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Via Trajana: delações apontam mais envolvidos em desvios de R$ 20 milhões no DNIT

Policiais federais cumpriram mandados de busca em Natal – (Foto: Magnus Nascimento)

O Ministério Público Federal e a Polícia Federal concederam entrevista coletiva na manhã desta terça-feira (31) para detalhar  a operação Via Trajana, desdobramento da operação Via Ápia, que apura fraudes e desvios de recursos públicos que deveriam ser destinados à realização de obras em rodovias no Rio Grande do Norte. De acordo com as informações mais recentes sobre a investigação, que ocorre desde 2009, os desvios superam os R$ 20 milhões entre 2009 e 2010. Foram expedidos 27 mandados de busca e apreensão, sendo 12 em Natal. Participam 120 agentes da Polícia Federal.

Segundo o MPF e a PF, a operação Via Trajana foi necessária após novos elementos dados à investigação através de delações de quatro envolvidos no esquema fraudulento, entre eles o sobrinho do ex-deputado João Maia, Gledson Maia, que apontou o ex-deputado como principal beneficiário do esquema. Com essas informações, a PF e o MPF ampliaram a investigação e mais pessoas poderão ser indiciadas.

O esquema fraudulento, de acordo com a investigação, consistia em negociatas entre empreiteiras interessadas em realizar as obras de reparos e duplicação em rodovias entre o Rio Grande do Norte e a Paraíba, especialmente a BR-101. O processo corre em segredo de Justiça e, por isso, a PF e o MPF não informaram os nomes dos envolvidos na operação.

De acordo com os delegados Agostinho Cascardo, Caio Cesar Marques Bezerra e o procurador da república Ronaldo Sérgio Fernandes, responsáveis pela operação, as fraudes se davam em contratos entre o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) do Rio Grande do Norte e construtoras do Brasil. As fraudes se davam em relação a adequação da BR-101 e manutenção de diversas rodovias federais.

De acordo com o MPF, essa fase busca novos agentes, sejam pessoas físicas ou jurídicas, envolvidas no esquema fraudulento em obras do DNIT/RN. “Depois da deflagração da Via Ápia, se fez um pente fino em todos os contratos do DNIT em relação as empresas e a partir daí foram instaurados diversos inquéritos que resultaram em ações penais e de improbidade administrativa”, explicou o procurador da república.

Além de Natal, outras 12 cidades em sete estados também foram cumpridos alvos de busca e apreensão, são: Natal, Parnamirim, Belo Horizonte, Contagem (MG), Peruíbe, Caçapava, São Paulo, Praia Grande, Rio de Janeiro, Curitiba e Brasília.

*da Tribuna do Norte

Dr. DINNA Oliveira
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