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Comício da Candelária, 40 anos: o legado sociopolítico das Diretas Já

Fachada da Igreja da Candelária, no centro do Rio de Janeiro
© Tomaz Silva/Agência Brasil

Ali, no meio de uma multidão que se espremia nas avenidas Rio Branco e Presidente Vargas, no centro do Rio, uma adolescente de 16 anos olhava impressionada para a movimentação ao redor. Era a primeira vez que participava de uma manifestação política, mas já sabia que se tratava de um momento histórico. O Comício da Candelária, segundo jornais da época, reuniu cerca de 1,2 milhão de pessoas. Foi um dos principais atos do movimento das Diretas Já, que fez o povo voltar às ruas depois de 20 anos de repressão violenta da ditadura militar.

Para alguns, o momento era de recuperar a voz de protesto represada durante anos. No caso de Adriana Ramos, que tinha acabado de entrar para a faculdade, era um despertar político.

“Eu não tinha consciência política. Vinha de uma família bem conservadora, de direita. Na escola, praticamente todos os colegas eram filhos de militares. Na época, vi toda a mobilização e os colegas de faculdade se organizando para ir ao comício. Lembro da minha mãe e da minha avó ficarem apreensivas. Mas, até pela ignorância de não saber muito o que significava aquela manifestação, fui na onda”, lembra Adriana. “Foi algo que marcou muito minha relação com a política dali para a frente”.

Lívia de Sá Baião também era estudante universitária na época. Estudava economia na Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC Rio). Tinha 19 anos e trabalhava como estagiária em um banco próximo à Candelária, quando se encontrou com amigos para assistir ao comício.

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“Estou muito feliz em retornar ao PSB”, afirmou a ex-deputada estadual e ex-vereadora de Mossoró Larissa Rosado, ao confirmar que reassumirá a presidência do PSB no Rio Grande do Norte, após a saída do ex-deputado federal Rafael Motta na semana passada. Larissa, que estava no União Brasil, revelou que terá uma conversa decisiva com o presidente nacional do partido, Carlos Siqueira, na tarde desta quarta-feira 10 e, em entrevista exclusiva ao AGORA RN, expressou sua alegria com o retorno à sigla.

De volta ao partido que a abrigou entre os anos de 2005 e 2015, Larissa terá o trabalho de reorganizar e impulsionar a legenda no Estado, justamente em período de pré-campanha para as eleições municipais. Com o período de filiações partidárias encerradas no último sábado 7, a pauta principal da reunião agendada para hoje com Carlos Siqueira será a formação de nominatas para as câmaras municipais, especialmente em Natal e Mossoró, os dois maiores colégios eleitorais do RN.

“Como os prazos de filiações terminou no sábado passado, nós vamos avaliar e conversar sobre a formação de nominatas para concorrer às câmaras municipais”, destacou ela, que terá o ex-vereador de Mossoró Lahyrinho Rosado, seu primo, como presidente do diretório municipal do PSB na Capital do Oeste potiguar. Ele, que assumiu oficialmente o cargo na semana passada, terá como vice-presidente o ex-vereador Gilmar Lopes Bezerra.

Essa reorganização interna do partido visa fortalecer a atuação do PSB no âmbito local e preparar o terreno para as futuras disputas eleitorais. No mês passado, o diretório do PSB em Natal passou a ser presidido por Wellington Bernardo, após reunião entre Rafael Motta e Carlos Siqueira. Ex-coordenador do Movimento de Luta nos Bairros, Vilas e Favelas (MLB), Wellington substituiu Frederico Rosado, que atuará em área estratégica da sigla.

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Vista aérea de terreno do sítio Morumbi, jardim Panorama, São Paulo, onde foram realizadas pesquisas em 2022. Foto: Letícia Correa/ Zanettini Arqueologia
© Letícia Correa/ Zanettini Arqueologia

Escavações recentes em sítio arqueológico na região do Morumbi, zona sul da capital paulista, revelaram provas da existência de uma indústria da pedra lascada datada entre 3,8 mil e 820 anos. Durante as escavações, os pesquisadores conseguiram coletar peças intactas que permitiram a datação do material, mostrando que a região foi habitada intensamente por pessoas que construíam artefatos e ferramentas a partir de pedras, com um trabalho demorado e minucioso. O número de peças é imenso, considerado até mesmo anormal, mostrando uma grande ocupação.

