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Conheça as profissões que garantem os maiores e os menores salários no Brasil

Medicina é uma das áreas mais valorizadas no pais / Foto: divulgação
Medicina é uma das áreas mais valorizadas no pais / Foto: divulgação

A influência da educação formal na remuneração dos trabalhadores brasileiros é notória, de acordo com um estudo realizado por Janaína Feijó, doutora em economia e pesquisadora do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV). O levantamento demonstra que profissões que exigem um maior período de formação educacional tendem a receber salários mais elevados, como no caso dos médicos especialistas, cuja média de ganhos na iniciativa privada é de R$ 18.475.

Essa carreira exige seis anos de estudos em faculdade de medicina, seguidos por pelo menos mais dois anos de especialização. Acrescentados aos três anos de ensino médio e aos nove anos de ensino fundamental, são necessários aproximadamente 20 anos de estudo formal. Vale ressaltar que a aprendizagem contínua é vital para profissionais como médicos, que precisam se manter atualizados ao longo de suas carreiras.

O impacto da educação abrange diversas áreas, com o estudo utilizando microdados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) no segundo trimestre de 2023. Constatou-se que aqueles que concluíram o ensino superior têm, em média, quatro vezes mais renda do que aqueles com menos de um ano de estudo.

Cidadãos com ensino superior completo ganham, em média, 2,5 vezes mais do que aqueles que não terminaram o ensino médio e duas vezes mais do que aqueles com ensino médio incompleto. Contudo, no período analisado, somente 23% dos trabalhadores no país tinham ensino superior completo, demonstrando que a maioria da população não tem acesso às profissões com maiores salários.

Os dados revelam que apenas 3,8% daqueles com ensino superior completo estavam desempregados no segundo trimestre, comparados a 9,2% daqueles com ensino médio completo e 13,6% daqueles que não concluíram o ensino médio.

Em relação às profissões com os maiores salários na iniciativa privada no segundo trimestre de 2023, Janaína Feijó classificou-as como aquelas que pertencem a profissionais das ciências ou intelectuais com ensino superior. As cinco principais profissões por renda incluem:

– Médicos especialistas – R$ 18.475;
– Matemáticos, atuários e estatísticos – R$ 16.568;
– Médicos generalistas – R$ 11.022;
– Geólogos e geofísicos – R$ 10.011;
– Engenheiros mecânicos – R$ 9.881.

Surpreendentemente, essas cinco profissões, embora liderem em ganhos, tiveram uma diminuição em seus salários médios reais na última década, com exceção dos matemáticos, atuários e estatísticos, que registraram um aumento de 50%.

Além disso, a pesquisa revela as ocupações com os menores salários entre os trabalhadores com ensino superior completo na iniciativa privada. As dez profissões menos bem remuneradas incluem:

– Professor do ensino pré-escolar – R$ 2.285;
– Outros profissionais de ensino – R$ 2.554;
– Outros professores de artes – R$ 2.629;
– Físicos e astrônomos – R$ 3.000;
– Assistentes sociais – R$ 3.078;
– Bibliotecários, documentaristas e afins – R$ 3.135;
– Educadores para necessidades especiais – R$ 3.379;
– Profissionais de relações públicas – R$ 3.426;
– Fonoaudiólogos e logopedistas – R$ 3.485;
– Professor do ensino fundamental – R$ 3.554.

Nos últimos dez anos, profissões relacionadas à tecnologia experimentaram uma valorização salarial significativa, incluindo:

– Desenvolvedores de páginas de internet e multimídia – salário: R$ 6.075 (aumento de 91%);
– Desenvolvedores de programas e aplicativos – salário: R$ 9.210 (aumento de 39%);
– Desenhistas e administradores de bases de dados – salário: R$ 7.301 (aumento de 30%).

Com informações do Portal R7

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