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Pesquisa da Ufersa concorre a prêmio mundial de dessalinização

Criação de peixes é uma das possibilidades da pesquisa, que permite o aproveitamento de todo o rejeito gerado no processo de dessalinização. Foto: arquivo pessoal/cedida.
Criação de peixes é uma das possibilidades da pesquisa, que permite o aproveitamento de todo o rejeito gerado no processo de dessalinização - Foto: arquivo pessoal/cedida.

Criação de peixes é uma das possibilidades da pesquisa, que permite o aproveitamento de todo o rejeito gerado no processo de dessalinização. Foto: arquivo pessoal/cedida.
Criação de peixes é uma das possibilidades da pesquisa, que permite o aproveitamento de todo o rejeito gerado no processo de dessalinização – Foto: arquivo pessoal/cedida.

Uma pesquisa que beneficia diretamente três comunidades rurais do Rio Grande do Norte com tecnologias que promovem o uso adequado dos rejeitos gerados pelo processo de dessalinização é finalista do Prémio Global para Inovação na Dessalinização da Água (GPID, na sigla em inglês). Idealizada e coordenada pelo professor Nildo Dias, da Universidade Federal Rural do Semi-árido (Ufersa), o estudo foi iniciado em 2009 e beneficia os moradores de Boa Fé, na cidade de Campo Grande (RN); do Assentamento Santa Elza e de Serra Mossoró, ambos localizado em Mossoró (RN).

“São várias investigações sobre a dessalinização”, detalha o professor Nildo Dias, que irá participar da cerimônia de premiação na Arábia Saudita, entre os dias 01 e 03 de outubro. “São pesquisas para destinar adequadamente o rejeito salino dos dessalinizadores em comunidades rurais como, também, estudos sobre os impactos ambientais do descarte do rejeito salino e avaliação da eficiência do uso das membranas de osmose reversa no processo da dessalinização”, complementa o pesquisador.

A tecnologia criada ao longo da pesquisa permite o aproveitamento de todo o rejeito gerado no processo de dessalinização. Além da água potável que chega aos moradores, as comunidades se beneficiam com a criação de peixes, com o cultivo de plantas e hortaliças e com a alimentação de animais. “No Brasil é muito difícil fazer estudo e formar pesquisadores, especialmente quando se busca desenvolver pesquisas e tecnologias com o propósito de transformar uma realidade social”, avalia Nildo Dias. “Muitas vezes, as instituições de fomento ou as empresas valorizam outros tipos de ciências e, o que realmente interessa para as instituições são as publicações em revistas de alto impacto, desprezando, por exemplo, as tecnologias sociais”.

Resultados da pesquisa

O trabalho que vem sendo executado nas cidades de Campo Grande e Mossoró segue uma linha de estudo desenvolvida pelo professor Nildo Dias no programa de pós-graduação em Fitotecnia da Ufersa. À medida que foi sendo desenvolvida, o estudo contou com financiamento da ONG IAB Brasil, do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e do Banco do Nordeste.

Os resultados de maior impacto desse trabalho são observados nas comunidades atendidas, que passam a contar com uma cadeia sustentável de aproveitamento do rejeito da dessalinização. Já do ponto de vista acadêmico, ao longo de 14 anos, foram produzidas quatro dissertações de mestrado, quatro teses de doutorado e seis Trabalhos de Conclusão de Curso (TCC), além de artigos e relatórios.

Pesquisadores e moradores da comunidade de Serra Mossoró beneficiados pela pesquisa da Ufersa. Ao centro, de pé, camisa branca, usando óculos e sem boné, o pesquisador Nildo Dias - Foto: arquivo pessoal/cedida
Pesquisadores e moradores da comunidade de Serra Mossoró beneficiados pela pesquisa da Ufersa. Ao centro, de pé, camisa branca, usando óculos e sem boné, o pesquisador Nildo Dias – Foto: arquivo pessoal/cedida

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