ele pontuou que os EUA estão acompanhando de perto os acontecimentos no Oriente Médio.
Blinken informou ainda que o ataque incluiu “cerca de 200 mísseis balísticos”, mas que Israel “respondeu efetivamente”. Israel estimou inicialmente que 180 mísseis foram lançados contra o país.
O secretário fez as declarações no Departamento de Estado antes de uma reunião com o ministro das Relações Exteriores da Índia.
O Irã disparou mísseis balísticos em direção a Israel nesta terça-feira 1º, segundo as Forças Armadas israelenses. O Irã também confirmou o envio. Uma série de explosões foi registrada em Tel Aviv após o envio. A imprensa iraniana afirmou que a Universidade de Tel Aviv foi atingida.
Cerca de 20 minutos após uma primeira onda de mísseis, uma segunda leva de artefatos foi lançada, segundo a agência estatal iraniana.
O governo de Israel afirmou que os moradores da cidade se refugiaram em bunkers. Ainda não havia informações sobre vítimas ou danos até a última atualização dessa reportagem.
Leia também: Hezbollah confirma morte de Hassan Nasrallah, líder do grupo
O exército israelense disse nesta terça-feira, 1º (noite de segunda-feira 30 no horário de Brasília) que iniciou uma operação “limitada e localizada” contra alvos do Hezbollah no sul do Líbano, abrindo uma nova frente em sua guerra contra a milícia xiita radical. A última vez que Israel e o Hezbollah se envolveram em combate terrestre foi na guerra de 2006.
A operação acontece após horas de ataques direcionados de Israel no Líbano, e em meio a movimentos civis restritos em algumas comunidades fronteiriças israelenses.
O Hezbollah prometeu continuar lançando foguetes contra Israel até que haja um cessar-fogo em Gaza. Nesta segunda-feira, a milícia xiita prometeu continuar lutando, mesmo após seu líder Hassan Nasrallah e outros altos funcionários terem sido recentemente eliminados por ataques israelenses.
Os ataques aéreos de Israel na manhã desta segunda-feira, em horário local, atingiram dentro dos limites da cidade de Beirute, pela primeira vez desde 7 de outubro.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) foi questionado por jornalistas nesta segunda-feira 30 sobre o fato de não ter mencionado, durante discurso na 79ª Assembleia Geral das Nações Unidas, a crise político-eleitoral que a Venezuela atravessa.
No evento da ONU, na semana passada, o petista tratou de diversos temas, inclusive citou a importância da defesa da democracia. Entretanto, o petista não falou sobre a falta de transparência no processo eleitoral venezuelano.
O pleito foi realizado em julho e o regime autoritário de Nicolás Maduro afirma ter vencido a disputa. A oposição venezuelana diz que o candidato Edmundo González foi o verdadeiro vencedor. As eleições no país vizinho são alvo de questionamentos de países e organismos internacionais.
“Por que eu tenho que falar da Venezuela em todo o lugar? Eu não falo nem da Janja em todo lugar”, afirmou o petista a jornalistas no México, onde participa nesta terça-feira (1º) da posse de Claudia Sheinbaum.
O ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, discutiu neste sábado 28 com o chanceler do Líbano, Abdallah Bou Habib, a situação dos brasileiros que vivem no país e um possível plano de repatriação em meio à escalada dos conflitos na região.
O encontro aconteceu em Nova York, onde Mauro Vieira e Abdallah Bou Habib participam da Assembleia Geral das Nações Unidas.
Em nota, o Itamaraty informou que a conversa entre os chanceleres abordou os ataques aéreos recentes feitos por Israel em território libanês e os impactos desse cenário para a comunidade brasileira radicada no país.
“Mauro Vieira informou ao chanceler libanês sobre o trabalho da embaixada [do Brasil] em Beirute de assistência e orientação à comunidade e de recomendações vinculadas à situação de segurança naquele país”, destacou a pasta, em post na rede social Bluesky.
Os ministros de Finanças e Saúde do G20 anunciaram a necessidade de ações coordenadas para enfrentar o surto de Mpox na África. A iniciativa responde aos apelos do Centro Africano de Controle e Prevenção de Doenças (África CDC) e da Organização Mundial da Saúde (OMS), que se mostraram preocupados com o impacto da doença, principalmente em crianças e pessoas vivendo com HIV/AIDS.
“Nós, em estreita coordenação com o África CDC e a OMS, estamos comprometidos em proteger a saúde e a vida da população africana e prevenir a disseminação adicional do Mpox. Estamos particularmente preocupados com o impacto significativo já causado por este surto, especialmente em crianças (60% dos casos) e pessoas vivendo com HIV/AIDS, que estão enfrentando os piores desfechos”, afirmaram os ministros.
Causada pelo vírus monkeypox, a doença Mpox pode ser transmitida entre pessoas e por objetos contaminados. Em áreas onde o vírus está presente em animais selvagens, humanos podem ser infectados ao entrar em contato com esses animais.
O Hezbollah do Líbano confirmou neste sábado 28 que o seu líder Sayyed Hassan Nasrallah foi morto e prometeu continuar a batalha contra Israel.
A morte ocorreu durante um ataque aéreo massivo de Israel no que disse ser a “sede central” do Hezbollah no sul de Beirute na sexta-feira 27.
O chefe do exército de Israel, Herzi Halevi, disse que o ataque foi realizado “após um longo período de preparação” e “no momento certo, de forma muito contundente”. Halevi também alertou que este não era o fim da “caixa de ferramentas” de Israel e que há “mais ferramentas no futuro”.As FDI continuaram a atacar edifícios de Beirute na sexta-feira, alegando que foram usados pelo Hezbollah como centros de comando e locais de produção e armazenamento de armas. Pelo menos seis pessoas morreram e 91 ficaram feridas nos ataques de Israel em Beirute, disse o Ministério da Saúde libanês, acrescentando que a contagem de vítimas “não era definitiva”.
Nasrallah transformou o Hezbollah numa das forças paramilitares mais poderosas do Oriente Médio. Filho de um dono de mercearia e de sua esposa, nasceu em Beirute, em agosto de 1960, ele passou o início da adolescência sob a sombra da guerra civil do Líbano.