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A inteligência de Lula e Alok; leia a coluna de Alexandre Macedo

Presidente Lula. Foto: Ricardo Stuckert (PR).
Presidente Lula. Foto: Ricardo Stuckert (PR).

Eu sempre faço questão de elogiar a inteligência do ser humano. Quando vejo algum fato em que isso
fica marcante, gosto de apreciar e aplaudir. E nesta semana, houve dois lances de pessoas inteligentes, que fizeram do limão uma limonada e nos ensinaram um pouco de como deve ser o comportamento
certo em horas difíceis.

A primeira jogada inteligente foi do presidente Lula. Ele foi ao Congresso Nacional para comemorar, junto com os parlamentares, a aprovação da reforma tributária brasileira, que finalmente aconteceu após mais de 30 anos de discussão. Na reforma, certamente é possível encontrar defeitos e falhas, mas também muitos acertos. O fato positivo é que o Brasil conseguiu aprovar uma reforma tributária. E o governo Lula teve uma participação ativa no processo de discussão.

Lula foi à casa dos parlamentares, o que é um gesto de cortesia. Lá ele foi aplaudido por uns e vaiado por
outros. Eu, particularmente, acho que vaiar uma pessoa que visita sua casa não é algo inteligente. Mas Lula soube fazer do limão uma limonada. Escutou as vaias e aplausos e agradeceu a todos os parlamentares pelo empenho e pelo esforço em aprovar a reforma, e ainda pediu que eles fotografassem aquele que foi um grande momento para o País e do qual eles foram parte importante.

O presidente agradeceu ao presidente da Câmara, ao presidente do Senado, ao ministro da Fazenda, Fernando Haddad, aos relatores da reforma e a todos que se envolveram. Mas, especialmente, elogiou a todos os parlamentares que estavam lá e que discutiram, concordaram e discordaram, mas aprovaram a reforma tributária. Foi muito melhor do que ter feito uma descortesia de troco. Aí seria um erro que ele já aprendeu a não cometer.

Convenhamos: foi inteligente e, por isso, o reconhecimento.

O outro caso foi do DJ Alok, ao comentar o equívoco do cantor e compositor Fagner. Numa entrevista anterior, Fagner, que é aplaudido e venerado por milhões de brasileiros, inclusive eu, e que é uma lenda viva da música nordestina, não foi feliz ao classificar como um “desastre ambiental” um DJ reunir 1 milhão de pessoas nas ruas em um show.

Fagner merece todos os aplausos pelas músicas que canta e produz, pela sua história. Mas uma coisa é
aplaudir Fagner. Outra é aceitar que ele chame de “desastre ambiental” uma apresentação de DJ. Os dois têm talentos diferentes. São duas pessoas que merecem respeito e aplausos. Ao responder, Alok foi inteligente. Disse que reverenciava Fagner pela história que ele tinha e mostrou imagens dos seus shows. Terminou o vídeo rindo e dizendo que era também, como tantos milhões de brasileiros, fã de Fagner. Foi um show de inteligência e civilidade.

Alexandre Macedo é consultor político

AgoraRN

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