A relação entre a prática de exercícios físicos e a manutenção da saúde mental tornou-se um consenso entre os profissionais de saúde. Com a celebração do Dia Internacional da Saúde Mental nesta terça-feira 10, é necessário atentar para estudos da OMS que mostram que pessoas moderadamente ativas têm menos probabilidade de serem afetadas por transtornos mentais do que quem não pratica nenhuma atividade física, enquanto pessoas sedentárias costumam ter problemas com a autoestima, autoimagem, depressão, ansiedade e aumento do estresse.

“Estudos demonstram que a prática regular de atividade física ajuda na liberação de hormônios como endorfina, serotonina e dopamina, que vão auxiliar na regulação de sono, controle de estresse, sensação de prazer, motivação e na melhora do humor, para além disso, essa prática ajuda também nas condições de saúde cardiovascular, redução e controle de peso, do colesterol e de doenças metabólicas”, explicou o professor de Educação Física da Estácio Natal, Rafael Ramos.

No País, segundo a pesquisa Saúde e Trabalho, feita pelo Serviço Social da Indústria (Sesi), 52% dos brasileiros raramente ou nunca praticam atividades físicas. Somado a isso, dados da OMS apontam o enorme alerta de que uma em cada quatro pessoas no país sofrerá com algum transtorno mental ao longo da vida.

Neste cenário, o docente salienta ainda que os exercícios físicos são importantes para todas as faixas etárias, desde que as atividades sejam orientadas por profissionais, de acordo com a necessidade e idade do indivíduo. “Para as crianças, podemos trabalhar com circuitos funcionais, práticas esportivas, jogos e brincadeiras. A depender da idade, pode ser feita a musculação. Movimentar o corpo vai trazer mais qualidade de vida, desenvolvimento corpóreo, bem como auxílio no tratamento ou desenvolvimento da saúde mental”, destacou.

Apesar de enumerar os benefícios, o profissional ressalta que as atividade físicas devem ser aliada e nunca substitutiva aos tratamentos para quaisquer transtornos de saúde mental, principalmente se for medicamentoso. Rafael ainda fala sobre a importância de buscar uma atividade física que a pessoa se identifique e que gere prazer, para que assim se mantenha motivada e não abandone a prática do exercício. “É muito importante que o indivíduo entenda qual é o objetivo e necessidade que ele apresenta no momento, para isso o contato com um profissional de Educação Física é que vai auxiliar na escolha correta da atividade”.