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Quase metade da bancada do PL na Câmara é alvo de investigações

Deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP). Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
Deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) / Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Após ser acusado por sua ex-noiva de violência doméstica, no mês passado, o deputado federal Zé Trovão (PL-SC) somou outra investigação criminal em seu currículo. Além do novo inquérito policial, o parlamentar responde no Supremo Tribunal Federal (STF) por atos antidemocráticos após as eleições do ano passado e por um vídeo em suas redes sociais no qual afirma que o presidente Lula era ladrão e que lugar de bandido seria “na prisão ou no caixão”.

Zé Trovão é um dos 42 deputados federais entre os 98 da bancada do PL (43%), partido de Jair Bolsonaro, alvos de acusações criminais. Os dados são de um levantamento do GLOBO que identificou inquéritos policiais, denúncias no Ministério Público e processos no Supremo Tribunal Federal (STF).

Entre as denúncias mais comuns estão as de corrupção (9), disseminação de notícias falsas (6), incentivo às manifestações golpistas do 8 de janeiro (4) e discriminação ou preconceito (3). Nos casos dos processos judiciais, não há trânsito em julgado, ou seja, ainda cabem recursos.

Filho do ex-presidente, Eduardo Bolsonaro (SP) se tornou alvo recente de investigações. Os três processos deste ano que tramitam contra ele no STF dizem respeito a uma declaração do deputado em um evento pró-armas em junho. Na ocasião, ele comparou “professores doutrinadores” a traficantes.

“Não tem diferença de um professor doutrinador para um traficante de drogas que tenta sequestrar os nossos filhos para o mundo do crime. Talvez o professor doutrinador seja pior”, afirmou.

A Corte já se manifestou em uma quarta ação que foi movida por sindicatos de São Paulo pela extinção do processo. Os três, no entanto, seguem em tramitação. A reportagem entrou em contato com o parlamentar, que não respondeu ao contato.

PRIMEIRA INSTÂNCIA

Nikolas Ferreira (MG) responde por transfobia. Em um dos quatro processos, ele foi condenado em primeira instância, em abril, pelo Tribunal de Justiça de Minas, no caso em que ele se referiu à deputada e conterrânea Duda Salabert (PDT) com pronomes masculinos.

Outra fala preconceituosa que rendeu complicações ao núcleo bolsonarista foi de Gustavo Gayer (GO), que, em um podcast, relacionou a existência de ditaduras na África à capacidade cognitiva de africanos. Tanto Ferreira quanto Gayer não retornaram aos contatos do GLOBO.

Um dos casos mais famosos da bancada é o da deputada Carla Zambelli (SP) que, desde agosto, responde por porte ilegal de arma e constrangimento ilegal no STF por ter perseguido um homem, com arma em punho, às vésperas do segundo turno das eleições do ano passado. A defesa alega que Zambelli tinha porte de arma e que, por isso, não cometeu crime.

Em inquéritos, como o PL das Fake News, ainda respondem Bia Kicis (DF), Carol de Toni (SC), Filipe Barros (PR), General Girão (RN), Cabo Junio Amaral (MG) e Luiz Philippe Bragança (SP). No que investiga os ataques do 8 de Janeiro, ainda são réus André Fernandes (CE), Coronel Fernanda (MT), Marcos Pollon (MS) e Silvia Waiãpi (AP).

Com informações do jornal O Globo

AgoraRN

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