Seguindo os rigores do alerta enviado pelo Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos EUA, que pediu ás mulheres grávidas que não viajassem para países onde existem registros de zika vírus, algumas cidades brasileiras cancelaram seu Carnaval.

Segundo informou o Jornal do Brasil, as prefeituras das cidades de Nova Odessa e Capivari, em São Paulo e as paraibanas, Patos, Santa Rita e João Pessoa, suspenderam a festa mais aguardada do ano.

“Esse mosquito está convivendo com a gente há pelo menos uns 30 anos e, infelizmente, nós estamos perdendo a batalha para ele”, disse Marcelo Castro, Ministro da Saúde, ao apresentar o Plano Nacional de Enfrentamento ao Aedes e à Microcefalia para gestores e profissionais da saúde no Piauí, sua terra natal.

Levando-se em consideração sua recente declaração, amplamente condenada pela mídia, onde disse que “torce” para as mulheres pegarem o vírus zika antes de sua fase fértil, conseguimos entender a decisão de cancelar o Carnaval por parte de algumas prefeituras.

Pela lógica (ou falta dela), sem a festa de Carnaval haverão menos mulheres pelas ruas e assim diminuirá o número de grávidas, nove meses depois, os chamados “Filhos do Carnaval”. Será que estamos no caminho certo? Não seria mais eficaz investir em pesquisas para vacina e medicamentos adequados, e medidas de saneamento básico preventivas, além da distribuição de repelentes pela rede pública?

É inconcebível a falta de estrutura que estamos vivenciando diante da epidemia do vírus zika, considerando o que disse o nosso Ministro da Saúde:

“Convivemos com esse mosquito ha pelo menos 30 anos”

Sendo assim, não deveríamos estar mais bem preparados e organizados para o combate ao tal mosquito?