Apesar de ser considerado um dos processos mais antigos praticados pelo homem, a cremação tem encontrado no século XXI seu período de maior expansão no mundo. Nos países mais desenvolvidos a prática tem sido cada vez mais aceita pela população. Nos Estados Unidos a preferência por essa opção chega a 41%. Na Europa, em países como Suíça e Inglaterra, esse percentual sobe para 80%. E é no Japão onde se registra o maior índice de cremações: 99%.
Com um conceito mais atual e inovador, a prática tem se difundido em diversos países, dentre eles o Brasil, onde o crescimento tem sido expressivo. Até a década de 1990 só existia um crematório no país, situado no estado de São Paulo. Hoje, são cerca de 50 crematórios espalhados por todas as regiões do país, dentre eles o Crematório Morada da Paz, em Natal. Seguindo essa tendência mundial, o Rio Grande do Norte tem registrado uma procura crescente pelo serviço.
No cemitério Morada da Paz, em Natal, o único do Estado a oferecer crematório, a procura pela cremação tem sido expressiva. Em 2013, quando as operações foram iniciadas, o crematório realizava em média oito cremações por mês. No ano passado, esse número saltou para 11,5 cremações mensais, o que representa um aumento de 47,5% pelo serviço. A tendência é que, com o conhecimento dos diferenciais da cremação entre os potiguares, esse número cresça ainda mais nos próximos anos.
Em recente pesquisa realizada pela Consult na capital potiguar, a pedido do Grupo Vila, foi observado que, por se tratar de um serviço novo oferecido no Estado, ainda é grande o universo de pessoas que desconhecem a realização da cremação em Natal. Das 600 pessoas que foram entrevistadas no levantamento, 52,8% disseram desconhecer a existência de um crematório na cidade. Informados da realização do serviço na capital potiguar, 44,2% afirmaram ser a favor da cremação e apenas 18% se posicionaram contra, o que mostra que o Estado deve continuar a seguir a tendência nacional de crescimento do serviço nos próximos anos.