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Documentário “No Seridó a Reza é Forte” mostra características de povos indígenas e negros no Seridó do RN

“Dona Neném”, de ancestralidade indígena, é rezadeira - (Foto: Cedida)

No cenário da caatinga do Seridó, no município de Timbaúba dos Batistas, surge o documentário “No Seridó a Reza é Forte”, que tem roteiro e direção da jovem Santana Taciana, descendente de indígenas da região. Com Taciana estão, no mesmo projeto, Catarina Araújo, conhecida como “Catarina Calungueira” (direção de fotografia), Alex Macedo (assistente de fotografia), Júlio Cesar, o “Julinho de Tia Lica” (captação de áudio e montagem), Roberta Barbosa e Eric Fernandes (assistência de set de filmagens) e Thiago Toscanno (making off).

O documentário é viabilizado através de aprovação no Edital da Lei Paulo Gustavo do Município de Timbaúba dos Batistas. O projeto “No Seridó a reza é forte” foi aprovado em 21 de agosto e, em setembro, o município pagou.

A reza como resistência é o eixo do curta metragem, abordando a história de “Dudé”, com a espiritualidade de matriz africana; e “Dona Neném”, de ancestralidade indígena, que é rezadeira.

O documentário conta a história de dois rezadores. Buscamos as ancestralidades africanas e indígenas, sendo a africana representada por Dudé, que é um mestre umbandista e juremeiro, de Timbaúba dos Batistas, sobrinho de uma grande rezadeira, e auxiliado pelo mestre Antônio de Noca. Dudé tem hoje uma Casa de Jurema e expressa a corporeidade africana e espiritualidade de resistência, como homem negro retinto, numa sociedade racista. Destacamos também a ancestralidade indígena, através da minha mãe, rezadeira, que é neta de Ana Maria Júlia da Conceição, indígena capturada à casco de cavalo e dente de cachorro”, relata Taciana, diretora e roteirista.

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Indígenas do povo yanomami, em Roraima, são obrigados a pagar uma taxa de acesso de pelo menos R$ 200 cobrada por fazendeiros para que possam a chegar à sede do município de Alto Alegre, na região oeste do estado. A denúncia consta em relatório divulgado pelo Conselho Estadual dos Direitos da Criança e do Adolescente de Roraima (Cedcar), que visitou a cidade esta semana, acompanhando uma comitiva do Ministério dos Direitos Humanos e Cidadania. A entidade apresentou um documento com o resumo da visita em uma coletiva de imprensa nesta sexta-feira (3), em Boa Vista.

Em decorrência de toda essa questão do garimpo, eles precisam ir até a sede do município comprar alimentos. E a cobrança de forma ilegal e arbitrária de R$ 200 por cada grupo de indígenas que possa passar pela terra de fazendeiros. A gente repudia isso“, afirmou Paulo Thadeu, secretário-geral do Cedcar.

A informação também foi confirmada à Agência Brasil pelo líder indígena Júnior Yanomami. Segundo ele, o “pedágio” cobrado por fazendeiros pode chegar a R$ 300 por viagem.

[Cobram] cerca de R$ 300 em pedágio. A gente depende disso para poder chegar em Alto Alegre“, afirmou. O município faz fronteira com a Terra Indígena Yanomami (TIY) e é muito acessado, por via terrestre, pelos indígenas que vivem mais próximos. Eles precisam ir até a cidade comprar comida, mantimentos, sacar benefícios sociais, como o Bolsa Família, buscar atendimento de saúde, entre outros serviços. No entanto, nem todos os indígenas yanomami conseguem acesso por estradas. Maior Terra Indígena (TI) do país, a reserva yanomami é imensa e, em algumas localidades, só é possível chegar por via área.

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