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Defensoria apura irregularidades no transporte de presos para realização de cirurgias

Defensoria apura irregularidades no transporte de presos para realização de cirurgias
Defensoria apura irregularidades no transporte de presos para realização de cirurgias

Os defensores públicos Manuel Sabino Pontes e Rodrigo Gomes da Costa Lira realizaram, na manhã desta segunda-feira (13), no Hospital Walfredo Gurgel, uma inspeção para apurar denúncias de que existem irregularidades no transporte dos presos que estão internados no local e precisam ser transferidos para outros hospitais para a realização de cirurgias. As informações foram confirmadas pela direção do hospital.

De acordo com as denúncias recebidas pela Defensoria Pública do Estado do Rio Grande do Norte (DPE-RN), presos que deveriam passar por cirurgias eletivas, não estão conseguindo realizar os procedimentos por falta de escolta para o transporte entre o Walfredo Gurgel e as unidades onde deveriam acontecer as respectivas cirurgias.

Segundo a direção do hospital, um acordo realizado anteriormente com a Secretaria Estadual de Justiça e Cidadania (Sejuc), garantia que policiais militares fizessem, mesmo de forma precária, a escolta dos presos durante as transferências, já que não existem agentes penitenciários em número suficiente para a realização da tarefa. Porém, de acordo com a diretoria do Walfredo Gurgel, há alguns meses a Polícia Militar suspendeu o acompanhamento do transporte dos presos.

Durante a visita às enfermarias onde estão internados os presos, os defensores públicos puderam constatar diversos casos onde os detentos conseguiram vaga em outros hospitais para a realização de cirurgias, mas não tiveram os procedimentos efetivados por falta de escolta para garantir as transferências. Em alguns casos, a espera já dura mais de três meses.

Para os defensores públicos, a irregularidade no transporte dos presos que precisam se deslocar para as cirurgias acaba prejudicando não só os detentos, como também a população de uma forma em geral, já que os presos permanecem no hospital ocupando leitos que poderiam ser destinados a outros pacientes, quando poderiam receber alta com mais celeridade caso não houvesse a demora na realização dos procedimentos.

Além da deficiência na escolta para o transporte entre hospitais, a direção do Walfredo Gurgel destacou também as dificuldades existentes quando os detentos recebem alta da unidade. “Muitas vezes o preso recebe alta, mas a gente não tem como liberar ele do hospital porque não existe a escolta para levá-lo até a unidade prisional onde ele irá ficar. Quando um paciente qualquer é liberado pelos médicos, a gente coloca numa ambulância e manda ele pra casa. Quando é um preso, não podemos fazer isso”, destacou uma funcionária que preferiu não se identificar.

Após a confirmação da denúncia, os defensores públicos pretendem mover uma ação para que o Governo do Estado regularize a escolta dos presos que internados no Walfredo Gurgel e precisam passar por cirurgia. “Vamos preparar um relatório da inspeção realizada e encaminhar para o Núcleo de Tutelas Coletiva, que deve dar entrada numa Ação Civil Pública para que a situação seja regularizada o mais rápido possível”, informaram os defensores públicos.

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