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Agrícola Famosa e Green Sea querem arrendar parte do Porto de Natal

Agrícola Famosa: Melão produzido é um dos principais produtos exportados
Agrícola Famosa: Melão produzido é um dos principais produtos exportados - Foto: José Aldenir / AGORA RN

Dados da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq) apontam que, de janeiro a setembro deste ano, 12.151 toneladas de frutas passaram pelo Porto de Natal. Visto como estratégico, tanto pela localização quanto pelo know how no manuseio e exportação de frutas, o local tem a possibilidade de ter um dos berços de atracagem arrendados pela Agrícola Famosa e pela Greensea.
A solicitação formal foi entregue à Companhia Docas do Rio Grande do Norte (Codern), responsável pela gestão do porto.

A expectativa é de que o processo seja finalizado em até 18 meses. A solenidade de assinatura aconteceu nas dependências do Terminal de Passageiros de Natal. A previsão da Agrícola Famosa é de embarcar 10 mil pallets por semana durante a safra de melões e melancias. Atualmente, um navio por semana opera no porto, mas a expectativa é que essa frequência dobre com o início da safra.

A Agrícola Famosa pretende arrendar uma área de quatro mil metros quadrados no porto da capital potiguar. Os executivos da empresa entregaram à governadora Fátima Bezerra e à diretoria da Codern um ofício solicitando permissão de uso do berço. A proposta inclui a construção de um terminal frigorífico, destinado a ampliar o transporte não apenas de melões, mas também de outras frutas como manga e uva.

O CEO da Agrícola Famosa, Carlo Porro, destacou a intenção de transformar Natal em um polo de exportação de frutas. A estrutura terá o trabalho de logística feito pela empresa Greensea, que desde agosto já atua no transporte de frutas pelo Porto de Natal. “Essa solicitação visa expandir nossas operações, trazendo navios maiores com maior frequência. Com o arrendamento, esperamos investir na infraestrutura do porto, incluindo a construção de uma câmara frigorífica que permitirá o transporte de diversos produtos, como mangas, uvas e melões nobres”, explicou.

Segundo a governadora do Rio Grande do Norte, Fátima Bezerra (PT), o pedido de arrendamento fortalece a atividade da fruticultura potiguar. “É fundamental ressaltar a nossa alegria com essa parceria estratégica entre a Agrícola Famosa e a Greensea. Essa colaboração desempenha um papel crucial ao oferecer suporte logístico a um setor econômico de grande destaque no Rio Grande do Norte: a fruticultura. Este é um dos segmentos mais robustos do agronegócio potiguar, não apenas pela expressiva geração de empregos, mas também pelo protagonismo na balança comercial de exportação”, disse.

Mudança

A empresa Greensea utiliza pallets para o transporte, permitindo uma melhor qualidade do fruto. A substituição do contêiner pelo pallet permite que as frutas cheguem aos clientes no tempo correto, mantendo a qualidade, sem interrupções na cadeia logística e de fornecimento.

Segundo a Greensea, os navios são equipados com porões refrigerados e permitem que as frutas permaneçam conservadas por mais tempo, ampliando o alcance geográfico dos produtos do RN, alcançando o mercado asiático. A operação através do porto potiguar começou em agosto passado.

“Nosso sistema de câmaras frigoríficas dentro dos navios é uma das nossas grandes vantagens. Garantimos uma qualidade excepcional e uma temperatura ideal para o transporte das frutas. A principal característica dos nossos navios é a dedicação exclusiva ao serviço da fruticultura, sem escalas adicionais, proporcionando rapidez, delicadeza e direção direta na descarga da produção potiguar”, detalhou Hans Vos, diretor da Greensea.

Arrendamento além da Agrícola Famosa

O diretor-presidente da Codern, Nino Ubarana, detalhou o processo de arrendamento. Este é o segundo pedido do tipo feito à instituição este ano. Além da solicitação para o escoamento da fruticultura, o terminal também deve abrir espaço para a mineradora Fomento do Brasil. A empresa quer arrendar um berço do porto para escoar minério de ferro. A expectativa é de que o serviço seja iniciado em 2027.

Segundo Ubarana, o processo de arrendamento começa com o envio da carta de intenções, o que aconteceu nesta quinta-feira. Essa carta é encaminhada à Secretaria Nacional de Portos, para permitir a continuidade do processo. Após isso, a empresa interessada deve promover um Estudo de Viabilidade Técnica, Econômica e Ambiental (EVTA), que deverá definir o local ideal para a instalação do empreendimento. Este estudo tem uma duração estimada de 120 a 180 dias.

Ainda de acordo com Ubarana, a expectativa é de que todo o processo seja finalizado em até um ano e meio. “Após o estudo, o documento vai passar por análises da Agência Nacional de Transportes Aquaviários, que é a agência reguladora do setor portuário. Em seguida, outras análises são feitas até a emissão do termo de arrendamento”, explicou.

AgoraRN

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