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Júri popular da mulher que matou seridoense com 96 facadas em João Pessoa é agendado

Gilimara, de óculos, foi assassinada pela então companheira Marilene, com 96 facadas
Gilimara, de óculos, foi assassinada pela então companheira Marilene, com 96 facadas

Foi marcada a data do Julgamento Popular de Marilene da Silva Ramos, acusada de matar com 96 facadas, a sua então companheira, Gillimara Santos da Costa, natural de Caicó (RN). A sessão do Tribunal do Júri foi designada para o dia 23/11/2023, tendo início às 09hs, na cidade de João Pessoa (PB).

O Blog Sidney Silva apurou que crime aconteceu no dia 20 de março de 2021, por volta das 05h00, na Rua Balbino Ferreira, nº 128, Bairro de Gramame, na capital paraibana.

Marilene da Silva, assassinou sua companheira Gillimara Santos e tentou contra a vida de Eliene Santos da Silva Diniz e do menor Davi Lucas Santos da Silva, mãe e sobrinho da vítima, respectivamente.

A investigação realizada pela Polícia Civil, apontou que Gilmara vivia com Marilene há cinco anos, e que a vítima era agredida de forma constante. O casal era oriundo da cidade de Caicó (RN), e se mudou para João Pessoa porque a acusada estava sendo investigada e procurada por ter matado dois amantes com emprego de veneno, um deles em São Gonçalo do Amarante (RN).

A mãe e o sobrinho de Gilimara estavam passando uma temporada na casa do casal e sempre presenciaram brigas e agressões praticadas por Marilene. Já estava acertado que, no dia 20 de março daquele ano, mãe e sobrinho da vítima voltariam a Caicó. Na noite anterior à viagem, simulando cordialidade, a denunciada ofereceu suco e chá envenenados para Eliene e Davi Lucas, os quais adormeceram em seguida.

Na manhã do dia que ocorreu o crime, ao acordar, Eliene percebeu que seu neto estava espumando pela boca e com os olhos revirados, quando se lembrou da bebida da noite anterior e passou a acusar a denunciada de tê-los dopado. Na ocasião, Gillimara e Marilene iniciaram uma discussão, e a vítima disse que não iria mais viajar com sua família. Neste instante, a denunciada se trancou em um quarto com Gillimara e passou a lhe desferir diversos golpes de faca peixeira – totalizando 96 perfurações – ocasionando a morte da vítima.

A mãe da vítima, mesmo ainda sob dopada, tentou, sem sucesso, arrombar a porta do quarto a fim de salvar a filha, motivo pelo qual pediu ajuda aos vizinhos que acionaram a polícia. Após assassinar Gillimara, Marilene deixou as vítimas trancadas no apartamento e foi embora tranquilamente, chegando a afirmar aos vizinhos que estavam do lado de fora do edifício, o seguinte: “a mãe quer que ela a leve para Caicó, mas ela não vai!” e “pode multar”; se referindo ao barulho causado.”

Quando o apartamento foi arrombado, além do cadáver de Gillimara, a PM encontrou Eliene e Davi Lucas tão dopados que mal conseguiam se expressar e se manter de pé, além de diversas cartelas vazias de tranquilizantes, seringa contendo carrapaticida (comumente usada na prática de homicídio por envenenamento) e a faca peixeira utilizada no homicídio.

Depois de fugir, Marilene da Silva Ramos, foi capturada e presa, dois dias após o crime, na cidade de Campina Grande (PB).

Sobre a denúncia do Ministério Público, a acusada responder por homicídio qualificado. “O fato de a denunciada assassinar Gillimara e tentar matar Eliene e Davi Lucas para impedir que eles viajassem, caracteriza a futilidade do crime, além da qualificadora do feminicídio (em relação à Gillimara), por causa da condição de sexo feminino, envolvendo violência doméstica e familiar. Demais disso, diante da multiplicidade de lesões provocadas em Gillimara, impingindo à vítima sofrimento excessivo e desnecessário, caracteriza-se a qualificadora do meio cruel; bem como o emprego de veneno em relação às vítimas Eliene e Davi Lucas. Ainda, dessume-se que o recurso utilizado impossibilitou a defesa dos ofendidos, que foram atacados de surpresa“.

Atualmente, Marilene da Silva Ramos, está presa. A sua defesa, que é patrocinada pela Defensoria Pública, fez vários pedidos de liberdade em seu favor, mas, todos foram negados pelo Poder Judiciário.

Dr. DINNA Oliveira
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