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A semana em que o RN fez história, comemora secretário da Agricultura

secretario da agricultura
Ao lado de empresários como Luiz Roberto Barcelos, da Agrícola Famosa, Fátima testa sua popularidade com o agro da fruta. Guilherme Saldanha está bem ao centro. Foto: Divulgação

A missão internacional que a governadora Fátima Bezerra empreende na Espanha, de olho na fruticultura e outros investimentos em energia eólica no mar e na indústria verde de baixo carbono, hoje um ativo brasileiro da maior importância no mundo, já é um sucesso – a despeito da vigília mal humorada de alguns poucos críticos por aqui.

Acompanhada pelos secretários Jaime Calado (Desenvolvimento Econômico) e Guilherme Saldanha (Agricultura, Pecuária e Pesca), a agenda da governadora por lá é intensa num momento em que o Brasil e o RN voltam ao concerto internacional dos negócios.

Um dos participantes ativos dessa missão, o secretário Guilherme Saldanha, da Agricultura, Pecuária e Pesca, falou com exclusividade ao Agora RN sobre a importância da viagem para a fruticultura potiguar, onde ele participou com a governadora da Fruit Attraction 2023, em Madri, o mais relevante evento do setor no mundo.

Agora RN: Como qualifica a missão da governadora especificamente para o negócio da fruticultura num evento como a Fruit Attraction 2023 na qual o senhor fez uma explanação sobre as potencialidades do RN?
Guilherme Saldanha: Posso dizer que esta semana o Rio Grande do Norte fez história. O Brasil é o terceiro maior produtor de frutas do mundo, só perde para a China e para a Índia. Quando falamos em exportações, porém, o Brasil tem pouco a oferecer, é o 26° exportador de frutas do mundo. E quando você é o 26º, tem um mundo inteiro para crescer, um mundo inteiro para comer nossas frutas.

Agora RN: E quais são os produtores que ganharão espaço nessa exportação?
Guilherme Saldanha: Sem medo de errar, serão os produtores do semiárido brasileiro. É nesse ambiente que teoricamente se consegue produzir frutas o ano todo e, a depender do país e do continente, trata-se de uma demanda que não se consegue atender muito facilmente. Já nós conseguimos atender a Europa de agosto até março, mas também, na América do Sul, o Chile, a Argentina, no período do inverno deles que vai de fevereiro até agosto. E com a chegada das águas do Rio São Francisco a preocupação maior do governo Fátima é que o Rio Grande do Norte saia na frente. Aproveite a necessidade por frutas do mundo para atrair investimentos estrangeiros.

Agora RN: O senhor diria que os investidores nos enxergam, apesar da nossa posição atual no ranking das exportações de frutas?
Guilherme Saldanha: Sem dúvida. O RN já tem quatro empresas espanholas produzindo frutas, dentre as quais uma das maiores daquele país; temos solo e condições hídricas – enfim, temos condições para duplicar o que demoramos 40 anos para ter, que são esses 25, 30 mil hectares de terra irrigada. Nós temos proximidade com portos região, que nos dá vantagem competitiva até sobre o Vale do São Francisco, cujos produtores pagam um frete quatro vezes mais caro (ou até mais) do que os produtores do Rio Grande do Norte.

Agora RN: Isso seria quanto?
Guilherme Saldanha: Hoje, para sair um container vazio do porto, ir até uma fazenda e voltar cheio, nós por aqui, pagamos coisa de R$ 3.800,00 até R$ 5 mil. Os produtores do Vale do São Francisco estão pagando entre R$ 16 mil a R$ 20 mil. Então, há uma série de coisas boas que nós temos que podem atrair investimentos para o RN. Se não fizermos, outros estados vizinhos farão. Além disso, o RN tem 40 anos de produção e exportação de frutas para a Europa. Nenhum governador, durante esses 40 anos, visitou que eu saiba as maiores feiras do mundo – a da Espanha e a de Berlim.

Agora RN: A receptividade foi boa por parte dos produtores que estão na feira ou o senhor sentiu alguma apatia?
Guilherme Saldanha: Apatia, de jeito nenhum! O que eu vi nessa viagem até agora foi entusiasmo com a presença da governadora na Espanha. Isso mostra que ela apoia efetivamente o setor, que é parceira dos produtores, que a presença lá de secretários e de uma autoridade ambiental potiguar é um eloquente gesto aos investidores de que o RN está aberto.

Agora RN: Mas há quem critique a missão da governadora no RN…
Guilherme Saldanha: Infelizmente, algumas pessoas não entendem isso. Mas eu digo: ações que o Ceará já fez, nós nunca havíamos feito, pelo menos até agora. Eu percebi nessa viagem um entusiasmo dos empresários espanhóis com a visita da comitiva da governadora. E olha que estavam na Espanha muitos empresários do Espirito Santo, de São Paulo, do Ceará, da Paraíba e de Pernambuco que investem no Rio Grande do Norte, produzindo frutas aqui. E eu digo: que venham esses investimentos na esteira da chegada das águas do Rio São Francisco. As águas que já chegaram no Vale do Assu e vão chegar em breve à Chapada do Apodi com a transposição do São Francisco no ramal do Apodi.

Agora RN: O senhor fez uma exposição sobre o RN na Feira de Frutas de Madri. Como estava a audiência?
Guilherme Saldanha: Pela primeira vez na história dessa feira se permite que um estado do Brasil chegue lá e faça uma apresentação de suas potencialidades. Falamos para um auditório para 170 pessoas, com mais de 80 pessoas de lá presentes, ouvindo e vendo o potencial do RN. Isso não tem preço.

AgoraRN

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