Se depender da torcida de Liedson, Portugal vai ser campeão inédito da Eurocopa diante da França neste domingo, na final.  A Band transmite o jogo ao vivo. Ele se naturalizou português e defendeu ‘os patrícios’ a partir de agosto de 2009. Disputou as Eliminatórias de 2010 e a Copa na África do Sul.
Mas para Portugal levantar o caneco, o ex-atacante tem a receita de como tornar a tarefa mais fácil. “Portugal tem que jogar fechado. Não adianta atuar de igual para igual. Tem que respeitar o adversário, mas procurar sair nos contra-ataques. Quando tiver a oportunidade tem que matar o jogo”, disse em entrevista ao Portal da Band.

Ele, que atuou ao lado de Cristiano Ronaldo, Nani, Moutinho, Rui Patrício, Ricardo Carvalho, Bruno Alves, não tem dúvidas de que o camisa sete pode desequilibrar assim como fez na vitória diante do País de Gales pela semifinal da competição.

“O Cristiano Ronaldo é um excelente profissional e tanto pode decidir em uma jogada de bola parada como também em contra ataque”, lembrou.

No entanto, Liedson reconheceu que o favoritismo pela conquista do título é dos donos da casa, assim como fez CR7.  “A França é favorita até pelo elenco, joga em casa e com apoio da torcida. Mas no futebol você sabe que as coisas são definidas em campo. Portugal tem plenas condições de conquistar esse título”, falou.

O ex-camisa nove reconheceu que a campanha portuguesa foi ruim e que não acreditava que a sua ex-equipe chegasse tão longe nesta competição. “Foi uma campanha meia estranha. Foram só empates na primeira fase, depois novo empate e ganhou na prorrogação e agora conseguiu ganhar de País de Gales. Foi bem típico de Portugal”, lembrou.

Liedson não tem dúvidas de que Portugal contou com a sorte na segunda fase da Eurocopa 2016. “Portugal pegou uma chave totalmente favorável, diferente da outra que tinha Alemanha, França, Espanha, Inglaterra. Favoreceu bastante, mas não deixa de tirar os méritos. Portugal cresceu durante a competição”, observou.

Apesar de Griezmann ser o principal artilheiro da Eurocopa com seis gols, Liedson descartou a possibilidade de o técnico Fernando Santos fazer uma marcação especial no jogador.

“Hoje em dia, no futebol moderno, não existe muito aquele homem a homem. Tem que marcar por setor, porque fica até mais fácil pra defesa. Não seria uma boa ideia, porque acaba perdendo um jogador em ficar atrás. Não acho legal a essa hora do campeonato mudar um esquema de jogo na final. Não seria correto”.

Liedson torce para que a decisão não seja truncada. “Imprevisível uma final, com nervos à flor da pele, principalmente a França que joga em sua casa e não quer decepcionar. Por outro lado, Portugal tenta um título inédito para o país e pode fazer historia, como já foi em 2004 quando foi pra final e perdeu em casa para a Grécia, e agora tem outra oportunidade de estar na final. Vai ser um jogo bem legal, bom de se ver. Torço para Portugal, mas acima de tudo pelo bom espetáculo”.