“Desde a década de 60 já se conhece a existência desse sítio, mas os trabalhos anteriores consideravam que, como o terreno já tinha sido muito modificado, não teria como datar, obter uma idade de ocupação, porque eles considerava que tudo ali já estava fora do lugar. Para nossa felicidade conseguimos pegar uma área inédita e obter dados inéditos. Esse foi o último trabalho porque esse sítio foi esgotado, não existe mais”, disse a pós-doutoranda na Escola de Artes, Ciências e Humanidades (EACH/USP) e coordenadora de campo, Letícia Cristina Corrêa.

Segundo Letícia, as primeiras descobertas no local começaram na década de 60. quando começaram os loteamentos no Morumbi. Um engenheiro reconheceu o material arqueológico como pedra lascada e além de registrar área como de interesse para a pré-história, recolheu peças que forneceriam mais recurso para o diagnóstico e encaminhou para o Museu de Arqueologia da Universidade de São Paulo (USP). Na década de 90, Astolfo Araújo, responsável por pagar pela datação da mostra, achou mapas antigos do local no Departamento de Patrimônio Histórico (DPH) e foi até lá para fotografar e registrar o achado.

“Em 2001 uma pessoa comprou o terreno onde queria construir uma propriedade. Sabendo que era um sítio arqueológico, o dono do terreno custeou uma etapa de escavação que foi feita em 2011 por uma empresa de arqueologia. Essa empresa escavou e coletou mais de 300 mil peças de pedra e mandou para o Centro de Arqueologia de São Paulo (CASP). A área foi liberada, o proprietário construiu a casa, mas depois vendeu o terreno para uma construtora que é atual dona do lugar”, contou.

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Dr. DINNA Oliveira
Petrópolis-RJ 23-03-2024 Trabalhador cobre escombros e caixões após fortes chuvas danificarem o Cemitério Municipal de Petrópolis, estado do Rio de Janeiro,  REUTERS/Pilar Olivares
© Reuters/PILAR OLIVARES

As famílias atingidas pelo temporal de março deste ano na cidade de Petrópolis, região serrana do Rio, já estão sendo inseridas no programa Aluguel Social. O aluguel será de R$ 1 mil pagos integralmente pelo município. Desde segunda-feira (8), equipes da Secretaria de Assistência Social estão verificando a documentação das pessoas que tiveram as casas interditadas pela Secretaria de Defesa Civil.

A Secretaria de Assistência Social está entrando em contato com as famílias que ficaram desabrigadas (quem teve de ficar em abrigo público) ou desalojadas (quem deixou a casa e foi abrigada por amigos ou parentes) e tiveram as casas interditadas pela Defesa Civil. Todas as famílias que, em algum momento, passaram pelos abrigos ou pelos pontos de apoio foram cadastradas.

O prefeito Rubens Bomtempo disse que no primeiro momento, quando houve previsão de chuvas muito fortes para Petrópolis, a ação da prefeitura foi orientar que as pessoas procurassem um local seguro. “As chuvas fortes vieram, e centenas de pessoas foram para os pontos de apoio que abrimos. O que foi ótimo, porque mostrou que a cidade está aprendendo a lidar com o risco. Depois, o trabalho foi encaminhar as famílias que ainda estavam nos pontos de apoio para os abrigos do município, para que as aulas nas escolas fossem retomadas. Isso também aconteceu. Agora, estamos na etapa seguinte, que é encaminhar essas famílias para o aluguel social”, explicou.

Todas essas etapas foram cumpridas, segundo a prefeitura, em menos de três semanas (já que as chuvas tiveram início em 21 de março). No dia 29 de março, não havia mais desabrigados nos pontos de apoio. Hoje, são oito famílias no abrigo da Floriano Peixoto, 11 no abrigo do bairro Independência e 17 no do Caxambu.

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