O Banco Mundial disponibilizou US$ 150 milhões de dólares, cerca de R$ 605 milhões, para apoiar países na América Latina e no Caribe afetados pelo surto do vírus zika.
Os recursos são baseados nas atuais demandas de financiamento dos países e dão seguimento a intenso envolvimento com os governos da região, incluindo o envio de especialistas para áreas afetadas.
Impacto Econômico
Segundo a repórter Laura Gelbert (Rádio ONU), o Banco afirmou que está pronto para aumentar o apoio, se for necessário um financiamento adicional.
O anúncio foi acompanhado pela divulgação de projeções iniciais que mostram que o impacto econômico de curto prazo do vírus Zika na região será modesto, totalizando US$ 3,5 bilhões, ou 0,06% do PIB da área em 2016.
No Brasil, a instituição calcula que a perda de renda deve chegar a US$ 310 milhões, ou 0,01% do PIB. O valor é equivalente a cerca de R$ 1,25 bilhão.
Resposta Coordenada
No entanto, o órgão citou que estas estimativas iniciais dependem de uma rápida e bem coordenada resposta internacional ao zika, e nas atuais suposições de que os riscos de saúde mais significativos sejam em mulheres grávidas.
Este anúncio foi divulgado após a declaração da Organização Mundial da Saúde, OMS, sobre a suspeita de associação entre a infecção pelo vírus durante a gestação e microcefalia em recém-nascidos.
Turismo
Mesmo com estas estimativas, o Banco calcula que um grupo de países altamente dependentes do turismo, principalmente no Caribe, poderia sofrer perdas de mais de 1% do PIB.
Segundo o presidente do Banco Mundial, Jim Yong Kim, a análise “ressalta a importância de uma ação urgente para impedir a propagação do vírus zika e proteger a saúde e o bem-estar das pessoas nos países afetados”.
Atividades
O financiamento do grupo vai apoiar uma série de atividades de comabate ao vírus, incluindo: vigilância e controle de insetos vetores; identificação das pessoas em maior risco, especialmente mulheres grávidas e em idade reprodutiva e acompanhamento e cuidados durante a gravidez e pós-natal para as complicações neurológicas.
Outras ações incluem a promoção do acesso ao planejamento familiar, conscientização pública, e mobilização comunitária.