A Câmara Municipal de Natal debateu nesta sexta-feira 15, em audiência pública, a importância da mobilização para a doação de órgãos. A proposta foi uma iniciativa do presidente da Casa, vereador Eriko Jácome (MDB), e contou com a presença de representantes da área da saúde, da Central de Transplantes do RN e pacientes transplantados ou que ainda aguardam na fila por um transplante. Na oportunidade também foi lançada a campanha institucional Doe Órgãos: “Sua escolha feita hoje é vida para sempre”.

“O poder legislativo da nossa cidade está de parabéns. Estamos abraçando uma excelente causa que hoje chega para somar ainda mais. A doação de órgãos não é só uma questão de bondade, é uma iniciativa que salva vidas. E isso deve ser de fato dialogado com a população através dos meios de comunicações, nas ruas de Natal e em palestras como a que trouxemos hoje aqui na Câmara. Doação de órgãos é algo que precisamos dialogar diariamente para que as pessoas possam, sim, entender e ajudar e, automaticamente, salvar vidas”, falou o presidente.

Durante a audiência, ocorreram relatos emocionantes como o da enfermeira Annie Azevedo, que há 12 anos doou um rim para o seu tio. Para a coordenadora da Central de Transplantes do RN, Rogéria Nunes, faz parte do papel da instituição essa busca ativa por doadores dentro do estado.

“São pessoas em diagnóstico de morte, que podem preencher critérios para a doação. E depois que o diagnóstico de morte é feito, a comunicação central deve ser realizada e aí, sim, a gente aborda a família em relação à doação. Não basta querer ser um doador, você precisa poder ser um doador. Porque existem características que fazem você poder ser um doador de coração ou um doador de rins. Cada órgão tem sua particularidade. E a Central Estadual é quem avalia esses pacientes. Faz os exames necessários para ocorrer uma doação segura, já pensando em quem vai receber esse órgão com boa qualidade, um órgão que esteja funcionando plenamente. E essa captação, esses exames, o transporte desses órgãos dentro do estado e dentro do território nacional é feito pela Central Estadual de Transplantes com o Sistema Nacional de Transplantes, Ministério da Saúde”, explicou a coordenadora.